segunda-feira, 30 de março de 2015

100% Hamburgueria (Telheiras)

Segundo a Zomato, existem 143 hamburguerias abertas na zona da Grande Lisboa! Começa a ser difícil distinguir entre tantas. Aliás, parece que já foi tudo visto e repetido nesta moda de hamburguerias. E esta 100% Hamburgueria não foge à regra. Tem todos os grandes ingredientes para ser (apenas) mais uma hamburgueria. Vejamos...
Começámos a refeição com umas Lascas de Batata bem fritas e estaladiças. Boas, sem excesso de gordura e com maionese de ervas normal para acompanhar.


Pedimos também um Bolo do Caco com manteiga de alho que estava a anos-luz da qualidade daquilo que os restaurantes madeirenses servem. Um excesso de oregãos atirado para cima do bolo do caco, complementado com uma manteiga de alho sem grande história.


Pedi o Hambúrguer Picanha, composto por 160 gramas de picanha, rúcula, tomate, mozzarella e bacon. Um hambúrguer simpático, apesar de poder ter um bocadinho mais de sal, com ingredientes medianos, sem acrescentarem muito ao conjunto. Podiam ter usado o tomate um pouco mais maduro, escusava de ser da cor da alface. Também as batatas fritas não são merecedoras de grande destaque.


Não me importo que haja hamburguerias, pois são (e serão) sempre opções rápidas e baratas para uma refeição, mas tem que começar a haver, pelo menos, uma maior preocupação com a qualidade dos ingredientes apresentados e a consistência com que são cozinhados. Não peço muito mais que pão fofo, de preferência ligeiramente torrado, carne de qualidade e bem temperada e toppings com alguma qualidade.

100% Hamburgueria
Telheiras, Portugal
Preço Médio: < 10 €

quinta-feira, 26 de março de 2015

Ristorante Massarella (São Domingos de Rana)

Este é capaz de ser dos poucos restaurantes do qual me considero um cliente assíduo. Não tanto por ir ao restaurante propriamente dito, mas pelo uso constante do seu serviço de Take Away! Ligando cedo, e quase independente da quantidade de pratos pedidos, ao fim de 15 minutos lá está o pedido pronto e sempre com uma qualidade acima da média, apesar de haver pequenas oscilações de qualidade.
Mas desta vez a experiência, ainda que com a comida ao nível a que já estou habituado, não foi tão satisfatória pela demora exagerada de tempo entre as entradas e o prato principal (aproximadamente 45 minutos).


Começámos a refeição com um Pão de Alho com Queijo simpático, com o pão ligeiramente mal cozido (o que para mim é um ponto positivo) mas que merecia uma mais generosa e melhor distribuição do queijo. Pode ser só uma questão para mim, mas sou demasiado guloso com este tipo de entradas e gosto que todo a fatia esteja coberta de queijo!


O Bife Massarella, um bife panado com molho de tomate e natas, sendo depois gratinado com queijo, para mim o "ex-libris" da casa, chega após uma demora que me parece exagerada, mas a qualidade está toda lá e percebemos que sai do forno directamente para a mesa! Existe a hipótese de podermos pedir de vitela ou de frango, mas das vezes que pedi o de vitela nem sempre vem mal passado, enquanto que o de frango acaba por vir bem cozinhado e ainda húmido. Para pratos principais, o restaurante tem ainda boas pizzas, de massa fina e estaladiça e bons risottos.


O Tiramisu, ainda que não seja um dos melhores (ou mais bonitos) que já experimentei, é bastante saboroso e a adição do morango fatiado ajuda a cortar o doce, contrabalançando surpreendentemente bem.
De forma geral, é um dos melhores italianos da zona, e com uma razoável relação qualidade/preço!

