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quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Taberna 2 à Esquina (Alcácer do Sal)

Mais uma viagem A2 fora, mais uma paragem a meio caminho para se ir descobrindo restaurantes que, não fosse estas ocasiões, ficariam eternamente na minha longa lista. Ainda que vá fazendo estas viagens, parece que as hipóteses são sempre tantas e a dificuldade é escolher.
Claro que existem alguns casos que acabam por ser recorrentes, já falei d'O Cruzamento (aqui), mas a vontade de experimentar locais novos é grande e irresistível. Excepto se quiser mostrar a grandiosidade do já supramencionado, mas isso são outras histórias.
Fiquei na esplanada mas um breve olhar para o interior do restaurante chegou para reparar em toques do antigamente, que conferiam à casa alguma autenticidade, algo que se reflectiou no primeiro olhar lançado sobre a ementa. Duas pequenas molduras, maioritariamente com pratos para dividir, mas uma com pratos portugueses e outra mais tipicamente alentejana. Nada fácil a escolha do que comer, com muita coisa apelativa e apenas 1 estômago. 
Enquanto tomava a difícil decisão, na qual fui bastante bem ajudado pelo fantástico serviço prestado, trouxeram-me um óptimo queijo amanteigado, que devorei sozinho acompanhado de bom pão e boas azeitonas.


As hostilidades seguiram com uma Sopinha de Tomate maravilhosa, com todos os intensos sabores a que estamos habituados. Tomate, cebola, pimentos, pão, chouriço e lardo, num caldo aromático com hortelã, oregãos e talvez algo mais. Mas havia um bónus, que deu um excelente toque à sopa, ajudando a cortar toda a sua riqueza... figos! Único ponto a melhorar, o ponto do ovo escalfado que é servido, que se apresentou com a gema totalmente cozida.


Depois da sopa quente, talvez não a minha escolha mais inteligente do dia mas tenho saudades do Hortelã da Ribeira (que me disseram ter fechado) e onde comia sempre a Sopa de Tomate, chegou um Coelho à São Cristóvão, um prato de coelho desfiado assado, temperado com azeite, alho, vinagre e coentros e servido tépido. Os temperos fortes não se sobrepuseram ao sabor do coelho, mas deram-lhe alento e vida. Já tinha experimentado este prato aquando a visita do Luar de Janeiro ao Porto, num evento Mesas Bohemias de que (talvez) falarei no futuro, e mais uma vez não desiludiu. Excelente prato para tempos mais quentes.


Único ponto da refeição que não me satisfez por aí além foi a sobremesa, a anos luz da qualidade dos outros pratos. Uma Tarte de Requeijão e Doce de Abóbora, com pouca intensidade tanto no seu recheio como no seu topping, e um fundo completamente queimado.


Ainda que com uma sobremesa aquém do expectável, pela qualidade apresentada até então, saio do Taberna 2 à Esquina com uma impressão muito positiva. As doses são realmente de partilha, pois só o facto de ser um alarve permitiu que ingerisse tudo isto sozinho, e os sabores típicos estão lá, fazendo desta casa uma nova referência para quem gosta destes pequenos desvios gastronómicos.

Taberna 2 à Esquina
Alcácer do Sal, Portugal
Preço Médio: < 20 €
Data da Visita: 10 de Agosto 2018

domingo, 18 de fevereiro de 2018

Hamburguês (Oeiras)

