Mostrar mensagens com a etiqueta Parque das Nações. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Parque das Nações. Mostrar todas as mensagens

domingo, 29 de julho de 2018

Cantinho do Avillez (Parque das Nações)

José Avillez dispensa qualquer tipo de apresentações. Ele é, sem dúvida, o chef mais mediático em Portugal, Rei do Chiado e Arredores, faltando-lhe apenas partir para d'Aquém e d'Além Mar, detentor de um Império invejável mas, tal como D. Afonso Henriques e respectiva descendência, isso não era suficiente e está agora a conquistar o resto do país, um restaurante de cada vez!
Bem, deixemo-nos de história porque essa é sobejamente conhecida e foquemo-nos no presente! Abriu há cerca de dois meses o terceiro Cantinho do Avillez, no Parque das Nações, numa rua que se está a revitalizar e apresenta já várias propostas muito interessantes como o Cantinho ou o Old House.



Este será já o quarto restaurante do Império que visito (quase que poderiam considerar fazer uma espécie de passaporte e ia-se levando carimbos dos vários locais), depois do Mini Bar (aqui), Belcanto (aqui) e Pitaria (a falar num futuro "próximo). Claro que José Avillez não pode estar em todo o lado ao mesmo tempo e confiou a chefia deste seu novo Cantinho ao chef João Novo, que já está no grupo Avillez há 5 anos, com passagens pelo Take-Away de Cascais (já fechado), Cantinho do Chiado e Belcanto, mais recentemente. E ficou bastante bem entregue, diga-se de passagem!
Iniciámos com um Gaspacho de Cerejas do Fundão com Presunto, Ovo Cozido e Croutons, um prato fresco e muito bom para o tempo quente que tarda em vir. Era desejável um sabor mais intenso a cereja, para que se tornasse mais diferenciador e pudesse andar mais a par com o salgado do presunto e a acidez natural de gaspacho. Se não me tivessem dito, não saberia que havia cerejas no gaspacho.



O Tártaro de Atum com Sabores Asiáticos é fantástico. Nota-se a qualidade do produto, muito pelo corte que deixa perceber a textura do mesmo, com o tempero picante a tentar desequilibrar o prato, mas a maionese de miso acaba por ajudar a conjugar tudo, dando-nos, ainda assim, pequenas pontadas de intensidade. Para adicionar mais uma camada de textura, é engraçado a utilização de pequenas esferas de arroz tufado (masago arare).



A carta está bastante bem construída. Podemos fazer uma refeição a puxar mais para sabores fortes ou mais para sabores delicados, bem como para pratos mais frescos ou pratos mais quentes! Todo este lero lero para dizer que gostei da frescura e delicadeza do Ceviche de Vieiras, Batata-Doce e Abacate, percebendo a opção por cortar naquela acidez típica do leche de tigre de forma a não ofuscar a vieira. Foge um pouco aos típicos ceviches que estamos habituados mas, ainda assim, mesmo não puxando pela acidez, com o risco de cozinhar a vieira e tirar-lhe protagonismo, puxaria um pouco mais pelo chili.



Por falar em expectativas, os Tacos Al Pastor foram a primeira grande surpresa da noite! Um prato que, muito provavelmente, não iria pedir mas que me deixou a salivar e a pedir por mais. Passei de "não pediria" para "fazia disto o jantar" facilmente. Sabores pujantes mas equilibrados, que nos despertam todo o interior da boca e nos fazem abrir os olhos tentando perceber de onde saiu tudo aquilo. É salgado, é doce, é ácido, é picante e, quando nos apercebemos, já a nossa boca regozija com tanto sabor.



Terminámos as entradas com o Queijo de Nisa no Forno, uma luta de sabores fortes entre o queijo, o presunto e o mel de rosmaninho, com o óleo de trufa a querer também intrometer-se, desnecessariamente na minha opinião. Considero a utilização do óleo de trufa muito perigosa pela facilidade com que ofusca os restantes ingredientes do prato. Felizmente não aconteceu aqui mas apenas pelo facto de estar a lidar com ingredientes igualmente fortes. O queijo untuoso em conjunto com o presunto torna-se uma combinação verdadeira pecaminosa!



