terça-feira, 31 de julho de 2018

SUD Lisboa (Belém)

Fez recentemente 1 ano que o SUD Lisboa abriu as suas portas com um conceito completamente inovador. Rapidamente se tornou um dos sítios "da moda" da cidade de Lisboa, mas a verdade é que nunca me tinha suscitado curiosidade para lá ir fazer uma refeição. Aliás, sempre tinha olhado para o SUD mais como uma opção para ir beber um copo (tem carta de cocktails bastante apelativa) antes de jantar, ou depois (como fiz depois da minha visita ao JNcQUOI - aqui), do que lá fazer uma refeição. Os preços praticados e o facto de ter tido feedback menos positivo também não ajudavam, por muito que o espaço e localização sejam algo únicos.


Até que surgiu um convite para lá ir experimentar alguns pratos da nova carta (que está ainda no activo, podendo experimentar a maior parte destes pratos, mesmo que a visita tenha ocorrido há uns meses) e, para mim, tirar as teimas quanto ao que o SUD Lisboa vale na cena gastronómica lisboeta. Será mais um restaurante sobrevalorizado, ou conseguirá conquistar fãs lisboetas o suficientes para o tornar relevante?
O primeiro impacto que temos é o espaço. Muito bom, com um ar sofisticado, seja no piso de baixo ou no de cima (que tem uma ementa diferente), mas sem ser demasiado impessoal ou capaz de deixar desconfortável alguém de t-shirt e calções de ganga. Mais complicado é avaliar o serviço, visto que tendo sido convidado para lá ir, tenho perfeita noção de que houve outro cuidado neste aspecto. Ainda assim, interagi com o chef de sala e todas as perguntas que fiz, fosse sobre prato, produto ou outros eram respondidas com prontidão e conhecimento.
Iniciámos assim a refeição com La Tartare di Tonno, um refrescante e surpreendente tártaro de atum com morango (aos pedaços e numa espécie de gaspacho). Se a combinação em si é irreverente, mas mostrando no palato que acaba por fazer sentido e conjugar na perfeição, adorei o uso da salicórnia e aquilo que trouxe ao prato.


A Burrata di Andria é uma das entradas com mais saída do restaurante, e uma perdição para os amantes deste tipo de queijo. A sua generosa dimensão (300gr) torna-o uma entrada perfeita para partilhar e a salada de tomate, que lhe serve de cama, torna-o extremamente refrescante. O que faltava para ser uma Salada Caprese seria uma componente verde, normalmente à base de manjericão, mas aqui o twist SUD colocou um pesto de rúcula no fundo do prato.


O SUD Lisboa apresenta uma ementa claramente italiana, ainda que não se restrinja (felizmente) a massas e pizzas. A última entrada experimentada foi um clássico italiana, o Fritto Misto, aqui apelidado Fritturina Mista di Pesce. Excelente fritura nos pedaços de camarão, lulas e bacalhau, não deixando as proteínas excessivamente cozinhadas e ainda bem ajudadas por uma boa maionese de iogurte e alho.


A maior parte do mundo pensa que a cozinha italiana se resume a Pizzas, Massas e pouco mais. Existe alguma falta de conhecimento neste aspecto mas o SUD preocupa-se em mostrar alguns pratos menos conhecidos do grande público, como é o caso deste Spigola i Caponatina, um filete de robalo corado servido com beringela (daí a caponata, tradicionalmente um refogado de beringela, tomate e cebola) e um puré de feijão branco. Peixe no ponto correcto, puré cremoso, sem qualquer grumo e bastante saboroso, ajudada pela caponata que traz alguma acidez ao prato e ajuda a que o palato não se canse.


O Risotto al Funghi vem numa textura perfeita, com um ponto de cozedura do arroz do mesmo nível mas pareceu-me faltar-lhe um pouco mais de sabor, não sei se no caldo usado se na finalização do prato e quantidade de parmesão utilizada (sou um fã de muito parmesão!). De destacar, ainda assim, a variedade de cogumelos no prato, com Porcini, Pleurotus Eryngii (ou Cogumelos do Cardo), Canterelles e ainda um pouco de trufa para dar o ar de sua graça.


