Acho que já disse praticamente tudo o que podia sobre o conceito das Mesas Bohemias! A oportunidade que nos dá de podermos de conhecer restaurantes remotos, sem termos de sair dos dois maiores centros urbanos portugueses é imperdível! Sim, isto é uma atitude um tanto ou quanto preguiçosa, pois podíamos fazer umas quantas horas e ter a experiência autêntica mas o que as Mesas Bohemias nos dão é uma aproximação suficiente para me ter viciado.
Desta vez, o Mugasa, um dos melhores restaurantes do país, no que à arte do leitão diz respeito, deslocou-se à capital para nos encher o bandulho do pequeno e delicioso suíno. E, spoiler alert, acho que encontrei o melhor leitão do país! Não posso contabilizar o do Belcanto (aqui), pois apesar de ser uma reinterpretação do prato, não acho que seja comparável com a forma tradicional como o leitão é servido, por muito que os sabores sejam os mesmos.
O primeiro prato servido foi um 2 em 1 focado nas miudezas do leitão. De um lado umas óptimas Iscas de cebolada, com um ligeiro nível de picante que acentuava os sabores presentes. A doçura da cebola contrabalança perfeitamente com o picante e com o fígado, tornando-o um conjunto bastante equilibrado.
Do outro, uma Cabidela de bradar aos céus, feita única e exclusivamente com miudezas, ao contrário do que estamos habituados na cabidela de galinha. Contra aquilo que estamos à espera, esta cabidela não leva sangue, estando por baixo do leitão enquanto ele assa, recolhendo todos os sucos divinos do animal. Um prato fantástico que ganhou adeptos junto de quem não gosta de coisas como fígados, pulmões, coração, etc.
Para segundo prato, algo que nem o próprio Ricardo Nogueira (a cara do Mugasa e responsável pelos maravilhosos leitões) conhece a receita, uma Chanfana à Bairrada. Apenas a mãe sabe a receita e produz este prato, feita da forma mais tradicional possível, passando uma noite inteira num forno de lenha para lhe conferir alguns sabores mais fumados. Carne bastante saborosa, a desfazer-se ao toque, e acompanhado por boa batata e feijão verde.
E eis que chega o grande momento da noite, com o leitão a chegar ao restaurante (o evento foi realizado no Clube do Bacalhau) mesmo antes de ser servido, com toda uma cerimónia exemplar por parte do Ricardo de como se corta um leitão.
E o que dizer deste leitão? É complicado. É muito complicado! Ficamos quase sem palavras mal nos apercebemos do quão perfeitamente a pele está tostada e quão suculento é o interior que protege. Impressionante também o molho apimentado que o acompanha, um pouco mais espesso do que o habitual mas também bastante mais saboroso! Perfeição suína num só prato!
Terminamos com uma Aletria muito boa, com a massa a não se mostrar demasiado empapada, nem o creme a ser excessivamente doce ou líquido.
São restaurantes destes que me dão vontade de arrancar ao fim de semana e ir descobrir estas pérolas da gastronomia portuguesa. E fazer isto regularmente para tentar conhecer o máximo possível das maravilhas que temos perdidas um pouco por todo o país...
Desta vez, o Mugasa, um dos melhores restaurantes do país, no que à arte do leitão diz respeito, deslocou-se à capital para nos encher o bandulho do pequeno e delicioso suíno. E, spoiler alert, acho que encontrei o melhor leitão do país! Não posso contabilizar o do Belcanto (aqui), pois apesar de ser uma reinterpretação do prato, não acho que seja comparável com a forma tradicional como o leitão é servido, por muito que os sabores sejam os mesmos.
O primeiro prato servido foi um 2 em 1 focado nas miudezas do leitão. De um lado umas óptimas Iscas de cebolada, com um ligeiro nível de picante que acentuava os sabores presentes. A doçura da cebola contrabalança perfeitamente com o picante e com o fígado, tornando-o um conjunto bastante equilibrado.
Do outro, uma Cabidela de bradar aos céus, feita única e exclusivamente com miudezas, ao contrário do que estamos habituados na cabidela de galinha. Contra aquilo que estamos à espera, esta cabidela não leva sangue, estando por baixo do leitão enquanto ele assa, recolhendo todos os sucos divinos do animal. Um prato fantástico que ganhou adeptos junto de quem não gosta de coisas como fígados, pulmões, coração, etc.
Para segundo prato, algo que nem o próprio Ricardo Nogueira (a cara do Mugasa e responsável pelos maravilhosos leitões) conhece a receita, uma Chanfana à Bairrada. Apenas a mãe sabe a receita e produz este prato, feita da forma mais tradicional possível, passando uma noite inteira num forno de lenha para lhe conferir alguns sabores mais fumados. Carne bastante saborosa, a desfazer-se ao toque, e acompanhado por boa batata e feijão verde.
E eis que chega o grande momento da noite, com o leitão a chegar ao restaurante (o evento foi realizado no Clube do Bacalhau) mesmo antes de ser servido, com toda uma cerimónia exemplar por parte do Ricardo de como se corta um leitão.
E o que dizer deste leitão? É complicado. É muito complicado! Ficamos quase sem palavras mal nos apercebemos do quão perfeitamente a pele está tostada e quão suculento é o interior que protege. Impressionante também o molho apimentado que o acompanha, um pouco mais espesso do que o habitual mas também bastante mais saboroso! Perfeição suína num só prato!
Terminamos com uma Aletria muito boa, com a massa a não se mostrar demasiado empapada, nem o creme a ser excessivamente doce ou líquido.
São restaurantes destes que me dão vontade de arrancar ao fim de semana e ir descobrir estas pérolas da gastronomia portuguesa. E fazer isto regularmente para tentar conhecer o máximo possível das maravilhas que temos perdidas um pouco por todo o país...
Mugasa
Sangalhos, Portugal
Preço Médio: < 30 €
Data da Visita: 23 de Setembro 2017
Data da Visita: 23 de Setembro 2017
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