E passamos para os pratos principas e aquele que foi o melhor da noite, a divinal Moqueca de Corvina e Camarão! Duas estrelas no prato, cada uma a fazer brilhar mais a outra. Corvina num ponto perfeito, a tornar-se viciante pelo guloso que estava o caldo. De tal forma que, depois de tratar dos componentes sólidos do prato, pedi uma colher para poder terminar o prato como se de uma sopa se tratasse. Aliás, facilmente me imaginava a comer um prato que consistisse apenas de arroz embebido no caldo. Por preferência pessoal, acrescentava-lhe um pouco de picante mas admito que não precisou de uma gota sequer para ser um prato soberbo.



Apesar de estar num Cantinho do Avillez, e sabendo os padrões elevados que por cá se praticam, não estava à espera de gostar tanto do Risotto de Cogumelos Portobello! Já estava algo cheio, mas é um prato que adoro e acabei por limpar cada bago existente. Boa dose de parmesão, excelente caldo de cogumelos e algum manjericão para nos ir refrescando o palato. O óleo de trufa voltou a fazer uma das suas aparições, mas principalmente ao nível aromático, pois raramente se notou enquanto se comia o prato. Usado desta forma doseada, onde acrescenta ocasionalmente alguns laivos de sua graça, já me faz algum sentido.



Muito bom a Vitela de Comer à Colher com Molho de Caril, com uma conjugação de sabores surpreendente e muito menos pesado do que estava à espera. A bochecha de vitela, a desfazer-se ao toque, combinava na perfeição com o sedoso caril. Para ir cortando a riqueza do prato, cebola roxa e maçã conferiam alguma leveza e necessária frescura. Não utilizei colher no final por dois simples motivos: estava prestes a rebolar para fora da mesa e não sobrou tanto molho pois fazia questão de envolver bem cada pedaço de bochecha ou legume! Mais uma vez a questão do picante que lhe adicionaria, e que podia bem ter pedido, mas são apenas gostos pessoais.



No capítulo dos doces, uma das mais icónicas sobremesas de José Avillez, o Avelã3. E porquê a notação matemática? Porque é uma sobremesa de avelã em três diferentes texturas: gelado, mousse e ralada. Parece demasiado? Não é! Não se torna demasiado doce e ainda tem flor de sal no topo para intensificar algumas das colheradas que sofregamente damos no vaso. Ok, seria sofregamente se não estivesse tão cheio mas dêem-me esta sobremesa depois de uma refeição mais levezinha e vão ver o que acontece!



Para ajudar a empurrar o resto do licoroso Carcavelos Villa Oeiras, um refrescante Sorvete de Limão e Manjericão com Vodka. Não é algo surpreendente, ainda que a adição do manjericão seja uma combinação natural e não desaponte! De ressalvar que todos os gelados servidos no restaurante são Artisani.



O Cantinho do Avillez é daqueles restaurantes que divide opiniões, todas elas válidas. O preço pode parecer elevado, principalmente quando existe um prato na carta a custar quase 40€, mas a verdade é que, por exemplo, o melhor que comi nesta refeição (a Moqueca) custa 14€, o que acho mais do que justo para os sabores experimentados face também à consistência apresentada.
Eu disse no post anterior que não me iria alongar mas parece que é inevitável!

Cantinho do Avillez - Parque das Nações
Lisboa, Portugal
Cantinho do Avillez Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Preço Médio: < 40 €
Data da Visita: 23 de Julho 2018

quarta-feira, 28 de março de 2018

Quanjude (Parque das Nações)

Lembram-se da ideia que tinham de restaurantes chineses enquanto cresciam? O barato, familiar, duvidosamente higiénico restaurante que tinha a sua decoração igual a 1000 outros e onde a comida nos satisfazia o estômago e o palato, muito pelo uso excessivo de MSG (Glutamato Monossódico)?
Eles ainda existem por aí, ainda que muitos tenham encerrado quando a ASAE decidiu meter em pratos limpos... bem, todos os que não o tinham! Este factor desencadeou um lento, mas existente crescimento no que à gastronomia chinesa dizia respeito, principalmente no que às regiões de Cantão e Sichuan diz respeito.
Isto passou-se já há uns anos mas continuam a abrir restaurantes bastante decentes que tentam mostrar a verdadeira cozinha chinesa, e não aquelas versões ocidentalizadas que conhecemos e adorámos durante a juventude, como é o caso do Quanjude, o primeiro na Europa de uma larga cadeia de restaurantes, que proclama ter o melhor Pato à Pequim... da China! É colocar as expectativas bastante altas.
Mas já lá vamos, porque, como em qualquer refeição "típica" num restaurante chinês, abrimos as hostilidades com uns Crepes Chineses... de Pato, pois claro! Bem fritos, exterior estaladiço, mas o interior carecia de maior quantidade de recheio, sabendo a pouco (e não a pato).



