segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Fornos do Padeiro (Paço de Arcos)

Já tinha visitado os fornos do padeiro há uns anos, por 2 ocasiões distintas, e não tinha ficado muito bem impressionado. A comida tinha sido memorável, num mau sentido, e a vontade de voltar nunca foi grande. 
Por motivos de comodidade, voltei a este espaço num almoço familiar. O serviço foi bastante simpático e prestável em todos os momentos, com a disponibilização de alterações na disposição da sala conforme algumas limitações existentes.
Boas entradas, com destaque para o Presunto, apesar do corte mais grosseiro, para a Farinheira e Linguiça. Gulosas e viciantes o suficientes para abrir o apetite a toda a mesa.




O Bacalhau com Broa no Forno revelou... pouco bacalhau e um conjunto um tanto ou quanto seco. É quase inevitável fazer comparações com outros exemplares experimentadas e este está muito longe da qualidade da Taverna do Rogério.



Bastante melhor o Leitão, com uma pele estaladiça e a carne suculenta.



O Lombo de Porco no Forno com Batata Doce já foi algo quase memorável (mas desta vez, no bom sentido), apresentando bastante sabor, carne macia, um bom molho e acompanhamentos simpáticos.



Nas sobremesas, umas Farófias simpáticas e leves.



Um bom Requeijão com Doce de Abóbora. Simples e competente!



Ainda que a refeição tinha sido melhor que anteriores experiências, continuo a não conseguir considerar os Fornos do Padeiro como um restaurante de eleição, seja em que contexto for. Sim, o serviço é bastante simpático e prestável, a comida é boa, mas não é uma experiência por aí além, existindo melhores opções no que à relação qualidade/preço diz respeito.

Fornos do Padeiro
Paço de Arcos, Portugal
Restaurante - Fornos do Padeiro Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Preço Médio: < 30 €

O Tasco (Alcabideche)

Há coisa de 3 ou 4 anos decidiu começar a chamar Tascas ou Tabernas a tudo o quanto seja local de restauração, sem que na verdade haja uma identidade representativa de tal nome. Na verdade, a maior parte destes locais de tascas ou tabernas só tem mesmo os nomes, pois os ambientes e os preços nem sempre acompanham a ideia mental que se cria.
Apesar disso, este O Tasco consegue ter algumas coisas bastante apelativas, ainda que os seus preços tenham aumentado um pouco no último ano. A fama do espaço começou pela sua picanha à discrição, pela módica quantia de 9,50€ e que entretanto já vai nos 10,75€ (sobre esta picanha falarei quando tiver oportunidade de falar sobre o espaço irmão, em Carnaxide). Acabei por apenas conhecer esta casa num contexto de almoços semanais, com preços de menu entre os 8€ e os 12€, dependendo do que se come, e que inclui couvert, sopa, prato, sobremesa mas sem bebida, o que pode facilmente levar o menu para preços pouco simpáticos. Talvez a inclusão da bebida e exclusão da sopa ou sobremesa fosse mais lógico para os clientes, ainda que perceba que toda a gente que lá vai irá ter que consumir uma bebida para acompanhar o seu almoço, aumentando assim a conta... Mas vamos à parte boa: a comida!
Uma Sopa Juliana mediana mas sem comprometer. A expectativa estava no corte dos legumes (não é à toa que a sopa tem o nome que tem, vindo do corte aplicado aos legumes) mas estes estavam praticamente todos triturados.


Muito bom estava o Teclado Grelhado. Carne macia e sair facilmente do osso, com uma boa quantidade de sal e servido numa dose bastante generosa para o seu preço (8€). Batatas fritas e salada simpáticos para acompanhar, onde apenas o arroz era dispensável.


Para terminar, uma boa Mousse de Maracujá, apresentando um bom balanço entre os níveis de acidez e doçura, e uma textura cremosa.


Um restaurante bastante interessante, não tanto pelos seus menus de almoço, que me parecem um pouco desenquadrados ao nível do preço, mas principalmente pela qualidade que apresenta. Quanto à picanha, sem querer levantar muito o véu, vale bastante a pena!

