terça-feira, 24 de novembro de 2015

Sol da Barra Terrace (Paço de Arcos)

O Verão já acabou e o bom tempo já teve melhores dias mas enquanto há caracol nas montras é de se aproveitar! Num fim de tarde ameno escolheu-se o Sol da Barra Terrace, uma expansão do Sol da Barra original na vila de Oeiras, para uma caracolada a tentar fazer render os últimos raios de sol. Como o nome diz, este restaurante tem um terraço bastante simpático e, ainda que numa zona bastante ventosa, abrigado.
Chegámos cedo, pouco passava das 18h, e deparámo-nos com um restaurante fechado e ainda no descanso entre o serviço de almoço e jantar. Sendo um espaço que, para além de refeições, serve também petiscos, pouco sentido me faz que só abram às 18h30. O serviço foi prestável e o empregado presente sentou-nos e começou a avançar o pedido, pois os Caracóis não são cozinhados no momento, mas sim trazidos em tacho desde o espaço original. As doses são generosas, e a um preço bastante justo no rácio qualidade / quantidade. Os moluscos gastrópodes poderiam apenas levar um pouco mais de sal, mas nada de grave, apenas mesmo um ponto de gosto pessoal.


Provou-se ainda uma excelente Entremeada Coentrada. Esta já demorou um pouco mais, pois o cozinheiro só chegou perto das 19h. A entremeada vinha partida em pequenas tiras e temperada com azeite, alho e coentros. Se o tempero era bom, melhor era a forma como a carne estava grelhada, no ponto perfeito que torna o courato estaladiço mas mantém a carne macia e suculenta.


Fica por fazer uma refeição mais séria neste espaço mas até lá entra nos sítios simples para quando apetece só picar qualquer coisa, acompanhada de imperiais bem tiradas, principalmente em dias mais solarengos.

Sol da Barra Terrace
Paço de Arcos, Portugal
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terça-feira, 27 de outubro de 2015

Páteo do Petisco (Mercado da Vila - Cascais)

Não tenho absolutamente nada contra a renovação de mercados que se tem visto. Acho que são oportunidades para renovar e dar vida a alguns locais que já pouca tinham. Os conceitos vão variando, havendo mais ou menos envolvência com a secção de mercado propriamente dita, mas há um facto inegável. Estas renovações voltaram a colocar os mercados no mapa! O Mercado de Cascais é um exemplo fácil deste sucesso apesar da área comum normal neste tipo de conceito ser bastante reduzida e parecer não abranger todos os restaurantes do Mercado, havendo alguns com espaço próprio, como é o caso do Páteo do Petisco.
Já conhecendo a casa mãe, na zona da Torre, e mesmo havendo algumas propostas originais no Mercado, o apetite por petiscar falou mais alto e lá se arranjou uma mesinha para um almoço rápido a 2. Todo o espaço é simpático e parece puxar a alma original, tal como o amistoso serviço.
Depois de termos feito o pedido, chegaram (não solicitadamente mas não me vou alargar sobre este tema pois daria texto para um artigo inteiro) uns Croquetes de Alheira. Não os tínhamos pedido, mas assim que o nosso olhar entrou em contacto com aquelas pequenas bolas fritas não hesitámos! Foi de tal maneira rápido que nem me lembrei de tirar foto. Nem foram os melhores que já comi mas é criminoso colocarem-nos algo assim à frente quando estamos com fome. Se podia ter recusado? Podia, mas não era a mesma coisa...
O Pica-Pau é saboroso, com um molho apurado e a puxar o pão para molhar. Uma quantidade generosa de pickles dava a acidez suficiente a um prato que só pecava na consistência algo dura da carne.


Também para a mesa vieram uns Peixinhos da Horta que aparentavam ser oriundos da terra de Brobdingnag. Provavelmente devido ao seu tamanho, a fritura parecia algo desleixada e apenas um dos exemplares se apresentava realmente estaladiço, estando os restantes moles e sem grande piada. A polme era saborosa mas é um prato que se torna uma desilusão quando não existe um contraste de texturas. De salientar, pela positiva, o uso de sal grosso para temperar os peixinhos.