Bem melhores os Bolinhos de Camarão Fritos, uma estaladiça e enigmática bola de farrapos com um recheio de camarão e algum tipo de maionese cremosa que traz gulodice a cada dentada.



Chega à mesa a estrela do restaurante! Há muito tempo que não via um restaurante cuja publicidade focasse tanto num só prato, portanto é bom que seja o melhor Pato à Pequim que já alguma vez experimentaram, certo? Infelizmente, não é. O que me faz duvidar também da publicidade enganosa de que é o melhor da China. O melhor que já experimentei foi no Yum Cha Garden (aqui - agora denominado Macau Dim Sum). Mas o que faltou a este para estar a este nível? Suculência na carne e crocância na pele.



Com a especialidade da casa podemos ainda pedir um segundo prato, a Canja de Pato ou o Pato com Pimenta Preta, recaindo a escolha sobre este último. Carne excessivamente frita, perdendo suculência (uma vez mais) mas com óptimos sabores. Os pedaços são cortados de forma tão abrutada que trazem no meio muitos dos ossos do pato, acabando por se tornar algo incómodo.



Terminámos a componente salgada da refeição (por uma questão de ordem de coisas que chegaram à mesa ainda que tivéssemos preferido que tivesse chegado antes do pato) com Dim Sum. Sim, não é típico da província de Sichuan, sendo uma denominação generalista para este tipo de prato mas era assim que estava descrito na ementa. Tal como não havia grande descrição sobre o mesmo, a verdade é que nem na memória deixou grande impacto.



Não tenho uma grande ideia no que se refere a doçaria chinesa em Portugal. Pode ser que no país de origem seja diferente mas o que cá chega nunca me convenceu muito (nem as bananas fa si ou os gelados fritos). O que aconteceu também com o Granizado de Manga que experimentei. Sim, é leve, doce e refrescante mas está longe de espantar.



Um espaço simpático, com uma ementa grande demais (cerca de 90 páginas) e sem receio de mostrar itens que podem parecer menos apelativos. Mas não há nada como arriscar e experimentar! Que não seja pelo Pato à Pequim (que se for o melhor da China, me deixa algo desiludido) mas pela vontade que uma ementa destas nos dá de sair da zona de conforto e provar coisas novas.

Quanjude
Rua Pólo Norte, 1.06 2.1B
Lisboa, Portugal
Quanjude Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Foodspotting
Facebook
Instagram
Preço Médio: < 30 €
Data da Visita: 20 de Outubro 2017

segunda-feira, 19 de março de 2018

The Club Steakhouse (Parque das Nações)

Lisboa teve um boom de steakhouses nos últimos anos. Casas preocupadas em tratar bem a carne que servem, mostrando cortes ou formas diferentes de pensar e comer bifes. Muitas focam-se na qualidade da carne, cozinhando-a da forma mais simples possível mas algumas casas, como o The Club Steakhousem tentam fugir a essa "rotina" e apresentam na sua carta pratos mais trabalhados. Nada contra a pura carne grelhada, sou até um grande fã disso mesmo, mas de vez em quando é bom experimentar coisas novas.
A carta é bastante variada, mostrando influências de toda a parte do mundo, seja no tão simples e português Chouriço Assado ou nas mais complexas e longamente cozinhadas Junior Baby Back Ribs, que serviram de início para esta refeição. Carne saborosa a soltar-se facilmente do osso e excelente molho barbecue, de lamber os dedos! Daqueles casos em que a péssima fotografia tirada por mim não faz jus nenhum à qualidade da comida.