Estamos em 2018 e ainda há hamburguerias que abrem por todo o lado. Ok, não abrem tantas... e muitas das que abrem não são novos negócios. São extensões de cadeias já existentes que tentam abranger mais geografias. E foi exactamente isso que deu origem à nova hamburgueria de Oeiras, numa praceta bastante frequentada, onde fica o La Vecchia Roma (aqui), Domino's Pizza, Sacolinha ou o Mercado da Carne (excelente talho), entre outros.
Conhecia a cadeia de nome mas nunca tinha experimentado nenhum dos seus 7 outros restaurantes. Exacto, o Hamburguês abriu em oeiras o seu 8º (!!) restaurante, tantos como a Hamburgueria do Bairro e mais 1 que o Honorato (se contabilizar apenas Lisboa e arredores). O Hamburguês é dos poucos locais que conheço que permite ao cliente fazer o seu próprio hambúrguer, tendo ainda uma selecção das suas próprias combinações, todas inspiradas em regiões ou cidades portuguesas. Isto parece funcionar bem nalguns casos, onde vemos coisas como ovos mexidos ou tomatadas no meio da descrição de um hambúrguer, mas depois parece falhar redondamente onde o "Funchal" é um conjunto bastante banal mas com bolo do caco com manteiga de alho... É uma ideia que sempre a diferencia um pouco das restantes, desde que a concretização acompanhe.
Antes de chegar à avaliação da concretização, avaliemos então o serviço. O restaurante tinha aberto no dia anterior, daí aceitar que o serviço pareça meio confuso na forma como aborda as mesas e se mexe. Ainda que se preencha uma folha com o pedido, e seja validado o que está preenchido pela pessoa que vem à mesa, conseguiu enganar-se numa das bebidas, algo que foi prontamente corrigido. Por falar em folha com o pedido, algo que devem realmente rever é a esta pequena folha, única por mesa, e que serve ao mesmo tempo como ementa e local para anotar o pedido. Porque não fornecer algumas ementas, onde não se pudesse anotar o pedido, e podíamos ter todas as pessoas na mesa a decidir o que comer ao mesmo tempo, sendo depois só anotar?
Não existe muita escolha de entradas, mas como éramos só 2, partilhámos as Tostas com Requeijão de Ovelha, Presunto, Mel e Nozes. Bom pão, o que foi uma constante que passou também para os hambúrgueres, e uns toppings decentes, mas que podiam e deviam ser bem melhores, serviram bem para entreter enquanto aguardávamos pelos pratos principais.


Falando primeiro dos pontos comuns entre os dois hambúrgueres, de realçar o bom pão brioche ligeiramente torrado, ainda que a parte de baixo fosse fina demais para aguentar que se comesse à mão. O ponto da carne não falhou, tal como o tempero da mesma, apresentando-se mal passado em ambos os exemplares, e as batatas doce fritas também estavam num bom nível.
O Mirandela surge com a clássica combinação que tanto associamos à zona, ou seja, alheira, grelos e ovo. Tudo com uma execução média mas a qualidade da alheira não deslumbrou.


Melhor o De Piodão a Barrancos, com uma combinação clássica de queijo da serra, presunto e cebola caramelizada. Os sabores fazem sentido, os ingredientes são simpáticos (mas mais uma vez não deslumbram) mas não percebi a motivação para colocar o queijo em cubos, quando seria melhor uma distribuição mais uniforme.


Não havia já espaço para a sobremesa, nem nenhuma que nos parecesse imperdível o suficiente, por isso decidimos avançar para os cafés e a conta. Não é uma hamburgueria memorável. Aliás, poucas são! Mas não é má, e acaba por cumprir o seu propósito.

Hamburguês
Oeiras, Portugal
Hamburguês - Hambúrgueres Artesanais Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Preço Médio: < 20 €
Data da Visita: 1 de Fevereiro 2018

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Fornos do Padeiro (Paço de Arcos)

Já tinha visitado os fornos do padeiro há uns anos, por 2 ocasiões distintas, e não tinha ficado muito bem impressionado. A comida tinha sido memorável, num mau sentido, e a vontade de voltar nunca foi grande. 
Por motivos de comodidade, voltei a este espaço num almoço familiar. O serviço foi bastante simpático e prestável em todos os momentos, com a disponibilização de alterações na disposição da sala conforme algumas limitações existentes.
Boas entradas, com destaque para o Presunto, apesar do corte mais grosseiro, para a Farinheira e Linguiça. Gulosas e viciantes o suficientes para abrir o apetite a toda a mesa.




O Bacalhau com Broa no Forno revelou... pouco bacalhau e um conjunto um tanto ou quanto seco. É quase inevitável fazer comparações com outros exemplares experimentadas e este está muito longe da qualidade da Taverna do Rogério.



