Estive durante 3 meses a trabalhar no Porto mas apenas na semana final da minha estadia consegui experimentar as Tripas à Moda do Porto! Um prato de que gosto mesmo muito, mas o Porto está a crescer de tal forma que ainda não tinha surgido a oportunidade. Esteve perto no Tascö (aqui) e não podia deixar a invicta sem comer um dos seus ex-libris, fosse onde fosse!
Por sorte minha, um dos locais que tinha referenciado para o efeito era o Manuel Alves, relativamente perto da Estação da Campanhã e aberto ao domingo! Chegando ao Porto, lá fui, de bagagem atrás, fazer o quilómetro que me separava de tão ansiado repasto. Primeiro conselho que vos dou é simples, se pensarem em ir a pé até ao Manuel Alves, preparem-se. É sempre a subir, tornando uma distância aceitável numa ida ao ginásio que a meio caminho nos faz questionar se valerá mesmo a pena!
Mas valeu, por isso em nada me arrependo. Entrando no restaurante, rapidamente fui (bem) atendido e nem precisei de ver a lista. Sabia ao que vinha e nada mais queria.
Estamos perante um dos pratos mais icónicos do nosso país, que deu inclusive a alcunha aos habitantes da cidade! Corria o ano de 1415 quando, repetindo o esforço feito 30 anos antes na guerra contra Castela, os habitantes da cidade deram toda a carne existente na cidade, ficando apenas com as tripas, para as tropas de D. João I para a conquista de Ceuta!
Excelente exemplar aqui no Manuel Alves, com o caldo apurado a servir de base para um prato cheio de sabor. Receita tradicional, sem necessidade de interpretações ou desconstruções, para me fazer sorrir de felicidade à primeira garfada. É este tipo de comida de conforto que ainda me deixa maluco com a nossa gastronomia. Este aproveitamente dos produtos menos nobres, que nós sabemos trabalhar como ninguém, representando na perfeição a filosofia de máximo aproveitamento dos produtos, sejam eles animais ou vegetais. Esta é a base da cozinha de um povo que apaixona quem o conhece mas, principalmente, quem a sua comida experimenta, de Norte a Sul do país.
Precisamos de conseguir manter esta identidade, não a perdendo nesta revitalização turística (e gastronómica) que estamos a ter. É bom abrir horizontes, experimentar a comida de novas culturas e conhecer um pouco do mundo assim mas é tão ou mais importante não perdermos as nossas próprias tradições e ganharmos um novo e maior respeito pela cozinha tradicional portuguesa!
Por sorte minha, um dos locais que tinha referenciado para o efeito era o Manuel Alves, relativamente perto da Estação da Campanhã e aberto ao domingo! Chegando ao Porto, lá fui, de bagagem atrás, fazer o quilómetro que me separava de tão ansiado repasto. Primeiro conselho que vos dou é simples, se pensarem em ir a pé até ao Manuel Alves, preparem-se. É sempre a subir, tornando uma distância aceitável numa ida ao ginásio que a meio caminho nos faz questionar se valerá mesmo a pena!
Mas valeu, por isso em nada me arrependo. Entrando no restaurante, rapidamente fui (bem) atendido e nem precisei de ver a lista. Sabia ao que vinha e nada mais queria.
Estamos perante um dos pratos mais icónicos do nosso país, que deu inclusive a alcunha aos habitantes da cidade! Corria o ano de 1415 quando, repetindo o esforço feito 30 anos antes na guerra contra Castela, os habitantes da cidade deram toda a carne existente na cidade, ficando apenas com as tripas, para as tropas de D. João I para a conquista de Ceuta!
Excelente exemplar aqui no Manuel Alves, com o caldo apurado a servir de base para um prato cheio de sabor. Receita tradicional, sem necessidade de interpretações ou desconstruções, para me fazer sorrir de felicidade à primeira garfada. É este tipo de comida de conforto que ainda me deixa maluco com a nossa gastronomia. Este aproveitamente dos produtos menos nobres, que nós sabemos trabalhar como ninguém, representando na perfeição a filosofia de máximo aproveitamento dos produtos, sejam eles animais ou vegetais. Esta é a base da cozinha de um povo que apaixona quem o conhece mas, principalmente, quem a sua comida experimenta, de Norte a Sul do país.
Precisamos de conseguir manter esta identidade, não a perdendo nesta revitalização turística (e gastronómica) que estamos a ter. É bom abrir horizontes, experimentar a comida de novas culturas e conhecer um pouco do mundo assim mas é tão ou mais importante não perdermos as nossas próprias tradições e ganharmos um novo e maior respeito pela cozinha tradicional portuguesa!
Manuel Alves
Porto, Portugal
Preço Médio: < 20 €
Data da Visita: 22 de Outubro 2017
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