Mostrar mensagens com a etiqueta Zomato Gold. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Zomato Gold. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Fumeiro de Santa Catarina (Bica)

Este foi um daqueles restaurantes que desde o inicio me suscitou alguma curiosidade, muito pelo conceito que tentam implementar na sua ementa. Todos os pratos têm um elemento fumado, o que acaba por dar um toque diferenciador a todos eles... ou pelo menos tentar! Doses de tamanho reduzido para um, portanto sendo preferível abordar a refeição numa óptica de partilha e tentando experimentar o máximo de sabores possíveis. Aproveitar para destacar também o bom serviço e a excelente cadência com que os pratos foram chegando à mesa.
O primeiro prato a chegar, e até rápido demais, foram os Legumes Grelhados com Búfala, sendo servido a uma temperatura tépida, revelando uma preparação demasiado antecipada na preparação dos legumes.


Chegou depois a Sandes de Costela de Boi e Vinho do Porto, de onde esperava uma maior intensidade na carne. Melhora bastante, e dá vida ao prato, com os pickles e a maionese que vêm no prato.


Excelentes são as Batatas do Vovô! Chips perfeitamente fritas, sem qualquer excesso de gordura e bem temperadas. De tal forma viciantes que fomos obrigados a pedir uma segunda dose.


Também há pratos que aparecem em doses mais substanciais, como a Fumada Mista, composta por Salsicha, Entrecosto e Bife. Este último componente foi o que achei menos piada, ainda que não fosse mau. Faltava-lhe tempero, faltava-lhe reação de Maillard no exterior, faltava-lhe um sabor fumado que compensasse as falhas ditas. Já a Salsicha e o Entrecosto apresentaram-se saborosos, sem estarem secos e com algum sabor fumado mais intenso que em pratos anteriores.


Boa consistência nas Vieiras, Crocante de Enchidos e Alho Francês, com cada elemento a apresentar uma textura e um sabor bastante diferente, que acabava por se complementar bastante bem!


Para mim, o prato da noite foi a Salada de Rosbife Fumado com Rabanetes, que estranhamente foi um dos últimos pratos a chegar, ainda que seja servida à temperatura ambiente. Ainda assim, excelentes sabores, com o fumado a sobressair no rosbife e todos os restantes elementos perfeitamente balanceados.


O Bacalhau Confitado em Azeite revelou-se uma reinterpretação dos sabores clássicos do Bacalhau com Grão, sendo este último apresentado em forma de puré.


Ainda não tinha pedido nenhum dos pratos acima descritos e já tinha escolhido a sobremesa. Sonhos de Bacon?! Como assim? Não estranhem o uso de bacon na sobremesa. Não é a primeira vez que me deparo com isso e adorei as vezes anteriores (no LOCO - aqui - e no Volver - não publiquei nada sobre a refeição onde experimentei o seu Cheesecake Fumado mas é imperdível!).
Infelizmente, não esteve à altura das expectativas, com o uso do bacon a passar despercebido. Fora isso, bons sonhos, bem fritos e fofinhos.


Acho que o conceito pode ser ainda melhor explorado, mas a verdade é que gostei da comida, ainda que tivesse alguns altos e baixos, do espaço e do serviço!

Fumeiro de Santa Catarina
Lisboa, Portugal
Fumeiro de Santa Catarina Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Preço Médio: < 30 €
Data da Visita: 20 de Outubro 2018

sábado, 6 de outubro de 2018

As Ladras (Lisboa)

Duas irmãs decidiram largar os seus empregos e foram roubar ideias a culturas de todo o mundo para assim poder abrir o seu bistrô, As Ladras. O intuito é dar a conhecer influências da comida de todo o mundo, Portugal inclusive, a quem as visitar, mas sem perder a noção da excelência dos produtos portugueses, bem como da sua sazonalidade.
O espaço é bastante pequeno, ainda que tenha alguns lugares ao balcão, naturalmente o sítio mais interessante com visibilidade total para a cozinha e para o local onde toda a acção acontece. Visitei As Ladras no contexto de um Zomato Foodie Meetup, logo a ementa estava pré-definida, mas, sem ser excessivamente extensa, conseguiu juntar numa só mesa coisas como o exotismo latino de um Ceviche, ao frio soviético do Tártaro ou os aromas quentes e complexos do Caril. Existem ainda opções tão portuguesas como o Bife do Pojadouro, mostrando a versatilidade da cozinha destas irmãs.
Iniciámos as hostilidades com um simpático Couvert, composto por três pães de fermentação lenta, um belíssimo azeite transmontano Valle Madruga e uma óptima manteiga com alga nori!


Veio depois a Saladra (gostei do trocadilho no nome, confesso), uma salada com couscous, legumes assados, queijo feta, nozes, rúcula, tomate cherry e cebola roxa. Bem temperada, gostei bastante do valor acrescentado que os legumes assado trazem, bem como a forma como o feta parece temperar toda a salada com o seu sabor mais salgado.