Seguimos para um dos pratos mais famosos do mundo, muito graças a Gordon Ramsay, o Bife Wellington. Massa perfeitamente cozinhada, e o bife a apresentara-se médio, em vez do mal passado pedido. Uma interpretação algo clássica, com a duxelle de cogumelos a ligar-se maravilhosamente com o presunto que envolve o conjunto e a mostarda que reveste a carne dando-lhe um óptimo toque. Para brilhar ainda mais, faltava a carne em si ter sido devidamente temperada, pois estava algo insossa. 


Melhor o tempero da carne na Conexão Francesa, um prato que pode ser servido numa versão Surf & Turf, juntando-lhe (por um preço extra) dois camarões grelhados. Sabores bastante simples mas que funcionam bem juntos e com a execução das duas proteínas a ser o ponto forte do prato. Excelente o pormenor do pão por baixo do bife, que vai absorvendo todos os sucos e torna-se algo guloso!


Acompanhamentos à parte, como em muitas steakhouses, tendo a escolha recaído sobre a Jacked Potato, uma batata assada e servida com sour cream. Simpático mas não fantástico...


Comeram-se ainda umas batatas doce fritas que pecaram por estarem moles demais. Sabia que ia ser complicado chegar ao nível das do Butchers (de que falei aqui) mas esperava que estivesse um pouco melhores. Pode ter sido azar nos que escolhemos mas achei que foi o ponto mais fraco de toda a refeição.


De forma geral fiquei agradado com o restaurante mas não maravilhado. O serviço não foi perfeito, tendo falhado um componente de um sumo natural pedido, mas prontificaram-se a corrigir a situação e foi simpático durante o tempo todo. A comida esteve a um bom nível mas, pelos preços praticados e comparando com o vizinho Butchers, estava à espera de mais.
Se quiserem subscrever ao serviço Zomato Gold com 25% de desconto podem usar o código: DEVANE. Só o prato oferta desta refeição quase que me pagou a subscrição anual!

The Club Steakhouse
Lisboa, Portugal
The Club Steakhouse Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Preço Médio: < 30 €
Data da Visita: 13 de Outubro 2017

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Butchers (Parque das Nações)

Torço sempre um pouco o nariz à ideia de repetir restaurantes, principalmente se for num curto espaço de tempo. Por isso é que este texto pode soar algo estranho, visto que visitei o Butchers em dois dias consecutivos! Isto já vos diz muito da ideia com que fiquei do restaurante, ou não?
Assim que entramos no restaurante temos o impacto de nos depararmos com o frigorífico onde a carne é maturada, visto que este processo é feito in-house e sem vergonha nenhuma de o mostrar, o que é de louvar! Não é que seja algo que se deva esconder mas a falta de informação de muitas pessoas até as poderia levar a olhar para as peças de carne maturada com alguma desconfiança devido à cor mais escura, mas isso faz parte do processo que vai aprimorar uns já bons cortes de carne.


Visto terem sido duas visitas, vou-vos falar do que experimentei como se de uma ementa se tratasse, começando pelas entradas, avançando para os pratos principais e terminando nas sobremesas.
Bastante bom o Carpaccio de Carne de Vaca com Rúcula e Parmesão, de corte fino e regular, onde apenas faltava um pouco mais de tempero na carne em si, pois apenas o queijo e a rúcula não chegaram para temperar todo o prato.


O prato de Presunto Castro Y González a cumprir na perfeição o seu propósito de abrir os apetites dos comensais. Bem cortado e bem curado, sem nada a apontar.


Também os Croquetes eram bastante bons, ainda que longe de serem os melhores já experimentados. Boa fritura mas com o recheio a precisar um pouco mais de sabor, mesmo quando ajudados pela mostarda.


O Butcher Steak (maturado a 35 dias, como quase todas as carnes presentes na carta), também conhecido como Hanger Steak ou Skirt, é um corte muitas vezes menosprezado, dizendo-se até que os antigos talhantes os guardavam para si, não os colocando à venda. Isto porque é um corte menos tenro que o normalmente apreciado pela maior parte da população mas a verdade é que não perde em nada quando a sabor nos referimos e comparamos com outros cortes mais famosos. Aqui, muito devido à sua maturação, nem a textura se revela um problema com a carne a apresentar-se macia e cozinhada no ponto pedido.