Mas, para mim, o melhor prato da noite foi o Tagliati di Costata Senza Osso (um prato que já não se encontra na ementa, apesar de haver um muito parecido, a Tagliata di Contrafiletto), que é como quem diz um Ribeye Black Angus maturado durante 60 dias. Carne de uma qualidade exímia, perfeitamente cozinhada, apenas a sofrer um pouco no que ao empratamento diz respeito. Pareciam querer esconder a estrela do prato debaixo de uma montanha de vegetais. Não que estivessem maus, pelo contrário, mas este era aquele tipo de pratos em que facilmente dispensava acompanhamento.


No campo das sobremesas, o Le Strudel del SUD (outro prato que entretanto parece já não estar na carta) é uma sobremesa segura mas que não surpreende. Tudo com uma execução correcta e os sabores expectáveis de um bom strudel... mas só isso.


Também o SUD Tiramisù não surpreendeu. Um bom exemplar, bastante sabor a mascarpone, cremoso, com as camadas típicas e até com umas bolachas ao lado para dar um pouco mais de textura mas a ficar atrás do maravilhoso tiramisù do Pátio Antico (aqui).


A melhor sobremesa da noite foi a Panna Cotta com os seus sabores tropicais a renovarem-se a cada colherada, graças à utilização de diferentes frutos. Também texturalmente a sobremesa estava fantástica, com a panna cotta a desfazer-se na boca, a misturar-se perfeitamente com a textura das diferentes frutas e ainda com a crocante manga desidratada.


É fácil gostar-se do SUD Lisboa. O ambiente, a decoração, a localização... simplesmente fantásticos. Felizmente a comida acompanha e revelou-se uma boa surpresa. Os preços são certamente elevados, mas dado todo o contexto do local e qualidade da comida, não estão completamente desajustados. Até porque conseguimos fazer uma refeição por menos de 30€, se optarmos pelas pizzas, por exemplo.

SUD Lisboa
Belém, Portugal
SUD Lisboa Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Preço Médio: < 50 €
Data da Visita: 15 de Março 2018

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Germano (Marvila)

Nós, portugueses, somos um povo que gosta de se reunir à volta da mesa. Passamos horas à volta de uma mesa bem recheada, entre conversas, gargalhadas e histórias. Estamos até, muitas vezes, a comer e a falar de refeições passadas ou futuras! É por este tipo de coisa que eu considero a comida um dos maiores factores que mais une pessoas, seja em que parte do mundo for.
É por isso que vejo com alguma estranheza atitudes de desconfiança para pessoas que se sentem nas mesas ou nosso lado. E digo isto, seja que tipo de restaurante for, ainda que perceba que a probabilidade de ocorrência possa ser inversamente proporcional ao preço final da refeição.
Porquê este discurso todo? Porque acho que a comida tem mais piada quando partilhamos essa experiência com alguém, conhecido ou desconhecido. E porque me aconteceu algo deste género no Germano, um pequeno restaurante no Braço de Prata, que originou uma noite altamente improvável mas bastante memorável.
Ao chegarmos ao restaurante acabamos por nos assustar um pouco com a quantidade de pessoas que está cá fora à espera. Não existem turistas aqui, são mesmo pessoas que moram naquele bairro ou lisboetas que ali de propósito se deslocam, para experimentar os petiscos da Dona Graça.
Lá nos sentamos, damos uma olhadela rápida pela ementa e pedimos o que nos parece melhor, numa ementa simples, curta e concisa. Estamos no registo dos petiscos, tudo parece tradicional, portanto é deixar-nos levar pelos apetites e vontades da hora. Estamos nas mãos da D. Graça, estamos em boas mãos.
As Amêijoas à Bulhão Pato são as primeiras a chegar à mesa e rapidamente nos apercebemos do erro que foi não pedir logo um cesto de pão torrado. Boas amêijoas com um molho apurado e a pedir para a travessa ser limpa até à última gota. Óptima mão no tempero, algo que se revela uma constante nos diversos pratos experimentados.


As Caracoletas Assadas são algo surpreendentes pois fogem ao registo a que estou habituado. Não há cá molho de manteiga, mostarda ou picante! São assadas com um intenso molho de alho e limão, levando-nos mais uma vez a puxar do pão torrado e absorver o máximo possível do que se encontra na travessa. E é aqui que voltamos ao início deste texto. Chegam as caracoletas e as duas pessoas da mesa ao lado comentam-nas, ao que prontamente nos oferecemos para que provem da nossa travessa. Conversa puxa conversa, não só acabamos a provar os caracóis e os bifes que tinham pedido, como às tantas percebemos que não eramos assim tão desconhecidos. 