As Lascas também apresentavam problemas ao nível da fritura, devido ao corte inconsistente. A diferença de grossuras fez com que algumas estivessem estaladiças e outras nem por isso. A juntar a isto, notava-se também um pouco de óleo em excesso.


Este problema da fritura repetiu-se ainda no último prato, o Choco Frito. Apesar da proeza de ter um choco macio, algo que nem todos os restaurantes conseguem, a frustração de não conseguir um exterior crocante é quase insuperável.


É impossível não fazer a comparação com o restaurante original. A ementa é semelhante e acredito que os processos de confecção sejam iguais, mas aqui a comida vem para a mesa com uma qualidade inferior à esperada, principalmente por quem já visitou o espaço da Torre. 

Cascais, Portugal
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Preço Médio: < 20 €

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Curtas #4: O sushi de fusão do Tamagoshi!

Se me acompanham sabem que gosto bastante de sushi! Não sou esquisito e abordo o tradicional com a mesma gula com que abordo o de fusão. Interessa-me a qualidade do arroz, a frescura dos ingredientes, a variedade existente e, caso esteja a comer fusão, a originalidade do que é apresentado.
Há um restaurante onde é possível ter tudo isto e mais um pouco. O Tamagoshi Food Fusion é o sítio ideal para quem procura originalidade, diversidade e qualidade! Só há duas pessoas a confeccionar o sushi, por isso é natural que seja tudo um pouco demorado (principalmente quando pedimos combinados grandes) pois tudo é feito no momento. Vale a pena a espera acreditem.
O Couvert é simples mas faz sentido no conceito do restaurante. Um competente sunomono e uma folha de endívia com pasta à base de salmão. 



Muito bom o Carpaccio Moriawase com o omnipresente salmão, um excelente atum e o peixe branco disponível que se revelou na forma de bacalhau fresco. Uma das coisas que adoro no Tamagoshi é esta capacidade de me darem a provar peixes que nem sempre são comuns encontrar.



Boa fritura no Hot Maguro Maki e uma excelente pasta por cima. Deveria ter mais sweet chilli sauce pois acabou por passar despercebido esta componente.



Nas visitas anteriores nunca tinha provado o Gunkan Egg mas agora será sempre uma peça obrigatória. A riqueza que a gema confere ao conjunto é fantástico.



O chef Péricles já me conhece e decidiu brindar-nos com algumas das novas criações dele que ainda não se encontram presentes na carta. 
Um Gunkan de salmão e camarão que apesar de bom não me deslumbrou devido ao meu fraco entusiasmo para com estes decápodes.



Surpreendente a combinação entre o salmão, ginger wakame (a alga wakame infundida com gengibre), pasta de lavagante e tobiko. Que este Gunkan entre na ementa e não saia mais.



O combinado Omakassê Itamae San é a prova final, se ainda não estavam convencidos até aqui, que o Tamagoshi não apregoa só o sushi de fusão, como o concretiza de forma exemplar.
Nesse dia, 5 variedades de sashimi (Salmão, Pampo, Bacalhau Fresco, Maguro e Toro) deliciaram o meu lado tradicionalista. É complicado descrever os restantes rolos e gunkans, pois a variedade presente é vasta, mas a qualidade do sushi continua a ser fantástico. 



Terminámos a refeição com uma Tarte de Toblerone, bastante cremosa mas um pouco doce demais para mim. Ideal para partilhar mas penso que não conseguiria comer uma fatia sozinho.



Saio mais uma vez maravilhado do Tamagoshi. Apesar de ser a minha 4ª ou 5ª visita, saio com novas combinações e novos sabores descobertos e até com novas variedades de peixe experimentadas. Saio com a certeza que voltarei.
(Sei que não foi bem uma "curta" mas foi muita coisa experimentada... tentei ser breve mas não é fácil!)