Ristorante Massarella
São Domingos de Rana, Portugal
Preço Médio: < 30 €

segunda-feira, 23 de março de 2015

O Nobre / Spazio Buondi (Campo Pequeno)

O Nobre é, sem dúvida alguma, um dos restaurantes mais famosos na cidade de Lisboa. Não só por ser chefiado pela chef Justa Nobre, uma verdadeira estrela no pequeno mundo dos celebrity chefs portugueses, ou pelo famoso buffet de Cozido à Portuguesa que é servido aos almoços de domingo (apenas no Inverno, se não me engano), mas por ser um dos bastonários da comida tradicional portuguesa, com especial influência transmontana.
Já tinha tido a oportunidade de experimentar o buffet há uns anos e lembro-me de ter ficado bastante satisfeito com a qualidade da refeição em si, mas sempre tive curiosidade em voltar. Essa oportunidade surgiu quando ganhei um passatempo Zomato, num dos muitos blogs que sigo. O convite era para experimentar o Menu da Chef, que acredito ser equivalente ao Menu de Degustação que existe na carta do restaurante.
No início da refeição perguntaram-nos se desejaríamos ver a carta ou nos iríamos deixar levar pelas sugestões da casa. Claro que optámos pela segunda opção, e prontamente nos foi perguntado se tínhamos algumas restrições alimentares, pergunta essencial neste tipo de menu. Todo o serviço foi bastante prestável e simpático, sem ser intrometido, e colocando-nos sempre à vontade.
Começámos a refeição com um fantástico Presunto Pata Negra Joselito. Boa cura, bem cortado e com um bom nível de gordura presente nas fatias. Não há dúvidas que comer presunto de qualidade é um dos grandes prazeres da vida...


O presunto não esteve presente apenas em fatia, com umas Tostas com Manteiga de Presunto e Ervas a chegarem à mesa bastante estaladiças e gulosas. Apreciei a ausência de vergonha na altura de colocar a manteiga na tosta. Uma tosta quer-se bem barrada e com a manteiga derretida a cair pelas extremidades.


Petiscámos ainda uma Salada de Favas com Chouriço, uma versão refrescante do prato favorito de José Cid. De destacar o excelente chouriço, assim como a qualidade das favas usadas. Frescas, bem cozinhadas e com um tempero exemplar. Tudo conjugado resultou num prato simples e bastante saboroso.


Não é só a qualidade dos produtos que é notável, mas também a execução dos pratos em si, algo que foi notório quando alguém que não gosta de iscas (a minha excelsa cara-metade, que cada vez mais abre os seus horizontes gastronómicos) decidiu experimentar e repetir umas surpreendentes Iscas de vitela. Cortadas de forma muito fina, perdem toda a sua textura farinhenta, sendo depois temperadas com azeite, vinagre, alho e salsa.


Eis que chega um dos pratos icónicos do restaurante, a Sopa de Santola. Servida na própria carapaça, é um creme de marisco de sabores claros, simples e com uma cremosidade exemplar. Aliás, os elementos cremosos estiveram, ao longo de toda a refeição, sempre perfeitos na sua consistência, uma amostra da perfeição técnica da cozinha de Justa Nobre. Esta sopa aqueceu-nos a boca e o espírito. Agora consigo perceber o porquê da fama desta sopa, e apenas posso afirmar que é totalmente justificada.


O prato do mar, a Empada de Lavagante, continuou a revelar alguns pormenores de execução brilhantes. Massa bem cozinhada e estaladiça, recheio cremoso e com a proteína a revelar-se cozinhada na perfeição. Uma empada fantástica (a lembrar mais uma empanada) em toda a sua complexão. Acompanhou com legumes (courgette, cenoura, nabo, beterraba e couve-flor) simplesmente cozidos, parecendo depois terem sido borrifados com azeite. Visualmente, apresentavam um brilho que se traduziu também em sabores brilhantes. Nunca na minha vida comi legumes cozidos que fossem tão gulosos!


Até aqui tudo tinha deslumbrado e não foi diferente com o prato de carne, umas Bochechas de Porco Bísaro com Puré de Castanhas. Um puré uniforme, sem vestígio de granularidade e exímio tanto no sabor como na execução. As bochechas, cozinhadas até ao ponto em que as podemos comer com uma colher, estavam perfeitas também no nível de tempero. Um prato muito consistente e que é representativo das influências transmontanas na cozinha de Justa Nobre.


