segunda-feira, 31 de março de 2014

Bodegas Rosell - Leche Frita

A última especialidade espanhola que me passou pela boca, nesta visita à cidade de Madrid, foi uma sobremesa da qual fiquei um fã imediato.
Leche Frita é uma especialidade típica do norte, mas que se pode encontrar nesta taberna madrilena com a vantagem de ser frita na hora. É feito com leite, farinha e açúcar, sendo depois frito e polvilhado com canela. Com uma textura cremosa por dentro, faz lembrar a consistência dos nossos pastéis de nata (apenas na consistência interna), tendo depois uma boa fritura que lhe dá um toque estaladiço e um bom contraste de texturas.
Foi bom sair da cidade com um sabor adocicado na boca, deixando desejos de um futuro regresso, e acabando a viagem em nota alta.


Taberna Bodegas Rosell
Calle General Lacy, 14
Madrid, Espanha
Preço Médio: < 20 €

segunda-feira, 24 de março de 2014

Nebraska - Perrito Especial Nebraska

Já falei, em posts anteriores, do restaurante Nebraska, na Gran Vía em Madrid. E tanto falei bem, como falei mal. E houve uma sequência dos pratos pedidos que segui na ordem de posts (aros de cebola, fingers de mozzarela, ovos rotos e agora este cachorro quente). Ou seja, a refeição começou muito bem com uns pratos bem confeccionados e saborosos, mas a qualidade foi caindo, e quando quis rematar o jantar com algo mais sólido decidi pedir o cachorro quente da casa.
Pela própria imagem podem verificar que não tem ar de ser por aí além e facilmente identificamos alguns problemas. A distribuição de queijo, bacon e molhos é ilógica e desequilibra os níveis de sabores que poderemos obter de cada dentada. A única fatia de queijo nem derretida está, parecendo que a deixaram, indo talvez uns segundos ao forno mas sem qualquer resultado visível. Os molhos estão apenas numa ponta do cachorro e pelo prato, tornando difícil o seu transporte para o resto do cachorro.
Algumas falhas bastante esquisitas num prato bastante fácil.


Restaurante Nebraska (Gran Vía)
Calle Gran Vía, 55
Madrid, Espanha
Preço Médio: < 20 €

sexta-feira, 21 de março de 2014

A Ciência da Gastronomia - Semana 1 - "Energy Transfer" e "Hunger and Satiety" (Parte 2)

Assignment 2- Taste map

1 - Amargo; 2 - Azedo; 3 - Salgado; 4 - Doce
Esta segunda experiência tem o propósito de melhor entendermos a forma como a nossa língua identifica os diferentes sabores podendo assim criar um mapa da mesma. Para tal, criei 4 soluções com diferentes componentes (sal / salgado, açúcar / doce, vinagre / azedo e cacau em pó / amargo), e tive que tentar identificar as 4 soluções em cada uma das posições da língua (iguais às da imagem) e qual a intensidade que sentia desse componente. Tive que pedir ajuda a uma segunda pessoa, que molhava cotonetes nas soluções, sem que eu soubesse a qual solução correspondia, e as colocava no ponto pedido para que assim eu pudesse construir o meu mapa sensorial da língua.
Já uma vez me fizeram um teste surpresa ao palato e apesar de não me ter portado mal (long story short, primeira colher eram uvas e disse pêssego em calda e na última colher eram mirtilos e eu disse groselhas), sei que não tenho um palato treinado e apurado para coisas mais subtis.