Excelente também o Entrecôte ainda que, devido à temperatura pedida, não seja possível a total caramelização da gordura que o corte apresenta. Mas o sabor está todo lá e mais uma prova dada que no Butchers a carne é tratada com o devido respeito.

O Cowboy Steak é um corte que, à semelhança do Butcher Steak, não estamos muito habituados a ver por Portugal, mas traduz-se facilmente para um Ribeye ainda com osso, servido numa dose gigantesca para dividir por 2 pessoas! Mais uma vez, o ponto da carne não falhou e apenas apreciaria ver o osso melhor limpo pois estava num dia algo preguiçoso e não me apeteceu a roer toda a deliciosa carne que ainda a ele estava agarrada. Mas recomendo que o façam! Um dos pontos que considero bastante favoráveis na forma do Butchers servir a sua carne é o facto de a tábua trazer sal para que possamos acabar de temperar a carne a nosso gosto. Existem muitos restaurantes que parecem ter medo de meter sal na carne e esta é uma óptima alternativa.


Um dos motivos que me levou a voltar a este restaurante dois dias consecutivos foram as Batata Doces Fritas servidas como acompanhamento. Ainda que não haja registo fotográfico, da minha parte, que as destaque com o devido valor, a verdade é que foram as melhores que já experimentei! Vale a pena a visita só por estas batatas!
E se tudo tinha corrido bem até agora, as sobremesas conseguiram manter o nível alto e até algo surpreendente, com uma Mousse de Abacate de textura perfeita onde a doçura é maioritariamente conferida pela redução de vinho branco e mel com aguardente de cana.


Excelente também as texturas contrastantes do Cheesecake de Lima, com um creme suave e uma bolacha que se esfarela em crocância (sim, esta palavra existe!). Bons também os sabores equilibrados, principalmente do creme.


Por último, uma óptima Mousse de Chocolate com Pimenta Rosa, uma combinação que, não sendo nova, não deixa de trazer sempre algo positivo a esta clássica sobremesa.


O serviço é competente ainda que melhor na 1ª visita do que na 2ª, também devido à localização mais escondida da mesa. Houve inclusive um pequeno esquecimento dos Croquetes, que também foi prontamente corrigido com profissionalismo e simpatia!
A relação preço qualidade é mais do que justa, estando nós perante uma das melhores steakhouses da cidade de Lisboa, sem dúvida alguma!

Butchers
Lisboa, Portugal
Butchers Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Preço Médio: < 30 €
Data das Visitas: 1 e 2 de Agosto 2017

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Nova Peixaria (Parque das Nações)

