É assustador chegar à Adega das Gravatas, num almoço de domingo, sem reserva e encontrar o restaurante cheio. Mais assustador fica quando escrevemos o nome na folha de pessoas à espera e contamos 36 pessoas antes de nós. Passava pouco das 13 horas quando isto aconteceu, mas tínhamos feito uma viagem longa (com uma tentativa falhada de ir ao cozido d'A Coudelaria, sem reserva, pelo caminho) e como já andava a adiar uma ida ao Gravatas há algum tempo, decidimos ficar e esperar o tempo que fosse necessário.
Mas essa espera foi curta. As mesas pareciam rodar rapidamente e cada vez mais mesas de duas pessoas ficavam disponíveis, com o serviço a passar casos como o nosso à frente de grupos de tamanho igual ou superior a três pessoas, o que deu origem a uma espera de cerca de apenas 15 minutos. Entretanto, já tínhamos olhado para a ementa que se encontra fora do edifício e assim que nos indicaram a nossa mesa pedimos logo os pratos desejados, dispensando qualquer entrada, pois reza a fama deste estabelecimento que as doses são de tamanho XXL.
Se me surpreendeu o tempo de espera por uma mesa, também o tempo de espera pelos pratos foi surpreendente, tendo em conta que o restaurante se encontrava cheio com pessoas a entrar e a sair constantemente. Mas parece-me que aqui reside um dos segredos do Gravatas. Fazer o pedido, comer os pratos principais, pedir e comer a sobremesa, beber café e pagar não ultrapassou os 60 minutos. Com um serviço desta rapidez e qualidade, é uma casa que facilmente consegue rodar as mesas pelo menos três vezes por serviço. Apesar de rápido, nunca me senti pressionado a abandonar o restaurante ou a despachar-me a comer. Serviço rápido e simpático com casa cheia é coisa rara.
Mas vamos ao que interessa, a comida. Sendo esta a primeira visita, decidimos ir para os ex-libris da casa, o Naco na Pedra e a Açorda de Gambas. Apesar de ser fácil a escolha dos pratos, não foi fácil decidir qual o tipo de corte que desejava para o prato de carne, havendo a possibilidade de escolher entre o afamado Lombo ou a menosprezada Alcatra. Acabei por me decidir pela Alcatra, porque a acho uma carne mais saborosa e tendo quase a certeza que a qualidade da carne aqui não iria desiludir ao nível de "limpeza" da peça que me iriam apresentar. E não me enganei. Dois bons nacos de carne, com um corte perfeito, de boa altura e limpos de qualquer nervo que pudesse ser mais complicado de mastigar. Pena apenas que os acompanhamentos não acompanhem a qualidade da carne, tendo-me sido servida uma travessa com um arroz de miúdos seco ainda que saboroso, umas batatas caseiras razoáveis mas sem ser nada de memorável e uma incompreensível e altamente dispensável massa, tipo fusilli mas mais larga, com carne picada e molho de tomate.
Também a Açorda de Gambas à Gravatas é um prato memorável e mais do que recomendável neste restaurante. Boa textura e consistência, não sendo líquida demais nem sólida demais, com um sabor acentuado a alho (algo que não me incomoda nada) e uma quantidade generosa de recheio. Aliás, toda a dose era de tamanho generoso, desde o tacho ao tamanho e quantidade das próprias gambas servidas, não faltando a generosidade e acerto no nível de tempero.
Para satisfazer a necessidade de açúcar, mais da minha excelsa e giríssima companhia do que a minha, pedimos uma Tarte de Limão Merengada para dividir. Fatia de bom tamanho, base saborosa e boa lemon curd, não sendo excessivamente doce, mas acabava tudo por ser estragado pelo excesso de açúcar do merengue, sendo ainda possível sentir os grãos de açúcar do mesmo. Como isto já não bastasse para tornar o conjunto em si doce demais, ainda lhe juntam uma espécie de calda de açúcar, tornando cada garfada, que englobe todos os componentes, enjoativa.