Mas nunca tinha realizado um exercício destes, que me fizesse aperceber em que pontos específicos sinto estes quatro sabores básicos (faltaria apenas o umami), e os resultados também não foram brilhantes. Comecei por identificar mal o sabor do cacau no ponto 1, facilmente apercebendo-me nos restantes pontos que era na verdade o açúcar que devia ter identificado. Ainda assim, e fazendo uma avaliação da intensidade sentida entre 1 e 4, sendo 1 o valor mais baixo e 4 o valor mais alto, não consegui sentir com muita intensidade o açúcar, sendo que a maior intensidade sentida foi na ponta da língua (que avaliei com intensidade 3), correspondendo ao que seria esperado a nível de mapa na língua.
Facilmente me apercebi do erro cometido, quando na segunda solução, seguindo sempre a ordem do ponto 1 até ao ponto 4, sinto claramente o amargo do cacau e estupidificando-me perante o erro cometido previamente. Esta intensidade foi baixando (como esperado) ao longo da língua, sendo que na ponta sentia tanto de cacau, como de açúcar no ponto 1, ou seja, nada!
Como terceira solução, adivinhei correctamente que se tratava da água salina, apesar de ser muito fraco o que senti no ponto 1. Mais uma prova do quanto o meu palato é fraco, é que no ponto 2 senti uma intensidade que classifiquei como 3, voltando depois a diminuir nos pontos 3 e 4, ao contrário do que seria de esperar, que era o máximo de intensidade no ponto 3.
Para último, e como já se aperceberam por exclusão de partes, ficou a solução com vinagre. Mais uma vez consegui perceber que solução era, mas o seu mapeamento na minha língua é totalmente ao contrário, tendo sentido o máximo de intensidade no ponto 4, quando realmente a devia ter sentido no ponto 2, onde apenas classifiquei a intensidade experimentada como 2.
O almoço seguinte à experiência foi de certa forma engraçado, tentando mentalmente perceber que ingredientes me despertavam que pontos da língua, tendo sido o mais surpreendente quando, ao beber limonada, me apercebi que sentia os seus ácidos (na experiência, o vinagre poderia ter sido substituído por sumo de limão) nas partes laterais da língua!
É facto científico que a nossa língua tem papilas gustativas específicas para cada sabor e este é o teste mais comum para as identificarmos e relacionarmos a sua localização com o respectivo gosto, mas faz-me crer que esta sensibilidade também se possa deteriorar (por factores como queimaduras, álcool, etc) ou até mesmo "treinar" (artigo interessante sobre isso aqui).

quinta-feira, 20 de março de 2014

A Ciência da Gastronomia - Semana 1 - "Energy Transfer" e "Hunger and Satiety" (Parte 1)

Há uns dias anunciei no Facebook que iria começar um curso online sobre "A Ciência da Gastronomia" na Coursera e para que fique bem definido o contexto em que o vou fazer, quero começar por afirmar que apesar de ser um verdadeiro entusiasta pela gastronomia, a minha especialidade é mais o comer e não tanto o fazer.


Para a faculdade, tinha que ter uma actividade extra-curricular e foi-me sugerido que começasse este curso. Olhei para o programa e achei que podia ser interessante descobrir alguns conceitos mais científicos que estão na base da culinária, de forma a aprofundar alguns conhecimentos.
Semanalmente (ou pelo menos irei fazer artigos que acompanharão as 7 semanas do curso), tentarei lançar as minhas conclusões sobre as aprendizagens ao longo do curso, bem como a descrição e resultados das actividades que terei que realizar semanalmente.
Todas as actividades foram realizadas antes de assistir aos vídeos das aulas, tal como especificado pelo próprio outline do curso, para nos meter a pensar e reflectir sobre o assunto, sendo que poderemos repetir as experiências depois de assistir aos vídeos.