Já a rebentar pelas costuras e desejando apenas uma sobremesa pequena, chega-nos à mesa um Pijama! Ainda que em doses moderadas, as quatro sobremesas juntas ultrapassavam a nossa quota disponível, mas lá se fez o esforço e acabou por não sobrar nada. Tarte de Castanhas bem executada mas a desiludir um pouco no sabor, quando comparado com o puré de castanhas do prato anterior. Cheesecake muito amanteigado e a precisar de alguma acidez para contrabalançar o creme, mesmo considerando as raspas de laranja e lima presentes. Pudim Abade de Priscos e Sopa Dourada muito bons mas tendo um nível de açúcar (próprio destes doces) que o meu corpo tem dificuldade em ingerir em grandes quantidades. Apesar de boas, as sobremesas não estiveram ao mesmo nível dos restantes pratos.


Com o café uns caseiros Mini Pastéis de Nata. Mais uma vez, parece que nada falha na execução técnica dos pratos, com um recheio cremoso e saboroso a preencher um invólucro perfeitamente cozinhado e crocante.


A consistência apresentada em todos os pratos não é fácil de alcançar. O Nobre prima não só pela execução como pela qualidade dos produtos que confecciona, e assim se percebe o sucesso (justificado) que o restaurante tem ganho nos últimos anos. Pode não ser um restaurante barato, mas vale uma visita para podermos apreciar e testemunhar a qualidade da comida.

Zomato
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O Nobre / Spazio Buondi
Avenida Sacadura Cabral, 53B
Lisboa, Portugal
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Preço Médio: < 50 €

sexta-feira, 20 de março de 2015

Gaijin Sushi Bar - Take II - Almoço à Carta (Paço de Arcos)

Já falei no blog sobre o Gaijin Sushi Bar, em Paço de Arcos, mais concretamente na sua versão All You Can Eat. Desta vez, escrevo-vos para vos falar sobre a experiência que tive à carta, aproveitando um dos descontos 2 por 1 da revista Time Out Lisboa. Aquando a reserva foi-me imediatamente perguntado se tinha conhecimento que o 2 por 1 apenas se aplicava à refeição à carta, e não nos menus de almoço nem no All You Can Eat. Por acaso, já tinha ouvido algumas queixas pela internet, pois todo o artigo que "vende" o Gaijin Sushi Bar na secção de descontos da revista falava no All You Can Eat e só nas letras pequenas do talão em si mencionava que só era aplicável à carta. Um pormenor que não fica bem e que pode levar muita gente ao engano.
Ainda assim, queria experimentar o restaurante à carta para conseguir perceber a diferença entre a oferta à carta e no All You Can Eat. E foi aqui que fiquei um pouco desiludido com esta mais recente experiência no Gaijin, pois pareceu-me que a diferença entre as variedades à carta e as do menu All You Can Eat não compensam a diferença de preço. Para terem um exemplo, uma refeição All You Can Eat são 20€ sem bebidas e pagámos cerca de 16€/pessoa num almoço com desconto em 50% na comida. O que, como poderão ver a seguir, parece-me um pouco díspar quando a variedade da carta não é assim tão significativa.


Pedimos o Combinado de 40 Peças e um uramaki Salmon Skin, algo que tanto eu como a minha fantástica companheira na maioria destes devaneios (e que inicialmente nem apreciadora de sushi era), simplesmente adoramos e pedimos sempre que possível. Íamos também pedir os óptimos Gunkans que o Gaijin serve mas pedimos ao empregado que, caso já viessem no combinado, não valeria a pena trazer extras.
Claro que nos esquecemos de referir o mesmo quanto ao Salmon Skin, e claro que o empregado poderia ter tido também isso em conta quando fez o pedido, mas não. E lá ficámos nós com 12 peças (em 48) iguais. Apesar de não me importar nada de comer pele de salmão grelhada (e que bem grelhada estava) acho que poderia ter sido evitado com um pouco de melhor comunicação.
De resto, a consistência e qualidade que tanto aprecio no Gaijin. Do melhor arroz que já encontrei, peixe com uma frescura exemplar e a desfazer-se na boca e os sempre obrigatórios Gunkans, de comer e chorar por mais (se calhar devia mesmo ter pedido mais).


Para terminar este almoço, uma Mousse de Limão dona de um balanço entre doçura e acidez surpreendente, que nos estimula todas as papilas gustativas e promove uma produção excessiva de saliva.