O Tasco
Alcabideche, Portugal
O Tasco Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Preço Médio: < 20 €

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Curtas #9: B'Entrevinhos

Quase me atrevo a dizer que o B'Entrevinhos está cada vez melhor, mas não sei se tal é possível. Nota-se o trabalho constante e a procura de melhorarem e não deixarem de ser criativos, com as constantes mudanças de menu para aproveitar uma maior sazonalidade. Não me vou alongar e deixo-vos só alguns dos melhores pratos que por lá experimentei em 2016 (sem nenhuma ordem específica) e que ainda não tinha mencionado por aqui. Experimentei mais do que os que vou mencionar mas estes foram os melhores dos melhores. Os outros foram só óptimos!

- Gelado de Nata em Harumaki e Framboesas



- Tequeños de Requeijão e Queijo de Cabra



- Croquetes de Bacalhau Fresco com Maionese de Laranja



- Chouriço Assado com Alho Confitado e Chalotas



- O Prego do Pedro



- Crumble de Banana



- Sangria (sim, não é um prato mas esta é das melhores que já bebi e merece a menção!)



- Filetes de Peixe-Galo Panado



- Mini-Hambúrguer de Frango



- Petit Gâteau de Chocolate Branco e Amendoim



Existem mais pratos que não mencionei que podem cuscar (aqui) mas façam um favor a vocês próprios e vão lá experimentar por vocês mesmos. Mesmo que já tenham ido, a probabilidade de encontrarem novidades é grande!

B'Entrevinhos
Oeiras, Portugal
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Preço Médio: < 30 €

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Sensações Clube de Campo (Linhó)

Um restaurante simpático para almoços de negócios, mas pouco mais que isso. Ok, talvez esteja a ser um pouco injusto pois apenas visitei o espaço em almoços semanais, mas não fiquei convencido o suficiente para voltar num registo de jantar.
O menu de almoço (Couvert, Entrada, Prato do Dia, Sobremesa, Bebida e Café) tem uma relação qualidade/preço simpática mas não é genial, principalmente devido às inconsistências na qualidade da comida. Aqui acaba por se pagar também o espaço e a localização, visto ser um Country Club de Golfe, com um serviço relativamente informal.
O couvert é simpático, sempre com 2 ou 3 variedades de pão, manteiga, patê e azeitonas.
A 1ª visita começou com um bom Creme de Ervilhas, com uma excelente textura, cor e sabor.


O prato de peixe, Arroz de Peixe com Mexilhão, parecia apelativo mas quedou-se abaixo das expectativas. Pouco peixe, pouco mexilhão, sendo o prato ocupado maioritariamente por arroz, faltando-lhe inclusive um pouco de sal. Nem tudo era negativo pois o arroz estava cozinhado no ponto correcto e o caldo mostrou potencial, faltando-lhe só o sal.


Melhor o Salteado de Vitela com Esparregado e Batatas Fritas, com umas saborosas tiras, generosamente regadas com um molho que foi bastante apreciado.


Nas sobremesas, dois exemplares em espectros completamente opostos. Uma Panna Cotta fraca, com uma textura exterior pouco agradável e um interior que revelou inconsistência na integração dos diversos ingredientes, com a formação de soro que depois solidificou.


Já a Mousse de Chocolate Branco com Morangos, estava fresca, com uma cremosidade adequada e os morangos a servir bem o propósito de cortar a riqueza excessiva do chocolate branco.


Numa outra visita, pude confirmar a ideia com que tinha ficado de que, não sendo uma má opção para menu de almoço também não é fantástica. Muito bom Creme de Feijão revelando todos os aspectos positivos que o Creme de Ervilhas já apresentava.


Ao Caril de Peixe faltava-lhe um pouco de sal mas apreciei os tons picantes.


Já o Emincé de Novilho estava rijo e sem grande sabor.


Ambas as mousses experimentadas (Chocolate e Maracujá) estiveram num bom nível tanto no que se refere ao sabor como à textura.



Mesmo num contexto de almoço de negócios não acho que justifique totalmente a ida quando, em Sintra, existe um INcomum By Luis Santos. Mais uma vez, vale principalmente pelo espaço e localização, já que nem a comida é fantástica nem as quantidades servidas são muito grandes.