O prato pelo qual tinha mais curiosidade era o Ceviche de Carapau com puré de batata doce. Infelizmente, foi o prato que achei que precisava de mais trabalho e atrevidão nos seus sabores. Faltava-lhe acidez para cortar com a riqueza do peixe e dar vida ao leche de tigre. O uso de Shishi-mi Togarashi, uma mistura de sete diferentes especiarias, no lugar da tradicional malagueta, é engraçada mas prefiro o sabor que a malagueta confere. Acompanhava ainda com um simpático puré de batata-doce, que seria perfeito para contrabalançar com os sabores mais fortes do ceviche, caso estes lá estivessem. Quanto à escolha do carapau, nada contra! Bem cortado, de excelente frescura e com a carne a aguentar bem este tipo de preparação.


Bastante melhor o Tártaro de Novilho! Excelente carne, bem cortada mas, principalmente, muito bem temperada! Nestes pratos é necessário ter mão e não termos medo de meter um pouco mais. Dar mais vida ao prato. Também temos de saber quando parar e encontrar aquele equilíbrio perfeito, mas é preferível um prato um pouco mais arriscado do que um prato que não nos provoca sensações. E este provocou, sem dúvida. Excelentes também as chips de batata-doce que acompanharam o tártaro.


Mas o mais impressionante ainda estava por vir. O fantástico, delicioso, aromático, equilibrado e extremamente viciante Caril de Frango! Que coisa maravilhosa, a sério! Infelizmente tive de partilhar mas fiquei com vontade de roubar o prato onde foi servido e apenas devolver quando não sobrasse gota alguma do seu molho. Pena não ser servido com arroz, para poder receber tal divindade numa taça, sendo usado batata-doce como "acompanhamento". Surpreendentemente fica muito bem, tornando-o facilmente no melhor prato da noite.


Para fechar a refeição, três boas sobremesas. Óptima Panna Cotta, com a sua textura a apresentar-se perfeita, sendo acompanhada com um bom topping de frutos vermelhos. A Mousse de Lima a não estar demasiado ácida, e com um excelente acrescento de amendoins moídos por cima. Também a Mousse de Chocolate tinha um elemento surpresa, que não irei aqui revelar. Qualquer uma das três sobremesas bastante seguras e bem executadas, com ligeiros toques que as fazem sobressair.


Um restaurante com uma ementa que se pode estranhar, pela diversidade que apresenta, mas que depois acaba por fazer algum sentido, pois apesar de ter muitos sabores que nos transportam para partes remotas do mundo, todos os pratos experimentados tinham algo de português, que une a ementa num único sentido.

As Ladras
Lisboa, Portugal
As Ladras Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Preço Médio: < 30 €
Data da Visita: 18 de Setembro 2018

terça-feira, 14 de agosto de 2018

Altântico by Miguel Laffan (Estoril)

O nome de Miguel Laffan pode parecer estranho aos mais distraídos, mas este tem sido um dos chefs portugueses mais reconhecidos na cena gastronómica portuguesa recente, muito devido ao seu trabalho no L'And Vineyards, em Montemor-o-Novo, onde ganhou uma estrela Michelin, perdeu-a, e depois conseguiu recuperá-la.
Entretanto parece que têm sido uns últimos tempos ocupados para o chef, que abriu recentemente O Ato, em Lisboa, e deu nova vida ao Atlântico, o restaurante do Hotel Intercontinental Estoril. Restaurante esse do qual já tinha ouvido falar bem nos últimos anos mas confesso que a chegada de Miguel Laffan, que estava presente nesse dia, me suscitou ainda mais curiosidade. Dada a posição que tem, nada como aproveitar um final de tarde veranil para ir conhecer a sua fantástica esplanada e deslumbrante vista.
Excelente serviço ao longo de toda a refeição, perfeitamente encaixado no posicionamente que o restaurante pretende atingir, que mal nos sentou sugeriu uns refrescantes cocktails para iniciar a refeição. Sim, eu sei que estão a vender e a impingir-nos bebidas que poderiam ser necessárias, mas num dos dias mais quentes do ano, um cocktail fresco enquanto admirava o esplendoroso mar que banha a Linha de Cascais soube-me maravilhosamente.


Bom couvert (que infelizmente se escapou ao registo fotográfico), com 3 tipos de pão à escolha, com especial destaque para o pão integral, azeite transmontano e uma manteiga francesa (não perguntei qual a diferença entre uma manteiga francesa e qualquer outra) simples mas extremamente viciante. Pão e manteiga, um casamento perfeito.
Chegou também uma oferta da casa, no formato de um clássico Pastel de Bacalhau de excelente fritura, boa proporção entre batata e fiel amigo mas onde senti faltar um pouco de sal.


