Inicialmente era uma banca do renovado Mercado de Campo de Ourique mas o sucesso foi tão grande que decidiram abrir um espaço próprio no Príncipe Real. O nome diz muito sobre o conceito do restaurante, por isso, o Atalho Real é, não só um restaurante, como também um talho. Fica desde já o aviso que esta foi uma refeição pecaminosamente espectacular e imprópria para vegetarianos ou pessoas que pedem carne mais passada do que médio (e mesmo o médio é esticar um pouco a corda!). Tentarei que as descrições feitas sejam o mais pornográficas possíveis já que as fotos não fazem jus ao que vai ser descrito.
Não é fácil encontrar este restaurante. Não sou um conhecedor do bairro do Príncipe Real e sem um GPS não sei se daria com a tal Embaixada ou a Calçada do Patriarcal. Já dentro dos jardins da Embaixada (o restaurante tem parque exclusivo para clientes, o que é fantástico nesta zona) consegui passar pelo restaurante e só quando estava no parque de estacionamento reservado ao Fluid me dei conta de que já tinha ido longe demais.
Entrámos cedo e encontrámos um restaurante vazio, com vários empregados a atender-nos e a focar a sua atenção em nós, que nem estrelas do nosso próprio filme. O pedido entra rapidamente na cozinha e não muito tempo depois chega o primeiro momento de gula, o Queijo Provolone, servido derretido e com ervas, em pequenas porções individuais. Acompanha bolo do caco para que o possamos montar com enorme perversão. Entretanto, e com o restaurante ainda praticamente vazio, sentimos os empregados voyeurs de 30 em 30 segundos a espreitar pela sala. Mas estamos num estado de total sem pudor e sem vergonha pelo que nos continuamos a satisfazer sem interrupções.
Assim como rapidamente acaba, imediatamente estamos prontos para mais. E não demora muito a que o nosso desejo seja satisfeito e partimos avidamente para uma segunda ronda. Não somos invejosos e por isso acabamos por dividir as nossas atenções para o que se deita sobre os nossos pratos. De um lado, uma orgulhosa e generosa Maminha Black Angus que não se desfazendo nas nossas bocas, também não oferece muita resistência. Sabor intenso, tempero simples, acertado e servido num ponto de perfeição, com a carne húmida mas sem qualquer desperdício de fluídos para cima do prato.
Do outro lado, um Entrecôte Maturado, de carne mais experiente e envelhecida mas que grita para que a desfaçamos toda e a rasguemos com os nossos dentes. A resistência oferecida é nula e apreciamos a luxúria daquela gordura que antigamente não sabíamos apreciar. Se há uns anos achávamos que carne magra era melhor, hoje sabemos que isso não passa de mentiras e que o sabor está naquela gordura que se desfaz na língua. Não sei qual das carnes foi merecedora de mais gemidos prazerosos mas gememos a alto e bom som, sorrindo na intimidade.
Os acompanhamentos são bons com destaque para uma Salada Coleslaw toscamente cortada mas refrescante e ajuda a cortar a riqueza da carne que experimentámos. As Batatas Wedge (assadas no forno) apresentam-se estaladiças e acompanhadas de uma maionese de alho simpática. Menos apreciado foi o Gratin Dauphinois (gratinado de batata) onde lhe faltava maior arte e sabor.
Apenas com 1 entrada e 2 belos nacos ficámos os 2 satisfeitos, sem qualquer espaço para a sobremesa. Pedimos a conta como quem receia abandonar a cama desfeita, com vontade de ficar e pedir só mais 100 gramas, só mais um bifinho. Mas precisávamos do descanso depois de tão extasiante exercício e lá abandonámos o Atalho Real com a certeza de que estávamos perante um dos melhores restaurantes de carne na cidade, e com uma relação qualidade/preço que muitos invejam e do qual este grupo se pode orgulhar.