Dia de concerto esgotado no MEO Arena e quis arranjar um sítio onde pudesse jantar algo rápido antes, mas tentando evitar a expectável confusão que poderia estar instalada no CC Vasco da Gama. Algumas pesquisas rápidas e lá marquei mesa, pela Zomato, para a Nova Peixaria. Pregos e afins, num restaurante com um conceito parecido com o Prego da Peixaria, que poderia correr mal?
A primeira coisa que ouvimos quando nos sentamos são pessoas, das restantes mesas, a queixar-se dos tempos de espera. 40 minutos era o valor mais mencionado e, ao longo de todo o tempo que lá estivemos, foram várias as mesas que se levantaram, pagaram o que tinham bebido e simplesmente se foram embora! Ouvimos também o pedido de desculpas por parte daquele que parecia o gerente de sala, que afirmava que não sabiam do concerto que ia haver e que tinha chegado muita gente ao mesmo tempo. Isto leva-me a duas simples questões. Como assim, não sabem de um concerto no MEO Arena?? Principalmente quando está esgotado e é um dos artistas que actualmente mais vende a nível mundial! Não deveriam ter uma agenda sempre actualizada dos eventos no recinto, para poderem assim estimar que dias seriam mais complicados e preparar-se convenientemente para isso?
E, mesmo que chegue toda a gente ao mesmo tempo, se têm uma sala (e esplanada) estimada para X pessoas, seria de esperar que a cozinha e o serviço conseguissem gerir isso um pouco melhor, principalmente quando estamos a falar de pratos sem grandes níveis de elaboração!
O que testemunhei deu-me, até certo ponto, algum desconsolo e pena, pois vi vários empregados completamente às aranhas com o que fazer perante tanta reclamação e um gerente que tentava desculpar-se o máximo possível. Vi também que, mesmo quando a comida chegava à mesa, as pessoas não pareciam totalmente satisfeitas com a qualidade do que estavam a comer. Testemunhei aquilo que normalmente se denomina como "estar no lodo".
E isto foi tudo antes de começar a comer! O facto de várias mesas terem saído sem comer fez com o tempo de espera da minha mesa fosse "apenas" 30 minutos. Isto por 4 pregos, 3 de atum e 1 de bacalhau! E o primeiro prato que chegou à mesa foi um hambúrguer de salmão, anunciado como Prego de Atum Mal Passado... para perceberem bem o estado de confusão cerebral colectiva que havia neste estabelecimento. Acredito que tenha sido só nesta noite, mas todos sabemos quão importantes são as primeiras impressões. Chegou ao mesmo tempo também um Prego de Atum e Queijo de Cabra, claramente um pedido que seria para outra mesa e que reencaminharam para a nossa. Quando finalmente chega o pedido da nossa mesa, surpresa das surpresas, veio um Prego de Atum e Queijo de Cabra a mais, e a temperatura do Prego de Atum simples está totalmente errada! Queria algo simples, rápido e para despachar e escolhi um prato que tinha atum (pedido mal passado) e bolo do caco com manteiga de alho. E nenhum destes ingredientes na sua forma individual ou conjugada me entusiasmou, pois tudo estava demasiado seco! Comparar isto com o Prego de Atum que já comi no Sea Me (aqui), um sítio que está constantemente a rebentar pelas costuras mas que não descura na qualidade, é risível. Ainda provei o de Atum e Queijo de Cabra que, milagrosamente, chegou mal passado à mesa, e sempre era melhorzinho mas nada que deslumbrasse.



O que poderia correr mal afinal? Tudo, começando pelo facto de não ser o Prego da Peixaria ou o Sea Me, sítios que acredito estarem bem mais habituados a lidar com enchentes. A comida esteve muito abaixo das expectativas e o serviço foi algo desastroso ainda que simpático. Somando estes dois factores duvido que uma visita ao Nova Peixaria se repita...

Nova Peixaria
Parque das Nações, Portugal
Nova Peixaria Restaurante Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Preço Médio: < 20 €
Data da Visita: 4 de Abril de 2017

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Tappas Caffé (Parque das Nações)

Todos temos uma opinião sobre quais são as melhores francesinhas da nossa cidade. E essas opiniões diferem bastante porque as opiniões são subjectivas e as preferências podem incidir sobre diferentes pontos da francesinha. Por exemplo, para mim, o ponto essencial da francesinha é o seu molho, depois o seu recheio e casaco, depois o pão e no fim as batatas fritas.
E se há várias casas em Lisboa que proclamam ter uma verdadeira e autêntica francesinha, o Tappas foi a primeira casa com dados provados na Invicta que se mudou para a Capital e decidiu mostrar a sua versão aos lisboetas, onde o principal ponto de diferenciação está no facto das francesinhas serem cozinhadas num forno de lenha. Fui pouco depois da abertura do espaço e o mediatismo à volta desta abertura traduziu-se numa espera superior a 1 hora, mesmo chegando antes das 20h!
Aqui nota-se a simpatia característica das gentes do Norte no serviço. O tratamento por tu, o à vontade com que abordam as mesas e o xiripiti que connosco partilham no final da refeição são mostras do que nos poderia esperar numa dos Tappas do Porto. Aliás, todo o ambiente reproduz bem o ambiente dos seus espaços no Norte, e isto dito por alguém que conhece esses mesmos locais.
Além da simpatia já referida, somos recebidos com um simpático prato de broa, presunto e pataniscas de bacalhau, enquanto decidimos (não que seja difícil a escolha) e esperamos pelas primeiras Leiteiras. Sim, aqui a cerveja é servida numa leiteira metálica, o que ajuda a que a cerveja se mantenha fresca mais tempo.