Parede, Portugal
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Preço Médio: < 40 €

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Be Chill (Parede)

Já tinha ouvido falar do Be Chill há uns tempos, aquando a sua abertura, mas nunca me suscitou um interesse por aí além. A repetição de conceitos demasiado parecidos e sem grandes aspectos inovadores torna-se cada vez menos apelativo e acabo por só considerar algum restaurante (inserido neste contexto) ao fim de ler algumas críticas positivas. Antes de tomar uma decisão quanto à minha curiosidade, a Zomato fez a gentileza de me oferecer um convite para uma refeição a 2 e assim pude tirar as teimas. 
Não é fácil encontrar o restaurante. Quem passa na rua não tem qualquer tipo de sinalética e mal se imagina que tenha que se dar a volta ao edifício para encontrar este pequeno recanto de petiscos, pregos e hambúrgueres. O serviço foi simpático ainda que pareça um pouco perdido. Para acompanhar a refeição decidimos pedir a Sangria de Espumante com Hortelã e Pepino. Se ao início parecia agradável e fresca, ainda que com alguma falta de gás, o excessivo sabor do pepino foi-se entranhando e acabámos a refeição já saturados e enjoados. Não tenho nada contra pepino mas devido ao ser sabor forte tem de ser melhor balanceado ou evitar de total forma o seu uso em bebidas.


Os Polminhos da Horta, a denominação aqui utilizada para os tradicionais Peixinhos da Horta, foram dos melhores que comi nos últimos tempos. Exemplar fritura, executada com uma polme de espessura uniforme para que toda ela estivesse crocante, e a complementarem-se muito bem com a maionese de alho. A maionese não era nada de especial e só funcionava mesmo quando combinada com os polminhos, que tinham o sal que lhe faltava.


Pedimos o Folhado de Alheira e Grelos e receámos um pouco quando o prato pousou na mesa, parecendo os folhados na sua versão pré-congelada. Mas um olhar mais atencioso e o acto de deglutição dissiparam quaisquer dúvidas. Os tamanhos não eram iguais, ao contrário do que aconteceria num processo fabril, a qualidade da massa era acima de qualquer exemplar congelado e a da alheira também. Por cima, uns grelos muito bem salteados e bem temperados.


Para aconchegar o estômago, o PregáTuga revela-se uma excelente opção. O bolo do caco é muito bom, a carne é macia, ainda que tivesse chegado à mesa um pouco passado do ponto pedido, e todo o conjunto está temperado com bastante alho, um ponto a favor para o meu gosto pessoal. Tanto no prego como no hambúrguer, o ovo estrelado apresentava-se com a gema ainda líquida, tal como deve ser.


Também no Hambúrguer Be Chill a carne tinha uma qualidade acima da que encontramos na maior parte das hamburguerias. Bem temperada e servida no ponto pedido, a única dificuldade que se pode encontrar a comer este hambúrguer é a Torre de Pisa de ingredientes existentes. Ainda assim, consegui comer à mão sem que a torre se desmoronasse completamente. Os componentes são mesmo o aspecto mais fraco, pois ainda que a cebola caramelizada se destaque, o queijo passa um pouco despercebido.


Recordam-se de ter dito que o serviço parecia meio perdido? Quando fizemos o pedido, pedimos umas Batatas D'Alho que tinham o intuito de serem comidas com o prego e hambúrguer. Infelizmente, chegaram já a meio destes e ainda vinham com uma execução abaixo dos restantes itens. Fritura inconsistente devido a espessuras diferentes, algum excesso de gordura e alguma falta de sal.


Terminámos com um Cheesecake de Frutos Vermelhos com um bom topping mas onde o creme sabia excessivamente a natas. A base também não estava particularmente boa. A bolacha estava mal espalhada havendo uma altura inconsistente e esfarelava-se facilmente com o garfo, ainda que conseguisse aguentar a estrutura da fatia.


Já tinha sugerido o Be Chill a um amigo, para ele organizar o seu aniversário, mas informaram-no que o menu seria 20€/pessoa. Uns meses depois soube que o valor é de 15€ e as pessoas que lá estiveram gostaram bastante, tanto da comida como da bebida (algo essencial em qualquer jantar de grupo!). 
Este restaurante entra para a lista das boas opções quando não nos apetece algo muito complicado e será, certamente, o lugar onde realizarei o meu próximo aniversário.