Resumidamente, apesar de pecar pela variedade, para mim compensa largamente pela qualidade, especialmente na opção All You Can Eat. Nesta vertente à carta não fiquei tão surpreendido mas a qualidade manteve-se e isso é de louvar.

Gaijin Sushi Bar
Paço de Arcos, Portugal
Preço Médio: < 40 €

segunda-feira, 16 de março de 2015

La Vecchia Roma (Oeiras)

Não me apetecia cozinhar nada para o almoço. Verdade seja dita, eu como muito mas pouco cozinho! Não é que as coisas que faço saiam furadas mas a preguiça sobrepõe-se à vontade de comer e tento arranjar atalhos. E que atalho melhor do que ir buscar comida?
Foi assim que tive a minha primeira experiência com o La Vecchia Roma, e na altura fiquei bastante impressionado com a pizza que experimentei. Boa massa, fina e estaladiça e com uma boa combinação de ingredientes (Molho de Tomate, Mozzarella de Bufala, Cogumelos e Salame Italiano). A qualidade desta pizza, e alguns comentários positivos que já me tinham sido transmitidos, aguçaram-me ainda mais a curiosidade para visitar este restaurante.
A ementa é bastante diversificada, com um foco principal nas pizzas e nas massas frescas, todas compostas por conjugações interessantes de ingredientes que dificultam a decisão sobre que pratos escolher. Decidimos começar com um Pão de Aglio. Massa extremamente fina, com uma quantidade qb de manteiga de alho, a deixar as fatias saborosas mas sem um excesso de gordura. Para refrescar um pouco o palato, umas folhas de alecrim, mas numa quantidade suficiente para não se sobrepor ao resto.


Uma das coisas que me convenceu na pizza, que lá tinha ido buscar, foi a qualidade da massa e por isso decidimos experimentar outras das pizzas, recaindo a escolha na Pizza Calzone, com Molho de Tomate, Mozzarella, Chouriço, Salame Italiano, Fiambre e Azeitonas. Apesar da massa estar estaladiça e continuar a ser o ponto de foco do prato, a pizza parecia estar pouco recheada, tendo ainda o problema do (pouco) recheio estar mal distribuído. O molho de tomate não é brilhante e parece que lhe falta algum tempero, algo que lhe dê mais vida e mais sabor.


Se escolher a pizza não foi fácil, mais complicado ainda foi escolher as massas. Muito boas propostas, todas com um conjunto de elementos altamente apelativos. Após bastante tempo de deliberação apostámos no Gnocchi Al Formaggi. Nunca tendo provado gnocchi tinha alguma curiosidade quanto a este tipo de massa que se revelou com uma textura bastante leve mas a precisar de mais sabor, algo que acabou por ser um problema em todo o conjunto. A combinação de queijo, frango, cogumelos e bacon é sempre uma aposta segura mas faltava-lhe sabor, nem que fosse um pouco mais de sal.


Numa 2ª visita, foi a vez de experimentar uns Funghi Alla Milanese, a massa Girandole Ricotta & Fiambre e a Pizza Alla Diavola. Melhores as escolhas desta refeição, com sabores mais aprumados e menos inconsistências.

Funghi Alla Milanese
Girandole Ricotta & Fiambre
Pizza Alla Diavola
Apesar de algumas pequenas falhas, continuo a achar que este é um restaurante interessante se corrigirem estes problemas, tanto pela qualidade das pizzas como pela qualidade das massas frescas. À quarta-feira realizam um rodízio de pizzas por 10€ (sem bebidas), uma modalidade que pode ser interessante se a variedade de pizzas for grande, permitindo experimentar as várias opções que têm no menu. Ainda não tive oportunidade de experimentar este rodízio mas pode ser que essa oportunidade surja num futuro próximo.

La Vecchia Roma
Oeiras, Portugal
Preço Médio: < 20 €

quinta-feira, 12 de março de 2015

Cascas (Cascais)

Se a moda das hamburguerias parece não querer abrandar, o mesmo digo quanto à moda dos petiscos. Aberto em meados de 2012, acabei por já visitar este restaurante por duas vezes e nunca de lá saí desiludido. Mesmo com alguns pratos mais fracos, saio do restaurante de barriga bem cheia e satisfeito.
Tendo visitado o Cascas mais do que uma vez, tive oportunidade de provar uma boa parte da ementa e deixo-vos aqui com pequenos comentários aos pratos experimentados. 


