Bem perto de Tavira, uma das minhas cidades de eleição no país, fica a Capital do Polvo, Santa Luzia. Aquele tipo de freguesia que é conhecida por uma especialidade e, como tal, quase todos os seus restaurantes apregoam ter o melhor polvo das redondezas, adaptado em 30 mil receitas portuguesas e não só!
Não sei efectivamente qual será o melhor, são demasiados para experimentar, mas já há muito que ouvia falar da Casa do Polvo e foi a minha primeira opção para um almoço tardio. Casa ainda cheia perto das 14h de um domingo, com uma ementa virada para o nosso octópode favorito (como é óbvio) e o serviço a cumprir os mínimos olímpicos, sem grande simpatia, como quem quer terminar o serviço de almoço o mais rápido possível.
Começámos pelos Panadinhos de Polvo, pedaços de tentáculos de polvo irregularmente panados, sem uma camada uniforme de pão ralado sobre os mesmos, e com um défice de sal enorme. Felizmente a falta de sal conseguiu ser ligeiramente mitigada com o limão, a maionese de alho e o molho picante que acompanhavam os panadinhos, mas deveriam ser capazes de brilhar mesmo sem os complementos.
Algo melhor o Polvo de Fricassé com um molho cremoso que envolvia tudo, mas sem aquelas críticas notas cítricas do limão tradicionais. O limão vinha no prato, para colocarmos a nosso gosto, mas isto acaba por fugir à ideia que temos do fricassé. Isso e o uso de pimentos, mas até gostei do toque que dava ao prato.
E o momento estranho da refeição foi quando uma Feijoada de Polvo com Malagueta e Coentros chegou à mesa e sabia... a nada! Há muito tempo que não provava um prato tão insípido, principalmente quando toda a sua premissa invoca sabor. Feijão, polvo, malagueta, coentros e até bacon se encontrava no prato, mas sabor nem vê-lo. Tal como o picante expectável da malagueta... Nem com a adição de picante o prato melhorou por aí além. Nem acho que tenha sido um erro de casting, porque a ideia por trás do prato é simples e tem tudo para correr bem. Faltou só mão na cozinha.
Decidimos terminar com algo doce mas regional e a escolha recaiu sobre a Tarte de Alfarroba com Frutos Silvestres. Excelente sabor, boa combinação com os frutos silvestres, mas a tarte a apresentar-se um pouco mais densa do que é desejável.
Abandonamos o restaurante a pensar que podia (e devia) ter sido muito melhor. Não só pelo preço mas porque temos clara noção que faltava apenas amor e carinho para os pratos terem resultado na perfeição. E não há cozinha decente sem algum amor e carinho...
Não sei efectivamente qual será o melhor, são demasiados para experimentar, mas já há muito que ouvia falar da Casa do Polvo e foi a minha primeira opção para um almoço tardio. Casa ainda cheia perto das 14h de um domingo, com uma ementa virada para o nosso octópode favorito (como é óbvio) e o serviço a cumprir os mínimos olímpicos, sem grande simpatia, como quem quer terminar o serviço de almoço o mais rápido possível.
Começámos pelos Panadinhos de Polvo, pedaços de tentáculos de polvo irregularmente panados, sem uma camada uniforme de pão ralado sobre os mesmos, e com um défice de sal enorme. Felizmente a falta de sal conseguiu ser ligeiramente mitigada com o limão, a maionese de alho e o molho picante que acompanhavam os panadinhos, mas deveriam ser capazes de brilhar mesmo sem os complementos.
Algo melhor o Polvo de Fricassé com um molho cremoso que envolvia tudo, mas sem aquelas críticas notas cítricas do limão tradicionais. O limão vinha no prato, para colocarmos a nosso gosto, mas isto acaba por fugir à ideia que temos do fricassé. Isso e o uso de pimentos, mas até gostei do toque que dava ao prato.
E o momento estranho da refeição foi quando uma Feijoada de Polvo com Malagueta e Coentros chegou à mesa e sabia... a nada! Há muito tempo que não provava um prato tão insípido, principalmente quando toda a sua premissa invoca sabor. Feijão, polvo, malagueta, coentros e até bacon se encontrava no prato, mas sabor nem vê-lo. Tal como o picante expectável da malagueta... Nem com a adição de picante o prato melhorou por aí além. Nem acho que tenha sido um erro de casting, porque a ideia por trás do prato é simples e tem tudo para correr bem. Faltou só mão na cozinha.
Decidimos terminar com algo doce mas regional e a escolha recaiu sobre a Tarte de Alfarroba com Frutos Silvestres. Excelente sabor, boa combinação com os frutos silvestres, mas a tarte a apresentar-se um pouco mais densa do que é desejável.
Abandonamos o restaurante a pensar que podia (e devia) ter sido muito melhor. Não só pelo preço mas porque temos clara noção que faltava apenas amor e carinho para os pratos terem resultado na perfeição. E não há cozinha decente sem algum amor e carinho...
Casa do Polvo
Tavira, Portugal
Preço Médio: < 30 €
Data da Visita: 18 de Março 2018
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