Be Chill
Parede, Portugal
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Preço Médio: < 10 €

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Menus de almoço: a sua banalidade e a excepção à regra!

Quantos de nós não frequentamos restaurantes, numa base quase diária, para almoçar durante a semana? Seja a típica ida ao food court do centro comercial mais próximo ou a tasca ao pé do emprego/faculdade, acabamos por cair numa rotina de pagar 7€/8€ por menus que não variam muito ou cuja qualidade não é nada de espectacular.


Risotto de Polvo Crocante
Por estes valores também não podemos estar à espera de comida de autor ou de algo muito elaborado, ou podemos? Será que podemos exigir comida cuidada, original, com boa apresentação e a preços baixos? Mas é claro que podemos!
Porque é que nos temos de conformar com comida de qualidade média em menus que por vezes chegam perto dos 10€? Será que neste deserto de restaurantes que trabalham com menus diários ao almoço, não há espaço para inovação e qualidade?


Tarte de Lima
Atenção, não estou a menosprezar os restaurantes que fazem isto. São úteis, a comida tem um nível de autenticidade enorme mas acaba sempre por parecer comida feita para "as massas", não é?


Bolinha de Alheira Panada em Sésamo sobre Risotto de Cogumelos com Azeite de Trufa e Crocante de Parmesão
Por esta altura já vocês estão a pensar que estou maluco, e que um restaurante que tentasse fazer isso acabaria por ficar sempre acima dos 10€, ou então seria um almoço onde ficássemos com fome. E se eu vos disser que é possível? Se eu vos disser que existe?! Se eu vos dissesse que sai mais barato ir comer "comida de autor" do que ir a uma qualquer hamburgueria da moda?! Curiosos?


Cheesecake
Em Alfragide, terra perdida e longínqua para muitos, existe um oásis no meio de tanto deserto! Nem tudo é prefeito e tem que haver alguns problemas, não pode ser só coisas boas... O restaurante não funciona com reserva de mesas, mas sim com reserva do prato do dia, que é único e tem doses contadas. Só mesmo reservando conseguimos garantir que iremos comer o prato desse dia.


Lombinho de Porco Preto com Molho à Portuguesa sobre Esmagada de Batata, Tempura de Morcela e Maçã Caramelizada
Mas não dá para experimentar essa fantástica cozinha sem ser ao almoço? Infelizmente, não! O restaurante só está aberto de 2ª a 6ª até às 20h, fecha aos fins de semana e feriados, por isso, para provar iguarias destas só mesmo neste horário "inconveniente".
Semanalmente sai um menu na página de Facebook do restaurante (podem consultar aqui) com os pratos dessa semana. O menu custa 7€ com Prato + Bebida + Café ou 8€ se acrescentarmos uma das deliciosas sobremesas existentes.


Tarte de Maçã
Agora, imaginem que existem mais restaurantes destes, a apostar em cozinheiros criativos e que possam fazer menus apelativos e a preços baixos? Todos poderíamos ganhar!
Já depois de ter escrito este artigo acabei por regressar à Escadinha e nada muda na minha opinião face aos maravilhosos pratos que aqui podemos experimentar!
Bochechas de Porco Preto com Cebolinha Carameliza e Puré de Castanhas
Folhado de Pato e Cogumelos com Arroz Basmati de Enchidos e Gomos de Citrinos
E vocês, conhecem algum restaurante que se pudesse encaixar nesta categoria?