No meio de toda esta conversa, chega ainda o Pica-Pau de Vaca e as Batatas Fritas à mesa mas fogem do registo fotográfico. Pica-Pau a manter a consistência ao nível da molhanga dos 2 pratos anteriores mas achei que a carne em si poderia ter um pouco mais de sal. Já as batatas fritas caseiras serviram o propósito de acompanhar a carne mas poderias estar mais fritas.
Não estava com vontade de sobremesa, mas chegou à mesa (que agora já se tinha tornado numa mesa de 4 em vez de duas de 2) uma Mousse de Chocolate, que me disseram estar boa, e um Cheesecake de Morango, considerado fraco.
Gosto de restaurantes assim. Restaurantes honestos, comida simples, a preços justos. Tascas, na verdadeira aceitação da palavra e não nas suas reinterpretações modernas, onde o serviço é sempre familiar, a casa está cheia de clientes habituais e onde saímos a querer fazer parte desse selecto grupo de regulares.

Germano
Lisboa, Portugal
Cervejaria Germano Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
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Preço Médio: < 20 €
Data da Visita: 28 de Julho 2018

domingo, 29 de julho de 2018

Cantinho do Avillez (Parque das Nações)

José Avillez dispensa qualquer tipo de apresentações. Ele é, sem dúvida, o chef mais mediático em Portugal, Rei do Chiado e Arredores, faltando-lhe apenas partir para d'Aquém e d'Além Mar, detentor de um Império invejável mas, tal como D. Afonso Henriques e respectiva descendência, isso não era suficiente e está agora a conquistar o resto do país, um restaurante de cada vez!
Bem, deixemo-nos de história porque essa é sobejamente conhecida e foquemo-nos no presente! Abriu há cerca de dois meses o terceiro Cantinho do Avillez, no Parque das Nações, numa rua que se está a revitalizar e apresenta já várias propostas muito interessantes como o Cantinho ou o Old House.



Este será já o quarto restaurante do Império que visito (quase que poderiam considerar fazer uma espécie de passaporte e ia-se levando carimbos dos vários locais), depois do Mini Bar (aqui), Belcanto (aqui) e Pitaria (a falar num futuro "próximo). Claro que José Avillez não pode estar em todo o lado ao mesmo tempo e confiou a chefia deste seu novo Cantinho ao chef João Novo, que já está no grupo Avillez há 5 anos, com passagens pelo Take-Away de Cascais (já fechado), Cantinho do Chiado e Belcanto, mais recentemente. E ficou bastante bem entregue, diga-se de passagem!
Iniciámos com um Gaspacho de Cerejas do Fundão com Presunto, Ovo Cozido e Croutons, um prato fresco e muito bom para o tempo quente que tarda em vir. Era desejável um sabor mais intenso a cereja, para que se tornasse mais diferenciador e pudesse andar mais a par com o salgado do presunto e a acidez natural de gaspacho. Se não me tivessem dito, não saberia que havia cerejas no gaspacho.



O Tártaro de Atum com Sabores Asiáticos é fantástico. Nota-se a qualidade do produto, muito pelo corte que deixa perceber a textura do mesmo, com o tempero picante a tentar desequilibrar o prato, mas a maionese de miso acaba por ajudar a conjugar tudo, dando-nos, ainda assim, pequenas pontadas de intensidade. Para adicionar mais uma camada de textura, é engraçado a utilização de pequenas esferas de arroz tufado (masago arare).



A carta está bastante bem construída. Podemos fazer uma refeição a puxar mais para sabores fortes ou mais para sabores delicados, bem como para pratos mais frescos ou pratos mais quentes! Todo este lero lero para dizer que gostei da frescura e delicadeza do Ceviche de Vieiras, Batata-Doce e Abacate, percebendo a opção por cortar naquela acidez típica do leche de tigre de forma a não ofuscar a vieira. Foge um pouco aos típicos ceviches que estamos habituados mas, ainda assim, mesmo não puxando pela acidez, com o risco de cozinhar a vieira e tirar-lhe protagonismo, puxaria um pouco mais pelo chili.