Um clássico lisboeta que tinha na wishlist há muito tempo e que não desiludiu. Fantástica carne e uma açorda exemplar. Fica a vontade de lá regressar para experimentar o resto da ementa.
Mas essa espera foi curta. As mesas pareciam rodar rapidamente e cada vez mais mesas de duas pessoas ficavam disponíveis, com o serviço a passar casos como o nosso à frente de grupos de tamanho igual ou superior a três pessoas, o que deu origem a uma espera de cerca de apenas 15 minutos. Entretanto, já tínhamos olhado para a ementa que se encontra fora do edifício e assim que nos indicaram a nossa mesa pedimos logo os pratos desejados, dispensando qualquer entrada, pois reza a fama deste estabelecimento que as doses são de tamanho XXL.
Se me surpreendeu o tempo de espera por uma mesa, também o tempo de espera pelos pratos foi surpreendente, tendo em conta que o restaurante se encontrava cheio com pessoas a entrar e a sair constantemente. Mas parece-me que aqui reside um dos segredos do Gravatas. Fazer o pedido, comer os pratos principais, pedir e comer a sobremesa, beber café e pagar não ultrapassou os 60 minutos. Com um serviço desta rapidez e qualidade, é uma casa que facilmente consegue rodar as mesas pelo menos três vezes por serviço. Apesar de rápido, nunca me senti pressionado a abandonar o restaurante ou a despachar-me a comer. Serviço rápido e simpático com casa cheia é coisa rara.
Mas vamos ao que interessa, a comida. Sendo esta a primeira visita, decidimos ir para os ex-libris da casa, o Naco na Pedra e a Açorda de Gambas. Apesar de ser fácil a escolha dos pratos, não foi fácil decidir qual o tipo de corte que desejava para o prato de carne, havendo a possibilidade de escolher entre o afamado Lombo ou a menosprezada Alcatra. Acabei por me decidir pela Alcatra, porque a acho uma carne mais saborosa e tendo quase a certeza que a qualidade da carne aqui não iria desiludir ao nível de "limpeza" da peça que me iriam apresentar. E não me enganei. Dois bons nacos de carne, com um corte perfeito, de boa altura e limpos de qualquer nervo que pudesse ser mais complicado de mastigar. Pena apenas que os acompanhamentos não acompanhem a qualidade da carne, tendo-me sido servida uma travessa com um arroz de miúdos seco ainda que saboroso, umas batatas caseiras razoáveis mas sem ser nada de memorável e uma incompreensível e altamente dispensável massa, tipo fusilli mas mais larga, com carne picada e molho de tomate.
Também a Açorda de Gambas à Gravatas é um prato memorável e mais do que recomendável neste restaurante. Boa textura e consistência, não sendo líquida demais nem sólida demais, com um sabor acentuado a alho (algo que não me incomoda nada) e uma quantidade generosa de recheio. Aliás, toda a dose era de tamanho generoso, desde o tacho ao tamanho e quantidade das próprias gambas servidas, não faltando a generosidade e acerto no nível de tempero.
Para satisfazer a necessidade de açúcar, mais da minha excelsa e giríssima companhia do que a minha, pedimos uma Tarte de Limão Merengada para dividir. Fatia de bom tamanho, base saborosa e boa lemon curd, não sendo excessivamente doce, mas acabava tudo por ser estragado pelo excesso de açúcar do merengue, sendo ainda possível sentir os grãos de açúcar do mesmo. Como isto já não bastasse para tornar o conjunto em si doce demais, ainda lhe juntam uma espécie de calda de açúcar, tornando cada garfada, que englobe todos os componentes, enjoativa.
Um clássico lisboeta que tinha na wishlist há muito tempo e que não desiludiu. Fantástica carne e uma açorda exemplar. Fica a vontade de lá regressar para experimentar o resto da ementa.
Adega das Gravatas
Carnide, Portugal
Preço Médio: < 20 €
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