Mas a estrela é mesmo a Francesinha! Começando pela ordem contrária à relevância que lhes dou, as batatas fritas cumprem bem o seu papel, assim como o pão que consegue não se desfazer a meio da refeição. A abundância do queijo gratinado com que a francesa se veste é bastante apreciada e as carnes, não sendo fantásticas, são bastante aceitáveis. Mas o melhor deixei-o para o fim, o molho. Servido em duas partes, a base do molho é já de si bastante boa e equilibrada mas fica ainda melhor quando é pedida a componente picante!


Continua a não se comparar ao que experimentei no Bufete Fase ou no Pajú (aqui), mas para os padrões das francesinhas que existem em Lisboa é uma excelente opção.

Tappas Caffé
Rua das Gales, 79A - Galerias Plazza
Parque das Nações, Portugal
Tappas Caffé Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Foodspotting
Facebook
Site
Preço Médio: < 20 €
Data da Visita: 5 de Fevereiro 2016

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Arigato SushiHouse (Parque das Nações)

Desde que comecei a falar na minha tentativa de encontrar o melhor All You Can Eat, tenho ouvido falar bastante do Arigato SushiArena, no Campo Pequeno, como um dos melhores a nível da relação triangular qualidade/diversidade/preço. Infelizmente ainda não foi desta que lá fui, mas numa passagem fugidia até à margem Sul, decidi parar no seu irmão no Parque das Nações, de forma a testemunhar a qualidade standard que esta "marca" apresenta. E não saí desiludido.
Ao almoço, o serviço All You Can Eat é disponibilizado numa versão Buffet com uma fila organizada para que, por ordem de chegada, os clientes possam passar por todas as ofertas disponibilizadas, ofertas essas que raramente se deixam ficar de prato vazio, pois um dos empregados está constantemente a avisar os sushimen quais as peças que estão a acabar, para que rapidamente possam ser repostas.
No meio da (muito) variada oferta do buffet, um Shot de Gaspacho. Refrescante sem ser fantástico e não percebo muito bem qual a sua necessidade de existência junto às peças de sushi, mas a acidez do gaspacho ajudou a limpar o palato para aquele que seria o início de uma bela refeição.


É difícil descrever todas as variedades de peças disponíveis neste buffet, pois dispõe de uma variedade quase (será mesmo só quase?) inigualável para um menu All You Can Eat, todas com uma qualidade acima da média, com um bom arroz, tanto a nível de sabor como de cozedura, apesar de estar um pouco pegajoso demais. Existem várias peças que merecem um destaque especial, tanto pelo facto de ser diferente do habitualmente visto em menus com este regime, como pela qualidade da peça:
- Sashimi de Espadarte, fresco e usando um tipo de peixe que nunca tinha provado em sashimi
- Sashimi de Dourada (pareceu-me dourada mas não tenho a certeza), que era marinado numa espécie de cebolada
- Sashimi de Peixe Manteiga, a desfazer-se na boca e algo do qual sou um grande fã
- Uramaki de Salmão e Queijo Filadélia com Arroz com Tinta de Choco, apesar de não ser surpreendente o sabor, achei piada ao uso da tinta de choco no arroz
- Uramaki e Nigiri de Pele de Salmão Grelhada, algo que facilmente encontramos noutros restaurantes de sushi mas que não deixa de ser um dos meus favoritos
- Nigiri de Rábano Japonês em Pickle, um ingrediente que nunca tinha experimentado e de que gostei bastante



Existem mais propostas acima da média mas estas foram aquelas que memorizei e interiorizei melhor. Existe ainda uma secção com alguns itens cozinhados, suponho que para satisfazer aqueles que não sejam adeptos do sushi, apresentando algumas coisas como Polvo à Lagareiro ou Batata-Doce em Tempura.
Fiquei curioso em conhecer o espaço do Campo Pequeno, tanto ao almoço em buffet como ao jantar em rodízio, e de conhecer o menu de degustação deste espaço no Parque das Nações. Não é, para mim, o melhor All You Can Eat, mas está bastante perto, principalmente devido à diversidade apresentada, mantendo sempre um nível de qualidade acima da média.

Arigato SushiHouse
Lisboa, Portugal
Preço Médio: < 30 €