A Escadinha
Alfragide, Portugal
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Preço Médio: < 10 €

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Il Matriciano (São Bento)

Estamos numa era em que as pessoas procuram autenticidade. Seja nos produtos que escolhem para sua casa ou nos restaurantes que frequentam. Há umas décadas, os conceitos que cá chegavam seguiam uma fórmula pouco original e com as ementas a tornarem-se quase cópias directas. Veja-se os restaurantes chineses ou italianos que havia. Mas com esta "moda" gastronómica emergente, começaram a abrir restaurantes que promovem autenticidade, seja na sua ementa seja na decoração ou até no serviço.
O Il Matriciano é um desses restaurantes. Tudo é promovido com um nível de autenticidade elevado, cuja minha curta experiência não me permite comprovar totalmente, mas onde até os empregados falam exclusivamente italiano. A ementa tem alguns pratos já nossos conhecidos e outros um pouco menos, mas mesmo os conhecidos são feitos segundo a tradição italiana. Como fiquei na recatada esplanada existente (que tem vista para a Assembleia da República) não tive oportunidade de ver a decoração interior.
Quando chegamos é-nos oferecido um copo de prosecco e um prato com uma amostra de um enchido e de um queijo. Umas boas vindas simpáticas enquanto damos uma vista de olhos pelas várias secções da ementa que, como é tradicional nos italianos, se divide em Antipasti, Primo Piatto, Secondi Piatti, Contorni e Dolci.
Começámos por dividir uma Bruschetta con Parma e Bufala, um prato simples e onde é suposto os seus ingredientes brilharem. Excelente mozzarella, e servida numa dose generosa, ao contrário de muitos restaurantes que apenas colocam 2 ou 3 fatias, e um presunto de Parma de excelente cura. Tudo regado com um bom azeite, tornando esta bruschetta como uma excelente entrada para uma noite de verão.


Entre a entrada e os pratos pedidos houve uma demora exagerada. Percebo que tudo seja feito na hora, mas 1 hora desde a entrada dos pedidos é excessivo. Aliás, todo o restaurante parece-me lento, tanto no serviço como na cozinha. Se estiverem com pressa não é um restaurante que recomende.
O Spaghetti Alla Carbonara segue à risca a receita original, com a utilização de guanciale, apesar de na ementa dizer bacon, já li artigos que mencionam o facto de realmente usarem o guanciale, uma peça de charcutaria feita com as bochechas do porco. Tenho ideia de nunca ter provado uma carbonara com pecorino mas fiquei fã da cremosidade que confere ao molho e do seu intenso sabor. Toda a concretização do prato é muito boa, sendo que apenas desejava uma maior porção de guanciale.


A espessura da Cotoletta Alla Milanese con Patate Al Forno era mínima, proporcionando uma textura leve, apenas conjugada com a da boa fritura. A carne estava bastante saborosa, calculo que devido a uma eventual marinada, e apenas falhou o ponto de sal das batatas, uma espécie de batatas wedges no forno.


A tradição do Il Matriciano é tanta que, habituado a pedir apenas um prato nos italianos que frequento, acabei por ficar terrivelmente surpreendido pelo tamanho das doses. Aqui é suposto fazer uma refeição completa com Antipasti, Primo e Secondi. Só me apercebi disto quando chegaram os pratos e, como não estávamos para esperar mais 1 hora, optámos por seguir para as sobremesas. Isto ajuda a que um restaurante que parece barato, acabe por não o ser, se não quisermos sair de lá com fome. O serviço foi sempre simpático e prestável, mas acredito que poderia e deveria ser feito um aviso, à semelhança do que um bom serviço faria caso se estivesse a pedir comida demais.
Acabámos a refeição com a sobremesa que peço sempre que estou num italiano mais tradicional, o Tiramisù. Estava excelente, não sei se o melhor que já comi mas dos melhores sem dúvida. Camadas bem definidas, com um bom nível de cremosidade e sabor a café. Se fosse servido um pouco mais fresco não lhe faria mal, principalmente nos meses quentes.


Sim, é um restaurante tradicional italiano, como tal todos os sabores típicos estão lá com um ênfase grande na utilização de produtos importados. Devo admitir que gostei bastante dos pratos experimentados mas, habituado a doses maiores, acabei por sair do Il Matriciano ainda com um buraquinho no estômago. Numa próxima visita já estarei preparado para tal.