Assignment 1 - Sensory-specific satiety 


Para a primeira experiência temos que realizar uma "refeição" de 10 pedaços, e em que iremos ingerir cada pedaço com um intervalo de 3 minutos. Havendo 4 tipos de refeições diferentes, e para não obrigar os alunos a despenderem muito tempo com esta experiência, a refeição é atribuída consoante o mês do seu aniversário.
No meu caso, comi a "Refeição A" que consistiu em 9 gomas e 1 pedaço de chocolate. Havia também a hipótese de comer 9 bolachas de água e sal e 1 pedaço de chocolate ou 4 gomas seguidas de 5 bolachas de água e sal e 1 pedaço de chocolate ou 10 pedaços de chocolate. Com cada pedaço ingerido tinha que assinalar numa tabela qual o nível de satisfação que tinha sentido ao comê-lo, com uma avaliação de 1 a 10 crescente, ou seja com 1 como nota mínima e 10 nota máxima.
Enquanto realizava a experiência, o pensamento mais recorrente era "Nunca mais chega a altura de comer a próxima goma?". Estar a comer gomas com intervalos de 3 minutos, parece algum bastante fácil mas deixava-me com alguma gula para a próxima. Para mim, a primeira goma teve um nível de satisfação bastante elevado e soube-me realmente bem, tendo-lhe atribuído um 8, mas as seguintes foram descendo o meu nível de satisfação acabando com um 5 na 9ª goma. Acredito que isto tenha acontecido porque enquanto reflectia, no final de cada goma, ia-me apercebendo do sabor deixado na boca e não era assim tão agradável como o sabor da própria goma, sendo que já me apetecia parar de comer gomas antes sequer de chegar ao fim da experiência. Claro que isto terá que depender bastante de pessoa para pessoa, e como não sou um fã de doces, também não sou um fã muito grande de gomas.
Não percebo inteiramente o porquê de se terminar com um pedaço de chocolate, e neste ponto o curso não é muito específico no tipo de chocolate a comprar, por isso optei por comprar chocolate negro porque calculei que fizesse um maior contraste com o sabor das gomas (não nos podemos esquecer que nesta altura ainda não tinha visto as aulas sobre este tema). Passado exactamente 3 minutos do bocado de chocolate, que me soube melhor que as 8 gomas anteriores mas não tão bem como a primeira, senti-me relativamente satisfeito com o que tinha ingerido e a fome que sentia tinha diminuído consideravelmente, o que, sendo eu uma pessoa de muita fome e muito alimento, considero um resultado positivo, apesar de não saber se era este o resultado esperado ou não.

quarta-feira, 19 de março de 2014

A Caçoila - Farófias

É público e do conhecimento geral que não sou uma pessoa adepta de doces, não corro por eles, não me desloco a restaurante algum porque tem as melhores sobremesas e acabo por, algumas vezes, não comer sobremesa (ou se a como é porque estou a dividir). Mas isto é na generalidade dos casos, e como sempre existem algumas excepções.
Ao entrar neste restaurante oeirense, enquanto percorro a sala para ver se há mesas disponíveis o meu olhar recai sempre na travessa grande que ostenta umas dunas gigantescas e bem formadas. Dunas? Bem...à primeira vista parecem dunas. Depois começam a parecer-nos um conjunto de nuvens fofas onde queremos mergulhar. Mas estamos num restaurante, por isso deixamo-nos de dunas e nuvens, e começamos a pensar o que iremos comer, sabendo que teremos de deixar algum espaço para a sobremesa.
Mas deixo os pratos principais e os petiscos para uma próxima vez, pois este post é para falar apenas da montanha gigantesca que chega num prato de barro, coberta de leite creme e polvilhada com canela. E se visualmente esta sobremesa causa impacto, o sabor e textura não lhe ficam atrás. Apesar da imensa dimensão, estas farófias não conseguem combater o poder de corte da colher que por elas deslizam sem dificuldade. Levando um pouco do leite creme atrás, só é "pena" que a farófia seja tão leve que desapareça mal chegue à boca, pois queremos que cada colherada dure o máximo possível para podermos saborear com calma e tranquilidade.
Uma receita simples, exemplarmente bem executada e um verdadeiro "must have" deste espaço.


A Caçoila
Rua do Piaui do Brasil, 2/3
Oeiras, Portugal
Preço Médio: < 20 €

terça-feira, 18 de março de 2014

The Frenchie (Camden Town) - The Duck Confit Brioche

Na minha recente viagem a Londres, tinha a expectativa de conhecer Camden Town. Diziam-me mil maravilhas sobre o mercado, e sobre os "food courts" que havia, onde a diversidade de bancas era inigualável. Como devem imaginar, para um "Foodie" como eu, falarem-me de um recinto (ou neste caso, vários espalhados pela zona de Camden) que concentra lado a lado comida de todo o mundo é um verdadeiro paraíso!