Boa Morcela de Arroz com Ananás, uma combinação clássica e que funciona sempre, desde que os ingredientes sejam bons, como era o caso.


Bons Pimentos de Padrón, com bastante sal e bem salteados. Pena o rácio de picantes ser bastante baixo.


Um interessante e bem frito trio de Croquetes (Farinheira, Queijo Brie e Presunto).


Na segunda visita pedi apenas os Croquetes de Presunto, que tinham sido aqueles que mais me tinham impressionado.


Muito bons os Cogumelos Recheados com Presunto. Saborosos, bem recheados e com uma boa quantidade de queijo por cima.


Uma dose de quantidade e qualidade acima da média de Pica-Pau, bem servida de pickles. Boa carne e molho simpático.



Muito boas as Batatas Fritas nas suas versões Bravas e Ali Oli, mais pela qualidade do molho do que pela das batatas em si mas ainda assim bom,


Não tão bom, chegando até a ser muito fraco, as Batatas Fritas com Parmesão e Redução de Balsâmico. As batatas pouco fritas, numa combinação que poderia funcionar se bem concretizado mas o queijo apresentava-se sem muito sabor e bastante borrachoso. 


Simpáticas as Costelinhas de Porco, sendo já mais semelhante a um prato principal.


Numa altura em que não faltam hambúrgueres por todo o lado, os Mini Hambúrgueres são apenas bons, sendo o melhor o de farinheira. O de queijo Brie e o normal estão bem temperados mas não são surpreendentes.


Acima da média estavam os Peixinhos da Horta, um petisco que peço sempre que possível e que é um dos meus petiscos favoritos. Bem fritos e estaladiços.


Também as Puntillitas estavam muito boas. Pequeninas, bastante crocantes e com uma boa maionese a acompanhar. 


Muito bom é o Prego em Bolo do Caco com que rematei a primeira refeição no Cascas. Bom bolo do caco, óptima carne e simplesmente acompanhado com uma fantástica cebola caramelizada e mostarda de grãos.


Já o Prego Estoril, com secretos de porco preto, grelos e ovo estrelado. O porco estava pouco cozinhado, tendo ainda bocados de gordura não totalmente incorporada. Uma ideia que parece boa mas que falha na concretização.


No campo das sobremesas, um CheeseCake à Cascas algo enjoativo, e com o doce de tomate a não conseguir cortar o sabor excessivo e forte do queijo.


Já a Panna Cotta estava ao nível do restante restaurante. Boa confecção e boa calda de laranja a dar um bom balanço ao prato.


Para regar todos estes petiscos, peça a óptima Sangria de Espumante de Frutos Silvestres
Das muitas opções para petiscar, esta é uma das minhas favoritas. Boa localização, boa comida e a preços justos. Ideal para um fim de tarde solarengo.

Cascas
Cascais, Portugal
Preço Médio: < 20 €

segunda-feira, 9 de março de 2015

Furnas do Guincho (Guincho)

Existem poucos sítios com um rácio tão grande de "restaurantes com uma vista espectacular"/quilómetro como a estrada do Guincho. De 500 em 500 metros (ou menos) damos com um restaurante com uma vista fantástica para o Atlântico. Então, porquê este Furnas do Guincho? Porque a Zomato foi, como sempre, extremamente simpática em me oferecer um convite para eu ter a oportunidade de o experimentar.
Apesar da vista do restaurante ser fantástica, fui lá jantar numa noite pré-natalícia menos luminosa, não a podendo apreciar a 100%. Ainda assim, um restaurante com um bom ambiente e serviço cuidado, altamente recomendado para uma refeição mais intimista.
Começámos a refeição com um óptimo prato de Presunto Pata Negra. Simples e muito bom. Pessoalmente gosto do meu presunto com um pouco mais de gordura nas fatias, mas não sei se a falta da mesma se terá dado pelo corte executado ou pelo presunto em si.