A cozinha do Atlântico é, logicamente, muito virada para os produtos marítimos, o que fazia um match perfeito com os nossos apetites nesse dia. As Vieiras, Cogumelos Selvagens e Sabayon Trufado entusiasmaram da primeira à última garfada. 3 camadas distintas, cada uma com um sabor muito próprio mas que se complementavam na perfeição. Em baixo, o Sabayon trufado, a lembrar um brás, com vieiras, cogumelos e óleo de trufa. Não sou um fã do mesmo, pela facilidade com que se torna um elemento dominador em qualquer prato em que toque. Aqui estava mesmo nesse limiar, mas revelou-se acrescentar uma camada de sabor à existente, sem abafar completamente os restantes. Óptima telha de tinta de choco, a dar um ligeiro salgado ao conjunto e, por cima, uma vieira perfeitamente cozinhada com espuma de amêndoa (o elemento menos diferenciador em todo o prato).
Único problema? Ter acabado!


Chegamos aos pratos principais e mantemos o registo marinho, com um aparentemente simples (mas fantástico) Atum dos Açores com Molho de Soja e Gengibre. O atum braseado, num perfeito tom avermelhado mas que eu, pessoalmente, até cozinharia menos, a ligar muito bem com um molho entre o salgado e o ácido. Acompanhou com uns legumes salteados mas que mais pareciam cozidos a vapor. Nada contra, pois apresentavam um sabor bastante natural, em particular as ervilhas quebradas.


Se não tinha nada contra o acompanhamento do atum, não deveria ter nada contra o acompanhamento do Pregado com Molho de Caril e Manjericão, pois era o mesmo. Aqui a questão prendeu-se com a escolha de talheres para o efeito, visto que os legumes estavam algo encruados, o que não dá jeito nenhum quando se tem uma faca de peixe na mão. Tirando isso, prato bastante aromático, peixe cozinhado na perfeição e o molho a conjugar-se lindamente, sem ofuscar o sabor do peixe.


Acabámos a refeição em beleza, com um Crème Brûlée de Maracujá onde a doçura contrabalançava bem com a acidez do maracujá e tudo era coberto por uma fina e estaladiça crosta. Os elementos externos, maioritariamente doces, ajudaram a dar novas notas ao palato tanto pelo exotismo dos frutos tropicais como bela doçura excessiva do suspiro.


Uma óptima refeição, num restaurante bonito, com bom serviço, uma vista de outro mundo e excelente comida. Fica a eterna questão do valor final da conta, quando os pratos principais rondam os 30€, mas é difícil encontrar contextos com esta comida, espaço e vista e pagar meia dúzia de tostões.
Mas, como bónus, o restaurante tem Zomato Gold! O que significa que, com uma refeição no Atlântico, conseguimos poupar o valor equivalente a uma subscrição de 12 meses, se usarem o código DEVANE (que vos dá 25% de desconto)! Estão à espera de quê?

Atlântico
Estoril, Portugal
Atlântico - Bar e Restaurante Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Preço Médio: < 60 €
Data da Visita: 2 de Agosto 2018

segunda-feira, 19 de março de 2018

The Club Steakhouse (Parque das Nações)

Lisboa teve um boom de steakhouses nos últimos anos. Casas preocupadas em tratar bem a carne que servem, mostrando cortes ou formas diferentes de pensar e comer bifes. Muitas focam-se na qualidade da carne, cozinhando-a da forma mais simples possível mas algumas casas, como o The Club Steakhousem tentam fugir a essa "rotina" e apresentam na sua carta pratos mais trabalhados. Nada contra a pura carne grelhada, sou até um grande fã disso mesmo, mas de vez em quando é bom experimentar coisas novas.
A carta é bastante variada, mostrando influências de toda a parte do mundo, seja no tão simples e português Chouriço Assado ou nas mais complexas e longamente cozinhadas Junior Baby Back Ribs, que serviram de início para esta refeição. Carne saborosa a soltar-se facilmente do osso e excelente molho barbecue, de lamber os dedos! Daqueles casos em que a péssima fotografia tirada por mim não faz jus nenhum à qualidade da comida.


Seguimos para um dos pratos mais famosos do mundo, muito graças a Gordon Ramsay, o Bife Wellington. Massa perfeitamente cozinhada, e o bife a apresentara-se médio, em vez do mal passado pedido. Uma interpretação algo clássica, com a duxelle de cogumelos a ligar-se maravilhosamente com o presunto que envolve o conjunto e a mostarda que reveste a carne dando-lhe um óptimo toque. Para brilhar ainda mais, faltava a carne em si ter sido devidamente temperada, pois estava algo insossa. 