Sensações Clube de Campo
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Preço Médio: < 30 € (Menu de Almoço 10€)

Aripo (São Domingos de Benfica)

Apesar de ser um "marmiteiro, ou seja, tenho o hábito de levar o meu próprio almoço para o meu local de trabalho, nem sempre o tempo e paciência são suficientes para que isto aconteça. Nessas ocasiões, aproveito para experimentar locais que se possam perto e que tenha referenciados, tal como o Aripo.
Antes desta visita nunca tinha tido qualquer contacto com comida venezuelana mas já tinha a noção que as arepas são mais uma forma de street food (mas também de pequeno-almoço) que propriamente uma refeição que pudesse representar o que a totalidade do que a cozinha venezuelana é. Mas, estamos perante a primeira Areparia (se tivesse este nome de certeza que estaria muito mais na moda!) de Lisboa, portanto a curiosidade é natural. O restaurante, e respectivo balcão, tem um feeling de fast food, o que torna o ambiente algo frio apesar da decoração tentar puxar para tons mais quentes.
Para entreter enquanto as arepas não chegavam, fomos mordiscando uns óptimos Tostones, bastante bem fritos, e acompanhados com umas "gotas" de guasacaca (um molho à base de abacate). Teria sido preferível o molho vir à parte, para que se pudesse colocar a quantidade desejada, pois seria menos limitativo quanto à proporção tostone/molho que cada pessoa quisesse.


As arepas em si foram uma boa surpresa. Começando pelo aspecto comum, o pão de farinha de milho é estaladiço por fora e leve por dentro, devido à sua passagem pela chapa. Bom sabor, quase a fazer lembrar os cubos de milho frito servidos na Madeira, e a servir bem o propósito de receptáculo.
Já os recheios tinham algumas falhas que podem facilmente ser corrigidas, como o caso do frango da Arepa Convencida (Frango, Abacate, Alho, Maionese, Mostarda e Queijo Flamengo) que tinha o seu recheio a uma temperatura frigorífica, o que não é agradável. Gosto da adição do queijo mas preferia que o mesmo estivesse mais quente e derretido.


Na Arepa Colombiana (Carne de Vitela desfiada, Frango, Bacon e Cebola Caramelizada) já não se verificava o problema da temperatura pois a carne desfiada aparenta ser mantida num recipiente quente (ou passada numa chapa antes de servir). Combinação, para mim, mais saborosa que a anterior muito graças à carne de vitela desfiada mas, apesar de bem recheada de carne, o bacon poderia ser em maior quantidade.


Não podíamos deixar a nossa 1ª experiência venezuelana acabar sem ver o que a casa teria para oferecer nas sobremesas. O Quesillo é como um pudim de leite condensado, bastante leve e envolto num excelente caramelo.


Também experimentámos o Dulce de Lechoza (doce de papaia), que descobri tratar-se de uma sobremesa normalmente associada ao Natal (e estávamos a 21 de Dezembro portanto fez todo o sentido), que revelou um nível de açúcar comparável à fruta em calda. Bom mas, para mim, a ser demasiado doce.


Acompanhámos toda a refeição com Papelón con Limón, uma bebida à base de cana de açúcar, assemelhando-se quase a uma caipirinha sem álcool e com uma Cerveja Polar, também ela venezuelana.



Apreciei bastante a variedade representativa da cultura venezuelana, estando à espera de muito menos, principalmente no que às sobremesas diz respeito. Não nos podemos esquecer do contexto gastronómico em que as arepas se encontram, portanto não devemos estar à espera de que este restaurante consiga representar toda a cultura gastronómica da Venezuela. Mas a amostra que tive foi boa o suficiente para me fazer querer mais.