Bastante melhor o Leitão, com uma pele estaladiça e a carne suculenta.



O Lombo de Porco no Forno com Batata Doce já foi algo quase memorável (mas desta vez, no bom sentido), apresentando bastante sabor, carne macia, um bom molho e acompanhamentos simpáticos.



Nas sobremesas, umas Farófias simpáticas e leves.



Um bom Requeijão com Doce de Abóbora. Simples e competente!



Ainda que a refeição tinha sido melhor que anteriores experiências, continuo a não conseguir considerar os Fornos do Padeiro como um restaurante de eleição, seja em que contexto for. Sim, o serviço é bastante simpático e prestável, a comida é boa, mas não é uma experiência por aí além, existindo melhores opções no que à relação qualidade/preço diz respeito.

Fornos do Padeiro
Paço de Arcos, Portugal
Restaurante - Fornos do Padeiro Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Preço Médio: < 30 €

sábado, 17 de dezembro de 2016

Retiro do Chefe Costa (Alcântara)

Já não sei bem quando comecei a minha própria lista pessoal de restaurantes em Portugal. Penso que corria o ano de 2012 quando a minha vontade de comer bem e conseguir fazê-lo em qualquer lado do país me fez criar esta própria lista, que (por enquanto) apenas tem Portugal como único país representado. Semanalmente esta lista cresce (ou decresce caso tenha conhecimento de algum encerramento) mas há restaurantes que estão aqui desde o início. 
Quando comecei procurava listas em revistas ou blogs com os melhores sítios para comer, e foi aí que surgiu o Retiro do Chefe Costa, um restaurante em Alcântara com algumas das melhores ofertas da comida regional minhota em Lisboa. Só que a oportunidade de o visitar não surgia. A disponibilidade para conhecer tudo não consegue acompanhar a vontade de o fazer e este ia ficando perdido numa lista que já conta com perto de 1600 referências. Até que num almoço de família domingueiro lá surgiu essa oportunidade.
O espaço não é o mais confortável, com o restaurante a ser feito de recantos e pouco propício a albergar um grupo de 11, mas a comida compensa largamente esse facto. Excelentes salgadinhos para começar o repasto, de óptima fritura e interiores saborosos, na forma de rissóis, chamuças e pastéis de bacalhau. Tão bons eram que nem me lembrei a tempo de os registar fotograficamente.
A ementa está recheada de propostas diárias bastante apetitosas mas a minha escolha recaiu sobre a (Vitela) Mendinha do Norte Assada à Barrosã. Carne saborosa e com uma boa crosta exterior, mas apresentava-se um pouco seca, algo que se ia solucionando com o molho que preenchia o fundo da travessa. Boas batatas assadas para acompanhar, e que bem ficavam com o molho, tal como um pouco de couve salteada. Menos positivo o arroz e esparregado.


Já a Sopa Rica de Peixe à Fragateira foi uma verdadeira revelação. Um início menos auspicioso quando um prato com ovo "escalfado" (completamente cozido) é colocado à frente dos comensais, mas o aroma e os sabores que estavam presentes no tacho da sopa eram fantásticos. Sabores apurados, sabores portugueses e uma frescura de hortelã que complementava tudo.


Provou-se ainda o Arroz de Tamboril, a Açorda de Gambas e o Arroz de Polvo, e nenhum deles desiludiu.  Arrozes caldosos, açorda cremosa e tudo com muito sabor.
Para terminar a refeição, uma belíssima Tarte de Requeijão, com um ponto de cozedura ideal mantendo ainda o seu interior húmido.


Levar a família a restaurantes destes, e no final ouvir as pessoas elogiarem a refeição dá-me gosto. Porque comer não é só encher a barriga. É a partilha de sensações à mesa. E não há melhor do que partilhar a mesa com família e amigos. E se for no Retiro do Chefe Costa, por mim tudo bem.

Retiro do Chefe Costa
Alcântara, Portugal
Retiro do Chefe Costa - Restaurante Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Preço Médio: < 20 €