Por falar em expectativas, os Tacos Al Pastor foram a primeira grande surpresa da noite! Um prato que, muito provavelmente, não iria pedir mas que me deixou a salivar e a pedir por mais. Passei de "não pediria" para "fazia disto o jantar" facilmente. Sabores pujantes mas equilibrados, que nos despertam todo o interior da boca e nos fazem abrir os olhos tentando perceber de onde saiu tudo aquilo. É salgado, é doce, é ácido, é picante e, quando nos apercebemos, já a nossa boca regozija com tanto sabor.



Terminámos as entradas com o Queijo de Nisa no Forno, uma luta de sabores fortes entre o queijo, o presunto e o mel de rosmaninho, com o óleo de trufa a querer também intrometer-se, desnecessariamente na minha opinião. Considero a utilização do óleo de trufa muito perigosa pela facilidade com que ofusca os restantes ingredientes do prato. Felizmente não aconteceu aqui mas apenas pelo facto de estar a lidar com ingredientes igualmente fortes. O queijo untuoso em conjunto com o presunto torna-se uma combinação verdadeira pecaminosa!



E passamos para os pratos principas e aquele que foi o melhor da noite, a divinal Moqueca de Corvina e Camarão! Duas estrelas no prato, cada uma a fazer brilhar mais a outra. Corvina num ponto perfeito, a tornar-se viciante pelo guloso que estava o caldo. De tal forma que, depois de tratar dos componentes sólidos do prato, pedi uma colher para poder terminar o prato como se de uma sopa se tratasse. Aliás, facilmente me imaginava a comer um prato que consistisse apenas de arroz embebido no caldo. Por preferência pessoal, acrescentava-lhe um pouco de picante mas admito que não precisou de uma gota sequer para ser um prato soberbo.



Apesar de estar num Cantinho do Avillez, e sabendo os padrões elevados que por cá se praticam, não estava à espera de gostar tanto do Risotto de Cogumelos Portobello! Já estava algo cheio, mas é um prato que adoro e acabei por limpar cada bago existente. Boa dose de parmesão, excelente caldo de cogumelos e algum manjericão para nos ir refrescando o palato. O óleo de trufa voltou a fazer uma das suas aparições, mas principalmente ao nível aromático, pois raramente se notou enquanto se comia o prato. Usado desta forma doseada, onde acrescenta ocasionalmente alguns laivos de sua graça, já me faz algum sentido.



Muito bom a Vitela de Comer à Colher com Molho de Caril, com uma conjugação de sabores surpreendente e muito menos pesado do que estava à espera. A bochecha de vitela, a desfazer-se ao toque, combinava na perfeição com o sedoso caril. Para ir cortando a riqueza do prato, cebola roxa e maçã conferiam alguma leveza e necessária frescura. Não utilizei colher no final por dois simples motivos: estava prestes a rebolar para fora da mesa e não sobrou tanto molho pois fazia questão de envolver bem cada pedaço de bochecha ou legume! Mais uma vez a questão do picante que lhe adicionaria, e que podia bem ter pedido, mas são apenas gostos pessoais.



No capítulo dos doces, uma das mais icónicas sobremesas de José Avillez, o Avelã3. E porquê a notação matemática? Porque é uma sobremesa de avelã em três diferentes texturas: gelado, mousse e ralada. Parece demasiado? Não é! Não se torna demasiado doce e ainda tem flor de sal no topo para intensificar algumas das colheradas que sofregamente damos no vaso. Ok, seria sofregamente se não estivesse tão cheio mas dêem-me esta sobremesa depois de uma refeição mais levezinha e vão ver o que acontece!



Para ajudar a empurrar o resto do licoroso Carcavelos Villa Oeiras, um refrescante Sorvete de Limão e Manjericão com Vodka. Não é algo surpreendente, ainda que a adição do manjericão seja uma combinação natural e não desaponte! De ressalvar que todos os gelados servidos no restaurante são Artisani.



O Cantinho do Avillez é daqueles restaurantes que divide opiniões, todas elas válidas. O preço pode parecer elevado, principalmente quando existe um prato na carta a custar quase 40€, mas a verdade é que, por exemplo, o melhor que comi nesta refeição (a Moqueca) custa 14€, o que acho mais do que justo para os sabores experimentados face também à consistência apresentada.
Eu disse no post anterior que não me iria alongar mas parece que é inevitável!