Aripo
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Preço Médio: < 20 €

Arigato Sushi Arena (Campo Pequeno)

O Arigato é, muito provavelmente, dos restaurantes de sushi All You Can Eat mais famosos da cidade de Lisboa. O seu sushi de fusão em modo Buffet, é dos que apresenta melhor relação qualidade/preço, tal como já tinha referido aqui
Por vezes dá-me vontade de ingerir peças de sushi como se não houvesse amanhã e foi num destes momentos que decidi ir experimentar o Arigato do Campo Pequeno, localizado no edifício da Praça de Touros.
A lógica é semelhante à do seu "irmão", existindo um balcão com vários exemplares e, pareceu-me, com o mesmo tipo de variedade, onde nos podemos servir as vezes que quisermos e escolhendo o que queremos (ou não) comer.
O peixe era de uma qualidade bastante aceitável, o que se percebe ao observarmos a roda viva de pessoas que passa por aquele balcão, mas achei a execução melhor no Parque das Nações ainda que os exemplares aqui experimentados fossem bastante competentes.


De forma geral, bom arroz, bom peixe e combinações seguras ainda que não totalmente inovadoras. Como muito foi experimentado (e não anotei exactamente tudo) é difícil ser exaustivo mas destaco, pela positiva, o nigiri de atum com cebola, o uramaki com salmão e togarashi e o sashimi. Já pela negativa o nigiri de polvo e as peças com pele de salmão, que se apresentava mole.


O serviço neste tipo de contexto é sempre algo impessoal, devido à pouca interacção mas ainda assim foi simpático. Continuam a abrir casas de sushi com serviço All You Can Eat, e não consigo dizer qual será a melhor, mas a cadeia Arigato é uma aposta segura para quem quer encher o bandulho com sushi fugindo às cadeias tipo Nagoya (agora Sushicome)!

Arigato Sushi Arena
Praça de Touros do Campo Pequeno, Loja 605
Lisboa, Portugal
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Preço Médio: < 30 €

domingo, 18 de dezembro de 2016

INcomum by Luis Santos (Sintra)

Um restaurante que me suscitou muita curiosidade, desde a sua abertura, pela reputação do chefe (ex-Tágide), pelas reviews positivas que recebeu desde o início (principalmente no que se refere ao menu de almoço) e juntando a isso o chef ser meu homónimo. E, estando a trabalhar perto de Sintra, nada melhor que aproveitar para conhecer o seu Menu Executivo (9,50€ sem café mas com couvert, entrada, prato, sobremesa e 1 bebida). Não marquei mesa e por pouco ia-me arrependo de tal decisão pois o restaurante rapidamente encheu.
Na 1ª visita começámos com um excelente Creme de Courgette. Boa cremosidade, a notar-se o sabor da courgette acima dos restantes legumes usados e bom ponto de sal. Do outro lado, uma Salada Verde com queijo fresco de cabra, melão e tomate cherry.


Como pratos principais havia uns excelentes Raviolis de Bacalhau com Caldo do Mesmo, transportando-nos para os sabores de uma caldeirada e o Supremo de Pintada, Tomate Seco, Azeitonas e Couve-Flor Gratinada, muito bem cozinhado, com a carne suculenta e um óptimo recheio de tomate seco. Único ponto a rever é a pele que deveria estar mais crocante. Bom acompanhamento na couve-flor gratinada, com a utilização de um queijo bastante saboroso e em dose generosa. 


Mais fraco o Bolo de Bolacha para sobremesa, com uma textura pastosa e uniforme, sem um sabor diferenciador ou particularmente agradável e onde o molho de chocolate também em nada ajudou.


A 2ª visita foi bastante semelhante, de início bastante simpático com uma Sopa Juliana.


Fantásticas Plumas de Porco Preto com Migas Verdes, com a carne no ponto correcto de sal e as migas a apresentarem uma textura bastante correcta.


Também o Supremo de Frango com Chouriço sobre Esmagada de Batata-Doce cumpriu e encantou, com o frango suculento por dentro e a ligar muito bem com o chouriço.


Já a sobremesa a ser melhor que a da 1ª visita, com uma Tarte de Maçã de sabores fortes e correctos. A base poderia estar mais cozida de forma a ajuda a dar outra textura, mas todos os sabores de uma tarte de maçã estavam lá.


Apenas posso avaliar o INcomum pelos menus de almoço, mas traduzem-se em doses de boas dimensões e a um preço fantástico no que se refere a qualidade e quantidade. 

INcomum by Luis Santos
Rua Doutor Alfredo Costa, 22
Sintra, Portugal
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Preço Médio: < 40 € (Menu de Almoço: 9,50€)