A "street food" em Portugal é altamente subvalorizada e todas os locais acabam por servir mais ou menos as mesmas opções, e, na maior parte dos locais, sem grande qualidade. As hipóteses para comer na rua à noite serão sempre os cachorros, os hambúrgueres e as shoarmas, mas acredito que este será o ano da mudança e o ano em que Portugal poderá começar a ter "street food" a um nível mais próximo daquilo que vemos pelo resto do mundo. Entre alguns "food trucks" que já estão em circulação, já arrancou o projecto "Lisboa Sobre Rodas" (do qual apenas falarei quando o for experimentar), que promete mudar a mente dos portugueses neste campo.
Mas voltando a Camden, a verdade é que fiquei deslumbrado com os aromas, com a diversidade e com a aparente qualidade dos produtos que cada banca vende, sendo que temos à medida que vamos vagueando pelas bancas, vai-nos sendo oferecido algumas amostras para nos tentar dificultar (ou facilitar) a decisão sobre o que comer.
Acabei por me decidir por um "Duck Confit Brioche" na banca The Frenchie, que acaba por ser uma sandes em pão de brioche com pato desfiado e confitado, sobre uma cama de chutney de cebola roxa, rúcula e mostarda, com pele de pato frita (estilo courato) e ainda com uma fatia de queijo por cima (com hipótese de 3 queijos diferentes: cheddar fumado, cabra com mel trufado ou azul com mel trufado). Toda a descrição ocupa quase 3 linhas, o que, juntando ao número de ingredientes que disse, parece um verdadeiro exagero para descrever "street food". Mas acreditem que nenhum daqueles ingredientes passa despercebido ou fica eclipsado pelos outros, e a sua conjugação é fantástica.




O pão não estava seco e era tostado levemente na mesma chapa onde o pato é (re)cozinhado, sendo depois barrado com o chutney que nos dava alguma da componente doce. Por cima, rúcula e mostarda para ter também um ligeiro toque amargo mas com a mostarda a dar-nos variações de sabor nas diferentes dentadas e dando vida ao prato. O pato, apesar de reaquecido na chapa, era saboroso e notava-se não estar excessivamente cozinhado pois desfiava-se facilmente à dentada e, juntamente com alguns "couratos de pato", davam consistência e servindo como bom suporte a todos os outros ingredientes. Principal destaque para estes couratos que eram crocantes, estaladiços, saborosos e ajudavam na textura de cada dentada. Na opção de queijo, acabei por deixar à escolha do rapaz que estava a cozinhar e não fiquei desiludido. Uma fatia generosa, em altura, de um saboroso queijo azul que levava um fio de mel antes de ser incorporado no pato e estando ainda um pouco na chapa para o tentar incorporar mais na carne. Apenas este pormenor achei mais fraco, pois desejava que o queijo estivesse mais derretido, apesar de não ter afectado muito o sabor do conjunto.


Para mim, o melhor que comi em Londres!

Foodspotting
The Frenchie
Camden Lock Market, West Yard, London NW1 8AF
Londres, Inglaterra
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Preço: 6 £

segunda-feira, 17 de março de 2014

Nebraska - Huevos Rotos con Patatas y Jamón Ibérico

É impressionante como em Espanha conseguimos encontrar presunto fantástico, seja onde for. Desde a loja de conveniência que nos vende sandes com enchidos a peso, como no Museo del Jamón ou num restaurante de topo. E porque estou eu apenas a falar de presunto quando o prato tem mais ingredientes para além deste?
Porque apenas o presunto merece nota de destaque aqui. O ovo demasiado cozinhado, com a gema já cozida e as batatas cozidas sem grande sabor, e onde apenas o presunto dava um ar de sua graça... uma pena que um presunto tão bom fosse usado num prato tão medíocre.