Um dos pratos favoritos da minha cara-metade são Amêijoas à Bulhão Pato. O fanatismo é tal que ela chega a afirmar ser capaz de comer este prato para o resto da sua vida. Os espécimenes degustados apresentavam-se saborosos e de bom tamanho, mas faltava-lhes mais acidez. Sim, podíamos (e devíamos) ter pedido limão mas estávamos com alguma fome e decidimos atacar na mesma os nossos pratos. Um pequeno conselho... não se coíbam de comer os "bichos" à mão por estarem num restaurante mais refinado. Se nos trazem toalhetes húmidos é porque, à partida, pressupõem que o iremos fazer. E são muito melhores quando comidos à mão, não é?


Mesmo sabendo que o Peixe ao Sal é uma das especialidades deste restaurante, e que a qualidade do peixe nos restaurantes desta zona é excepcional, por vezes há dias em que nos apetece algo com um pouco mais de substância e acabámos por optar por uma Cataplana de Polvo com Batata-Doce. Polvo macio, numa boa e típica conjugação de sabores, com os pimentos a darem o ar de sua graça sem dominarem todo o nosso palato. Se a batata fosse mais doce, teria dado um maior contraste ao prato e teria ficado ainda melhor. Se todos os pratos com pimentos fossem assim, não teria uma aversão tão grande aos mesmos.


Por incrível que pareça, o melhor prato da noite não veio do mar. Num restaurante claramente virado para o mar (pun intended), comemos um dos melhores e mais gulosos bifes dos últimos tempos. O Tornedó à Chefe é um saboroso e macio naco de carne, imerso num molho de natas e cogumelos que pede que nele mergulhemos as batatas fritas que vêm a acompanhar.


Aspecto menos positivo de toda a refeição foi a sobremesa. Um Crocante de Ananás que pouco tinha de crocante. Tudo bastante ensopado, sem contraste de texturas e um pouco doce demais. Não estraga muito a imagem geral com que saí do restaurante mas tenho perfeita noção de que um restaurante com esta gama de preços deveria produzir sobremesas melhores.


Numa estrada recheada de bons restaurantes, muitos com o mesmo tipo de menu, é complicado escolher. Não sei se este será superior ou não aos restantes, pois ainda não tive oportunidade de experimentar todos, mas garanto-vos que não sairão desiludidos pela qualidade da comida.

Furnas do Guincho
Guincho, Portugal
Preço Médio: < 40 €

quinta-feira, 5 de março de 2015

Restaurante Caçoila (Oeiras)

Quando vou algumas vezes a um restaurante, tenho a mania de tentar provar toda a ementa, ou pelo menos todos os pratos que parecem propostas atractivas. E, como é lógico, isto não poderia correr sempre bem! E se é mau quando não sabemos o que é o prato, pior é quando criamos uma ideia mental do prato e ela vem completamente errada!
Bem, primeiro irei tentar explicar-vos a imagem que tinha criado das Migas de Pato. Imaginem umas migas à alentejana com o pão frito a criar uma crosta que no interior irá revelar umas lascas de uma perna de pato previamente confitada... talvez até na sua própria gordura para tornar tudo ainda mais saboroso! Já imaginaram? Parece-vos bem?
Bem, voltando à realidade o prato que me chegou nada tinha a haver com aquilo que vos descrevi! Por baixo de umas tiras de couve e uns cubos de batata, uma pasta alaranjada que, se na primeira garfada até parece agradável, rapidamente se torna demasiado enjoativo devido à unidimensionalidade de sabor! Claramente uma má escolha, num restaurante com várias propostas bastante boas.


Apesar de este ter sido um prato que não me convenceu, muitos pratos há que estão mais que aprovados, como é o caso dos Peixinhos da Horta, o Bife de Javali ou a Alheira de Caça com Migas.




Para sobremesa é impossível fugir às obrigatórias e fantásticas Farófias! Não me vou alongar muito sobre as mesmas, e para saberem a minha opinião basta consultarem o post que fiz sobre as mesmas!


Um restaurante com alguns altos e baixos, mas que considero ser uma aposta segura para qualquer ocasião. Peçam o que vos parecer melhor, sejam petiscos ou pratos, que a probabilidade de saírem da Caçoila satisfeitos é grande.

Zomato
A Caçoila
Oeiras, Portugal
Facebook
Preço Médio: < 20 €