Da próxima não me escapará também o serviço de talho, de onde podemos trazer estas iguarias para casa e num dia de menor preguiça (ou maior avareza) as cozinharmos nós mesmos.
Se fica algum ressentimento e ira é só o de não ter visitado o Atalho Real mais cedo.
Não é fácil encontrar este restaurante. Não sou um conhecedor do bairro do Príncipe Real e sem um GPS não sei se daria com a tal Embaixada ou a Calçada do Patriarcal. Já dentro dos jardins da Embaixada (o restaurante tem parque exclusivo para clientes, o que é fantástico nesta zona) consegui passar pelo restaurante e só quando estava no parque de estacionamento reservado ao Fluid me dei conta de que já tinha ido longe demais.
Entrámos cedo e encontrámos um restaurante vazio, com vários empregados a atender-nos e a focar a sua atenção em nós, que nem estrelas do nosso próprio filme. O pedido entra rapidamente na cozinha e não muito tempo depois chega o primeiro momento de gula, o Queijo Provolone, servido derretido e com ervas, em pequenas porções individuais. Acompanha bolo do caco para que o possamos montar com enorme perversão. Entretanto, e com o restaurante ainda praticamente vazio, sentimos os empregados voyeurs de 30 em 30 segundos a espreitar pela sala. Mas estamos num estado de total sem pudor e sem vergonha pelo que nos continuamos a satisfazer sem interrupções.
Assim como rapidamente acaba, imediatamente estamos prontos para mais. E não demora muito a que o nosso desejo seja satisfeito e partimos avidamente para uma segunda ronda. Não somos invejosos e por isso acabamos por dividir as nossas atenções para o que se deita sobre os nossos pratos. De um lado, uma orgulhosa e generosa Maminha Black Angus que não se desfazendo nas nossas bocas, também não oferece muita resistência. Sabor intenso, tempero simples, acertado e servido num ponto de perfeição, com a carne húmida mas sem qualquer desperdício de fluídos para cima do prato.
Do outro lado, um Entrecôte Maturado, de carne mais experiente e envelhecida mas que grita para que a desfaçamos toda e a rasguemos com os nossos dentes. A resistência oferecida é nula e apreciamos a luxúria daquela gordura que antigamente não sabíamos apreciar. Se há uns anos achávamos que carne magra era melhor, hoje sabemos que isso não passa de mentiras e que o sabor está naquela gordura que se desfaz na língua. Não sei qual das carnes foi merecedora de mais gemidos prazerosos mas gememos a alto e bom som, sorrindo na intimidade.
Os acompanhamentos são bons com destaque para uma Salada Coleslaw toscamente cortada mas refrescante e ajuda a cortar a riqueza da carne que experimentámos. As Batatas Wedge (assadas no forno) apresentam-se estaladiças e acompanhadas de uma maionese de alho simpática. Menos apreciado foi o Gratin Dauphinois (gratinado de batata) onde lhe faltava maior arte e sabor.
Apenas com 1 entrada e 2 belos nacos ficámos os 2 satisfeitos, sem qualquer espaço para a sobremesa. Pedimos a conta como quem receia abandonar a cama desfeita, com vontade de ficar e pedir só mais 100 gramas, só mais um bifinho. Mas precisávamos do descanso depois de tão extasiante exercício e lá abandonámos o Atalho Real com a certeza de que estávamos perante um dos melhores restaurantes de carne na cidade, e com uma relação qualidade/preço que muitos invejam e do qual este grupo se pode orgulhar.
Da próxima não me escapará também o serviço de talho, de onde podemos trazer estas iguarias para casa e num dia de menor preguiça (ou maior avareza) as cozinharmos nós mesmos.
Se fica algum ressentimento e ira é só o de não ter visitado o Atalho Real mais cedo.
Atalho Real
Embaixada, Calçada do Patriarcal, 40
Príncipe Real, Portugal
Zomato
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Preço Médio: < 20 €
Embaixada, Calçada do Patriarcal, 40
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