Cantinho do Avillez - Parque das Nações
Lisboa, Portugal
Cantinho do Avillez Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Preço Médio: < 40 €
Data da Visita: 23 de Julho 2018

quarta-feira, 25 de julho de 2018

Stuppendo Sushi Bar / Momentum Sushi Bar (Paço de Arcos)

O primeiro contacto que tive com o Momentum Sushi (que entretanto virou Stuppendo Sushi Bar) não foi o melhor (aqui). A vontade de conhecer este outro espaço do grupo (na Quinta da Fonte) nem era muita, mas alguns comentários que fui recebendo convenceram-me a dar uma oportunidade. E ainda bem que o fiz.
Senti que a qualidade entre os espaços é abismal. Talvez a medíocre experiência, com sabor a centro comercial, tenha baixado de tal forma as expectativas que a surpresa tenha sido maior. O espaço também é algo descaracterizado e manteve-se maioritariamente vazio durante toda a noite, num jantar a meio da semana, mas acredito que seja mais pela localização do restaurante (dentro de um pólo empresarial) e não pela qualidade do que é servido.
Um ponto que me deixou meio dividido foi o serviço. Extremamente informado, explicando cada prato do extenso Menu de Degustação do Chef Especial com bastante detalhe (tanto que não consegui decorar tudo!) mas com uma simpática arrogância que se foi suavizando ao longo da noite acabando por deixar uma boa impressão mas marcando uma forte primeira posição que pode não ser a mais confortável para todos.
O menu de degustação especial é uma enxurrada de comida tal que apenas não sobrou nada porque estavam duas pessoas de apetite saudável à mesa (vá, uma era um bocado alarve... não vou dizer quem!). Claro que este banquete também se paga (e bem), por isso, caso não tenham apetite para devorar 7 entradas, 1 combinado de sushi de mais de 40 peças e 4 gunkans especiais, existe uma opção mais comedida.
Para não me alongar em demasia (vou tentar com que estes devaneios sejam cada vez mais concisos e objectivos) é de referir que o ponto alto da refeição não foi o sushi, mas sim as várias entradas que o precederam, onde quase todos os pratos superaram as expectativas. Apenas o Tataki de Atum com Cogumelos Shiitake e Cebola Frita deixou um pouco a desejar pela temperatura (fria) a que foi servido.

Tempura
Tataki de Atum, Cogumelos Shiitake, Cebola Frita
Camarão e Rúcula
Usuzukuri
Soft Shell Crab Uramaki
Gunkan Salmão, Vieira, Ikura
Tártaro de Salmão
A expectativa para o combinado era grande mas, apesar da variedade e qualidade aceitável do peixe servido, deixou um pouco a desejar. É sushi de fusão, e não naquele excesso de molho que muitas vezes encontramos mas acabou por ser pouco surpreendente.


Como "sobremesa", chegaram ainda os gunkans que são imagem de marca da casa (e que já tinha experimentado no Taguspark). Boa concretização mas peças demasiado pesadas para o fim de uma refeição tão longa. Sim, é suposto uma refeição de sushi começar nos sabores mais leves e terminar nos mais fortes mas a sensação de ter o estômago a rebentar acaba por prejudicar a experiência.

Gunkan de Picanha
Gunkan de Salmão e Pistáchio
Uma experiência diferente e que surpreende pelos seus primeiros momentos, ficando aquém no momento que deveria ser a apoteose da refeição. Ainda assim, a opinião final é positiva quanto à qualidade da comida, ainda que os preços pareçam um pouco desenquadrados para o contexto.

P.S: Desculpem a longa ausência, mas andava com pouca disponibilidade para escrever. Tentarei que haja uma maior regularidade nos próximos tempos, mas não prometo nada!
Entretanto podem seguir-me no Instagram (aqui) onde vou deixando pequenos resumos rápidos das refeições que vou fazendo!

Momentum Sushi Bar
Edifício Holmes Place - Quinta da Fonte
Paço de Arcos, Portugal
Momentum Sushi Bar by Chef Gerardo Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
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TheFork
Preço Médio: < 40 €
Data da Visita: 14 de Março 2018