Restaurante Nebraska (Gran Vía)
Calle Gran Vía, 55
Madrid, Espanha
Preço Médio: < 20 €

quinta-feira, 13 de março de 2014

Restaurante Bom Dia - Cozido À Portuguesa

Não sou muito exigente com um Cozido à Portuguesa. Sendo um prato de simples preparação, basta os ingredientes serem acima da média para que também a sua conjugação se torne acima da média. Neste caso, infelizmente apenas a carne estava acima da média, com os enchidos e os vegetais a não se destacarem muito. Não quero dizer que seja um mau prato, mas com uma aposta um pouco maior na qualidade dos ingredientes seria bastante melhor.
Uma nota para o único ponto mau neste prato, o arroz. Se há algo que adoro num bom cozido, é o arroz que é cozinhado com o caldo dos restantes ingredientes, tornando-se um dos componentes mais saborosos de todos. Neste exemplar, o arroz vinha seco e cozinhado sem grande amor e carinho, sendo fraco e desinteressante.



Foodspotting
Restaurante Bom Dia
Pavilhão Central do Jardim de Paço de Arcos (antigamente na Rua Costa Pinto, nº 180 em Paço de Arcos)
Paço de Arcos, Portugal
Preço Médio: < 20 €

quarta-feira, 12 de março de 2014

The 50's American Diner - Bacon Cheese Burger

Apesar das muitas hamburguerias que abriram ao longo de 2013, e continuam a abrir neste início de 2014, o 50's tem dos melhores hambúrgueres da cidade, muito graças à sua carne saborosa. Não querendo ser inovadores na sua ementa, que conta com alguma "junk food" tipicamente americana, parece ser um restaurante capaz que aposta em produtos com alguma qualidade e bem cozinhados.
O hambúrguer, apesar de ser pedido mal-passado, veio um pouco acima disso, mas nada que disfarçasse a qualidade da carne ou dos ingrediente que a complementavam. A cebola grelhada não tinha um sabor típico grelhado, mas era saborosa e combinava bem com o bacon e o queijo americano. Apesar de não ser um grande fã deste tipo de queijo, não acho a sua utilização desapropriada e é um queijo que derrete facilmente e ajuda a dar cremosidade a cada dentada. O pão é a componente mais fraca, sendo um pouco seco mas apesar de tudo tem uma boa proporção para com os ingredientes.


Foodspotting
The 50's American Diner
Av. Dom João II, Lote 1.17.02 Loja A
Lisboa, Portugal
Facebook
Preço Médio: < 20 €

terça-feira, 11 de março de 2014

Páteo do Petisco - Peixinhos da Horta

Existem muitas opções aceitáveis para se petiscar em Cascais, quase sempre com o mesmo tipo de ementa e com preços muito parecidos. Com isto em mente, o que nos pode levar a escolher um restaurante que fica longe do centro de Cascais, num sítio algo difícil de encontrar à primeira vista e que está quase sempre cheio?
A resposta é simples... a qualidade da comida é acima da média que normalmente se encontra noutros sítios. Não tem uma ementa surpreendente, nem inovadora, mas o que fazem, fazem-no bem, como é o caso destes peixinhos da horta!
Uma polme estaladiça, não gordurosa e com um molho de iogurte refrescante para molharmos, onde apenas desejava que o feijão verde estivesse um bocadinho mais estaladiço, ajudando a conferir uma melhor textura.


Páteo do Petisco
Travessa das Amoreiras, 5
Cascais, Portugal
Preço Médio: < 20 €

segunda-feira, 10 de março de 2014

Nebraska - Fingers de Mozzarela con Coulis de Fresa

São raras as pessoas que não gostam de queijo derretido. E eu não fujo à regra neste caso. Seja em pizzas, tostas ou fondue, um bom queijo derretido, daqueles que dá para esticar em cada dentada é sempre bom.
Uma das minhas formas favoritas de comer queijo é panado, e estes cheese fingers são um belo exemplo de como se deve fazê-lo. Com uma boa crosta estaladiça e um interior totalmente derretido, a sua combinação com o doce de morango é fantástica e complementa-se muito bem.