Il Matriciano
São Bento, Portugal
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Preço Médio: < 40 €

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Depois - Bolos & Sobremesas (Mercado de Campo de Ourique)

O Mercado de Campo de Ourique tem uma banca para os gulosos. Porque depois de partilharmos a mesa com quem nos é querido, depois de enchermos a pança com a deliciosa carne do Atalho, depois dos crus da Carpacceria ou depois dos hambúrgueres do U-Try, então sim, é chegada a hora da sobremesa. E é nessa altura que nos dirigimos à Depois - Bolos & Sobremesas
A fatia de Tarte de Brigadeiro poderia ser mais cremosa. Todos os sabores estão lá, há uma boa combinação de texturas, mas pequenos apontamentos poderiam fazer uma grande diferença nesta tarte. Faltava um pouco mais de cremosidade, que iria ajudar a tornar a tarte mais leve, e apreciaria uma maior proporção de chocolate face à quantidade de bolacha.



Excelente o pote de Cheesecake de Doce de Leite c/ Oreo, com uma versão invertida desta sobremesa. Um bom creme, fugindo ao sabor cansado do Philadelphia usado em demasia, mas sem saber a natas. A combinação com Oreo não é nova mas funciona e liga muito bem com o doce de leite no fundo.



A Tarte de Limão Merengada era apenas simpática, sofrendo bastante de sintomas parecidos com os da Tarte de Brigadeiro. As proporções estão muito erradas, ainda que o merengue alto e fofo seja adequado, mas a quantidade de curd de limão é ínfima e não chega para balancear os restantes componentes, nem para os ligar. A falta de acidez também é um pormenor a rever, mas os restantes componentes não são maus, ainda que também não sejam fantásticos.



Uma bancada gulosa, com um potencial enorme e onde apenas alguns detalhes deveriam ser corrigidos. Muitos são os que precisam de adoçar a boca no final da refeição e o Depois irá facilmente satisfazer essas pessoas.

Depois - Bolos & Sobremesas
Mercado de Campo de Ourique, Rua Coelho da Rocha
Campo de Ourique, Portugal
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Preço Médio: < 10 €

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

U-Try (Mercado de Campo de Ourique)

Desta vez vou tentar não tecer qualquer tipo de comentários jocosos e pejorativos sobre a maldita moda das hamburguerias. Ok, exceptuando a frase de abertura...
Por muito que a moda possa ter passado dos limites da sanidade e do aceitável, eu continuo a gostar de hambúrgueres! E ainda tenho várias hamburguerias por todo o país que gostaria de experimentar. E porquê, podem vocês perguntar? Os hambúrgueres continuam a ser um produto apelativo, capaz de satisfazer o meu estômago e palato, e ainda por cima (tipicamente) por preços simpáticos.
Das várias bancas disponíveis no Mercado de Campo de Ourique, não poderia faltar uma com hambúrgueres. A escolha para a ocupação desta quota de mercado recaiu não sobre um dos gigantes franchisados (acho que não preciso mencionar nomes), mas sobre a hamburgueria localizada na Cidade Universitária, U-Try.
O Beicone, um dos pilares da casa mãe, é a típica combinação completa de bacon, queijo (neste caso Edam), cogumelos, cebola, alface e tomate. A cebola e os cogumelos salteados deram um brilho especial ao conjunto. Mas o que realmente pode ajudar a distinguir e qualificar as hamburguerias é a qualidade da sua carne. Bons toppings é complicado estragar (apesar já me ter acontecido), mas carne de qualidade, bem temperada e cozinhada como pedido faz toda a diferença! No U-Try este requisito foi preenchido com distinção. O pão era a componente mais fraca, não se apresentando tostado mas aguentando a integridade estrutural do hambúrguer durante toda a prova.



O Grique Hellman's, inserido na iniciativa da Rota dos Hambúrgueres da Hellman's, tinha uma combinação de ingredientes muito interessante e com alguma originalidade. À saborosa carne, previamente referida, juntou-se rúcula, cebola roxa, tomate, queijo Feta e um excelente molho tártaro (feito com maionese Hellman's). O molho aqui fez toda a diferente ajudando a ligar tudo e com o feta a dar-lhe um apontamento mais salgado muito saboroso. As batatas, comuns aos dois hambúrgueres, são simpáticas e estaladiças, mesmo já estando fritas de antemão.



