Tenho a felicidade de já ter visitado Tavira por várias ocasiões, uma cidade algarvia de muitos encantos e boa gastronomia. Mas um dos restaurantes que sempre me tinha escapado, e que muita curiosidade me suscitava, era o Rive Gauche. Depois da inauguração do novo bar cultural O Poeta, lá surge finalmente a tão desejada oportunidade.
Entramos pela porta das traseiras, dando com um grupo de estrangeiros confortavelmente instalados perto da lareira que ambienta a sala (estávamos no frio invernal de Dezembro). Algum fumo na sala, algo incómodo mas normal quando as portas estão praticamente fechadas. Exceptuando este grupo, o restaurante encontrava-se vazio a um sábado à noite.
Um rápido olhar pela ementa foi o causador de alguma repulsa, notando que a ementa é uma desorganizada mixórdia entre o inglês, português e francês. Sei que este é um restaurante com comida de influência europeia (maioritariamente francesa), mas sou adverso às ementas "para estrangeiro ver".
Depois de pedida uma "Sopa de Tomate c/ Queijo Creme de Cabra e Manjericão" e um "Peito de Pato com Molho de Manga Picante" eis que chega o alarme dado pelo grupo de estrangeiros: "Hey! It's on fire!". Pois é, parece que a ideia fantástica de ter uma lareira (e consequente extracção) numa sala com tecto em madeira não correu muito bem e assim acabou gorada a nossa tentativa de jantar no Rive Gauche.
Felizmente, outro restaurante relativamente conceituado em Tavira encontra-se a 50 metros de distância e assim acabámos por conseguir uma mesa no Aquasul. Este é um restaurante italiano, claramente virado para os turistas, e que apregoa (em inglês, "para estrangeiro ver") a confecção de pratos com ingredientes bons, frescos e regionais. Parece-me uma boa premissa. Pena foi o aviso prévio, por parte da empregada, que começavam a escassear alguns ingredientes, havendo a possibilidade de não haver todos os pratos. "Quais?" perguntamos nós, obtendo a resposta "É mais fácil pedir e então eu depois verifico se há ou não."... Não era mais fácil o processo contrário?
Começámos por uma finíssima e boa Pizza de Alho, ou seja, Pão de Alho com massa de pizza, finamente estendido, besuntada com manteiga de alho e algum mozzarella para ajudar a juntar tudo. Bom, leve e de se comer à mão.
Provaram-se ainda uns Croquetes de Bacalhau. Excelente fritura a revelar um interior um pouco insípido. Um pouco de sal e cebola já lhe daria uma outra dimensionalidade no palato, aproximando-os mais do sabor que associamos aos pastéis de bacalhau. O molho romesco que acompanhava pareceu-me pouco arrojado, apesar de ajudar a conferir alguma frescura ao prato.
Para prato principal, decidi-me por uma Pizza Margherita. Se uma pizzaria conseguir uma boa Margherita então é meio caminho andado para produzir boas pizzas de forma geral. Sendo uma pizza mais simples, é também mais fácil compará-la com outras do mesmo género. Mas acabei por ficar um pouco desiludido com o que comi, pois foge à ideia que tenho desta tão tradicional pizza. A massa era boa e bem cozinhada, mas os ingredientes presentes eram fracos. O molho de tomate era excessivamente adocicado, a mozzarella deu pouco o seu ar de graça devido à escassez de utilização e o manjericão a ser transformado em algo parecido com um pesto mas que pouco sabor acabou por dar ao conjunto.
Onde estão os meus pecaminosos pedaços de mozzarella derretida? Onde está um guloso molho de tomate que aumente a produção salivar das minhas papilas? E aquelas refrescantes folhas de manjericão? A comparação com outras Margheritas é inevitável (como a experimentada no Mercantina), mas mesmo que avaliasse só como uma pizza o molho de tomate acaba por pesar bastante na fraca avaliação que faço.
Um restaurante com uma boa premissa mas que me parece falhar um pouco na concretização de alguns elementos simples. Espero ainda que o problema no Rive Gauche seja ultrapassado para que um dia o possa experimentar, mas sem incidentes.
Entramos pela porta das traseiras, dando com um grupo de estrangeiros confortavelmente instalados perto da lareira que ambienta a sala (estávamos no frio invernal de Dezembro). Algum fumo na sala, algo incómodo mas normal quando as portas estão praticamente fechadas. Exceptuando este grupo, o restaurante encontrava-se vazio a um sábado à noite.
Um rápido olhar pela ementa foi o causador de alguma repulsa, notando que a ementa é uma desorganizada mixórdia entre o inglês, português e francês. Sei que este é um restaurante com comida de influência europeia (maioritariamente francesa), mas sou adverso às ementas "para estrangeiro ver".
Depois de pedida uma "Sopa de Tomate c/ Queijo Creme de Cabra e Manjericão" e um "Peito de Pato com Molho de Manga Picante" eis que chega o alarme dado pelo grupo de estrangeiros: "Hey! It's on fire!". Pois é, parece que a ideia fantástica de ter uma lareira (e consequente extracção) numa sala com tecto em madeira não correu muito bem e assim acabou gorada a nossa tentativa de jantar no Rive Gauche.
Felizmente, outro restaurante relativamente conceituado em Tavira encontra-se a 50 metros de distância e assim acabámos por conseguir uma mesa no Aquasul. Este é um restaurante italiano, claramente virado para os turistas, e que apregoa (em inglês, "para estrangeiro ver") a confecção de pratos com ingredientes bons, frescos e regionais. Parece-me uma boa premissa. Pena foi o aviso prévio, por parte da empregada, que começavam a escassear alguns ingredientes, havendo a possibilidade de não haver todos os pratos. "Quais?" perguntamos nós, obtendo a resposta "É mais fácil pedir e então eu depois verifico se há ou não."... Não era mais fácil o processo contrário?
Começámos por uma finíssima e boa Pizza de Alho, ou seja, Pão de Alho com massa de pizza, finamente estendido, besuntada com manteiga de alho e algum mozzarella para ajudar a juntar tudo. Bom, leve e de se comer à mão.
Provaram-se ainda uns Croquetes de Bacalhau. Excelente fritura a revelar um interior um pouco insípido. Um pouco de sal e cebola já lhe daria uma outra dimensionalidade no palato, aproximando-os mais do sabor que associamos aos pastéis de bacalhau. O molho romesco que acompanhava pareceu-me pouco arrojado, apesar de ajudar a conferir alguma frescura ao prato.
Para prato principal, decidi-me por uma Pizza Margherita. Se uma pizzaria conseguir uma boa Margherita então é meio caminho andado para produzir boas pizzas de forma geral. Sendo uma pizza mais simples, é também mais fácil compará-la com outras do mesmo género. Mas acabei por ficar um pouco desiludido com o que comi, pois foge à ideia que tenho desta tão tradicional pizza. A massa era boa e bem cozinhada, mas os ingredientes presentes eram fracos. O molho de tomate era excessivamente adocicado, a mozzarella deu pouco o seu ar de graça devido à escassez de utilização e o manjericão a ser transformado em algo parecido com um pesto mas que pouco sabor acabou por dar ao conjunto.
Pizza Margherita no Aquasul |
Pizza Margherita no Mercantina |
Aquasul
Tavira, Portugal
Preço Médio: < 30 €
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