Restaurante Nebraska (Gran Vía)
Calle Gran Vía, 55
Madrid, Espanha
Preço Médio: < 20 €

Get Jiro - banda desenhada escrita por Anthony Bourdain



Parece que não me canso de falar sobre Anthony Bourdain... Mas sou um fã do ex-chef e apresentador de TV, e não consigo resistir aos seus livros. Bourdain tem uma forma muito característica de contar histórias, tanto baseadas em factos verídicos ("Cozinha Confidencial"), como em ficção ("Um Osso na Garganta") e estava curioso sobre a sua habilidade para transpor este humor e boa disposição, juntamente com o respeito pela comida, para uma banda desenhada.
E a verdade é que a BD parece representar na totalidade aquilo que Bourdain é e sente em relação à comida, às suas tradições e às novas modas. Comecemos pela personagem principal, Jiro, que parece uma mistura entre Bourdain e Jiro Ono (dono do restaurante Sukiyabashi Jiro, que teve o documentário "Jiro Dreams of Sushi" a contar a sua história). Num mundo virado para a gastronomia e numa Los Angeles dominada por dois chefs, Jiro é um "itamae" fiel às tradições japonesas de sushi, que arde de fúria quando vê clientes a mergulhar os seus perfeitos nigiris no molho de soja com o arroz virado para baixo, e os decapita quando lhe pedem um California Roll.


Bourdain representa perfeitamente aquilo que ele acredita serem as várias tendências gastronómicas e consegue dar o seu parecer quanto às mesmas (até pelo próprio desfecho da história)! Os dois chefs rivais são de "campos gastronómicos" opostos. Se um deles é um chef com uma base culinária assente nas técnicas tradicionais francesas e em produtos de topo, sem que se importe como os obtém, a sua rival é uma chef vegetariana que quer a toda a força apoiar os produtos locais e sazonais. Mas não são só estas vertentes que estão retratadas. Existe também um vendedor de street food mexicana, o dono de um pequeno bistro que usa os produtos menosprezados e lhes confere sabor, usando da simplicidade culinária para deslumbrar Jiro, e mais algumas personagens pequenas que conferem (apesar do claro sarcasmo e hipérbole usados nestas representações) autenticidade e proximidade à realidade gastronómica neste mundo de ficção.
Em cada um dos personagens que vão aparecendo, Bourdain rapidamente dá a entender o que pensa deles pela forma como a personagem está caracterizada e pelas acções que toma.
Não sendo capaz de avaliar com justiça a componente gráfica desta BD, aquilo que se destaca claramente são as expressões faciais que o artista consegue mostrar e que ajudam o leitor a melhor perceber os sentimentos das personagens.
Resumindo, é uma leitura bastante agradável, rápida e se, como eu, forem fãs de Bourdain, irão encontrar bastantes semelhanças entre as ideias transmitidas nesta BD e os seus discursos ao longo dos seus diversos programas (A Cook's Tour, No Reservations, The Layover, Parts Unknown e The Taste).

sábado, 8 de março de 2014

Restaurante Bom Dia - Alheira com Ovo

O Bom Dia é uma tasca familiar, que durante muitos anos esteve localizada no centro da vila de Paço de Arcos, e que se mudou para o pavilhão central do Jardim de Paço de Arcos, com uma fantástica vista para o Tejo. Uso a palavra tasca, pois é um sítio onde não há pretensões de "fine dining" nem de comida de topo.
Exemplo disso é esta Alheira com Ovo... uma boa alheira grelhada, com bocados de carne saborosos e que apesar de ser o elemento principal do prato, era também o único acima da média. Um ovo com a clara um pouco frita demais, um arroz sensaborão, uma salada difícil de fazer mal e umas batatas medianas tornam este um prato de recurso e pouco mais.