Se já tinha curiosidade pelo espaço da Cidade Universitária, o facto de ter estado perante dois bons hambúrgueres, aguçou-me o apetite de visitar o espaço original. Ajudou-me também a comprovar que quando bem feitos, não há problema nenhum na moda das hamburguerias. O problema é quando não são bem feitos...

U-Try
Mercado de Campo de Ourique, Rua Coelho da Rocha
Campo de Ourique, Portugal
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Preço Médio: < 10 €

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Curtas #3: Block House (Oeiras)

O Block House é um dos restaurantes onde vou com alguma regularidade. É perto de casa, está aberto todos os dias da semana e tem uma qualidade de carne como não há muitos no concelho de Oeiras. 
A Bruschetta que servem não é dos melhores exemplares que podemos encontrar, principalmente quando comparado com bons restaurantes italianos, mas serve bem o seu propósito de entreter enquanto aguardamos os pratos principais. Gosto do pão que aqui utilizam e da forma como o torram mas depois colocam uma quantidade exagerada de tomate. Tornam complicado algo que deveria ser simples, como comer uma bruschetta.



Já percorri a ementa quase toda mas na minha última visita acabei por revisitar um prato que há muito não pedia. As Spare Ribs são das melhores que já encontrei. Uma peça de entrecosto inteira, o que é uma porção bastante generosa mas nada que eu não consiga dar conta, com a carne a sair do osso com facilidade. A peça é coberta com um simpático molho barbecue, ainda que já tenha provado molhos melhores.


Sim, é um restaurante localizado num centro comercial mas dificilmente definiria o Block House como um restaurante De centro comercial.

Oeiras, Portugal
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Preço Médio: < 30 €

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Atalho do Mercado (Mercado de Campo de Ourique)

Apesar de já ter experimentado o Atalho Real (aqui), estava algo curioso para saber que tipo de adaptações um restaurante teria que fazer à sua ementa, pois é natural que o espaço de armazenamento e as condições da cozinha sejam diferentes e que o menu tenha de ser adaptado para que o próprio serviço se adeqúe à estrutura e conceito do local. Neste caso, estou a falar especificamente do espaço Atalho no Mercado de Campo de Ourique, mais uma das bancadas interessantes deste espaço.
Pelos vistos, essa adaptação passou pela eliminação das entradas, saladas e alguns acompanhamentos, e a incorporação de mais um prato principal, as presas de porco preto. As doses parecem ser um pouco menores, com o consequente ajuste de preço. Estando com pessoas que não conheciam o Atalho, recomendei imediatamente que se pedisse o Entrecôte Maturado e o Chuletón de Buey, sendo que não tinha provado este último no restaurante do Príncipe Real.
A carne é realmente fantástica e a execução da mesma não falhou, à semelhança do que aconteceu no Atalho Real. O entrecôte continua a encher-me as medidas, com os seus veios de gordura saborosa a desfazerem-se na boca. 



Confesso não conseguir decidir-me qual a melhor. O chuletón é também fantástico, com uma qualidade de carne ímpar. Não reparei nas peças antes de cozinhadas, apesar de estarem expostas, mas acredito que as duas peças tenham um bom nível de marmorização devido à sua suculência, intensidade de sabor e ao facto de se desfazer quando a mastigamos. Único aspecto onde realmente poderiam ser melhores é na qualidade dos seus acompanhamentos. Uma salada perfeitamente normal, pois no Mercado não têm a sua coleslaw, e umas batatas wedges a precisar de melhor execução e também melhor tempero.



Estou a ficar um fanático do Atalho, principalmente quando me provam conseguir manter a consistência e qualidade na sua vertente de food court. Para todos os "meat lovers" em procura de saciarem a sua fome, o Atalho é de visita obrigatória!

Atalho do Mercado
Mercado de Campo de Ourique, Rua Coelho da Rocha
Campo de Ourique, Portugal
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