Foodspotting
Restaurante Bom Dia
Pavilhão Central do Jardim de Paço de Arcos (antigamente na Rua Costa Pinto, nº 180 em Paço de Arcos)
Paço de Arcos, Portugal
Preço Médio: < 20 €

sexta-feira, 7 de março de 2014

The 50's American Diner - California Burger

Existem alguns restaurantes em Lisboa e arredores, que tentam recriar este ambiente do típico Diner norte-americano do meio do século XX, e se todos o conseguem no aspecto do espaço, a qualidade da comida apresentada tem que estar a par com a qualidade da decoração!
Apesar de já ter saído desiludido de um outro espaço com este tema, numa zona mais central da capital, o 50's não desapontou, apesar de apenas ter provado dois dos seus hambúrgueres.
Este California Burger, com queijo mozzarella, bacon e abacate, apenas ficou aquém do esperado pelo ponto da carne, que foi pedida mal-passada e estava média. O queijo podia estar em maior quantidade e mais derretido, o abacate cumpre o seu papel tentando refrescar cada dentada e o bacon é sempre a estrela de qualquer prato onde entre, melhorando todo o prato ("Everything is Better with Bacon")! Umas boas batatas fritas acompanham uns hambúrgueres acima da média.


Foodspotting
The 50's American Diner
Av. Dom João II, Lote 1.17.02 Loja A
Lisboa, Portugal
Facebook
Preço Médio: < 20 €

quinta-feira, 6 de março de 2014

The Savoy Grill - Beef Wellington

Recentemente, tive a fantástica oportunidade de ir a Londres pela primeira vez, e com uma mesa marcada para jantar no The Savoy Grill, um dos restaurantes londrinos de Gordon Ramsay. Este restaurante pertence a um dos hóteis mais intimidantes da cidade, e isto é algo que sobressai assim que passamos a porta, com a baixa luminosidade da sala e a forma formal como tudo se passa.
Mas o importante, para mim, é sempre a qualidade da comida, e estando a jantar num restaurante do chef mais mediático do mundo, o prato obrigatório teria que ser sempre o Beef Wellington, uma das imagens de marca de Ramsay.


A verdade é que apesar de ser um prato muito bom, estava alguns pontos abaixo daquilo que esperava ser. No menu, o prato é apresentado como um Bife Wellington clássico, mas eu estava à espera que a versão apresentada fosse aquilo que Gordon Ramsay tanto "vende" no seu Hell's Kitchen (e cuja receita está no vídeo abaixo). Mas vou falar daquilo que comi e não daquilo que esperava ter comido.
Sabendo o que é a versão clássico do Wellington, aquilo que nos é apresentado é exactamente o que é pedido. Um bom naco de lombo (com o ponto de carne como pedido, mal-passado!), envolto numa mistura de cogumelos picados e patê (não me consegui aperceber de que seria este patê), que ajudava a conferir alguma cremosidade aos cogumelos, sendo tudo envolto numa massa folhada. É um muito bom prato, bem confeccionado mas esperava poder dizer que este tinha sido a melhor coisa que comi em Londres... e não foi!




The Savoy Grill
Savoy Hotel, Strand
Londres, Inglaterra
Site
Facebook
Preço Médio: < 80 £

segunda-feira, 3 de março de 2014

Vesuvio - Maccheroni Vesuvio

Nesta pizzeria madrilena, a escolha de massas funciona em 2 passos: a escolha do tipo de massa e depois o molho que a irá complementar. 
A escolha recaiu sobre macarrão com o molho da casa, composto por um molho com bechamel, natas, bolonhesa, mozzarela e parmesão ralado por cima. É, sem dúvida, uma escolha estranha mas queria ver qual era o molho "da casa". E saí um pouco desiludido, pois apesar de a massa estar bem cozinhada, todo o molho parecia unidimensional e sem grande sabor, e parco na quantidade.


Foodspotting
Pizzeria Vesuvio
Calle Infantas, 30
Madrid, Espanha
Preço Médio: < 20 €