Melhor o tempero da carne na Conexão Francesa, um prato que pode ser servido numa versão Surf & Turf, juntando-lhe (por um preço extra) dois camarões grelhados. Sabores bastante simples mas que funcionam bem juntos e com a execução das duas proteínas a ser o ponto forte do prato. Excelente o pormenor do pão por baixo do bife, que vai absorvendo todos os sucos e torna-se algo guloso!


Acompanhamentos à parte, como em muitas steakhouses, tendo a escolha recaído sobre a Jacked Potato, uma batata assada e servida com sour cream. Simpático mas não fantástico...


Comeram-se ainda umas batatas doce fritas que pecaram por estarem moles demais. Sabia que ia ser complicado chegar ao nível das do Butchers (de que falei aqui) mas esperava que estivesse um pouco melhores. Pode ter sido azar nos que escolhemos mas achei que foi o ponto mais fraco de toda a refeição.


De forma geral fiquei agradado com o restaurante mas não maravilhado. O serviço não foi perfeito, tendo falhado um componente de um sumo natural pedido, mas prontificaram-se a corrigir a situação e foi simpático durante o tempo todo. A comida esteve a um bom nível mas, pelos preços praticados e comparando com o vizinho Butchers, estava à espera de mais.
Se quiserem subscrever ao serviço Zomato Gold com 25% de desconto podem usar o código: DEVANE. Só o prato oferta desta refeição quase que me pagou a subscrição anual!

The Club Steakhouse
Lisboa, Portugal
The Club Steakhouse Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Preço Médio: < 30 €
Data da Visita: 13 de Outubro 2017

domingo, 4 de março de 2018

Mito (Porto)

O Mito foi daqueles restaurantes que entrou na minha lista assim que ouvi falar da sua abertura, no Verão de 2017. A ementa do chef Pedro Braga, dividida em Frios, Quentes, Carvão e Doces. prometia bastante e suscitou imediatamente uma grande curiosidade. Juntando isto ao facto de ser um dos restaurantes com Zomato Gold, não se fez tardar uma visita ao espaço.
O espaço é bastante engraçado e, conjuntamente com o serviço, até nos leva a pensar num restaurante num estilo mais fine dining do que os preços que pratica. Mas depois notamos que, mesmo com toda esta vibe, não deixa de haver um ambiente descontraído entre as mesas e na interacção com quem nos atende.
Pedimos um prato de cada uma das secções (exceptuando a Doce, pois já não havia espaço para mais) tentando assim provar um pouco de toda a carta. Os Croquetes de Boi Velho são bastante saborosos, apresentando uma boa fritura e um interior húmido. A maionese de chouriço é que pareceu passar um pouco despercebida, estando eu à espera de um maior impacto na sua utilização.


Muito bom o Tártaro de Alcatra! A adição do caldo de cogumelos fumados e das lâminas de cogumelos é soberba e combina maravilhosamente com a carne. A gema de ovo curada em soja dá-lhe outra dimensão mas a cura em soja não ajudou a temperar a carne. Faltava-lhe um pouco mais de sal, ou talvez o uso de soja também na carne tivesse sido mais adequado, mas ainda assim um prato muito bom.


Mas o melhor prato da noite foi, para mim, o Franganito Assado! Perfeitamente cozinhado, com um recheio de sabores cítricos e ervas que complementava perfeitamente o frango. Apregoava ter malagueta, mas se lá estava decidiu ocultar a sua pujança, com muita pena minha! Os acompanhamentos não estavam exactamente à altura do frango mas as batatas gratinadas não deixaram de satisfazer os comensais presentes.


Esteve longe de perfeita esta refeição no Mito, mas percebe-se que há qualidade e que existem boas ideias. Juntando isto ao facto de ter Zomato Gold, fica uma refeição com uma excelente relação qualidade-preço.

P.S: Quem se quiser juntar à Zomato Gold poderá usar o código DEVANE e ter 25% de desconto!

Mito
Porto, Portugal
Mito Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Preço Médio: < 30 €
Data da Visita: 27 de Setembro 2017

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Ori Gin (Porto)

Com a mudança para o Porto em trabalho, que entretanto já terminou e já estou de regresso a Lisboa, decidi subscrever ao serviço Zomato Gold (sobre o qual já falei aqui). A necessidade de estar constantemente a almoçar e jantar fora levou-me a subscrever directamente a opção de 12 meses e, deixem-me que vos diga, em 4 meses já tinha pago o valor da subscrição! A subscrição mais longa acaba por compensar, principalmente se conseguirmos arranjar um código promocional. Caso queiram, podem usar o código DEVANE e terão 25% de desconto na vossa subscrição.
Tudo isto para dizer que a escolha do Ori Gin deveu-se a dois simples factores: vontade de comer sushi e ter Zomato Gold! O espaço em si é bastante normal mas a carta é algo estranha. O conceito parece ser virado para o sushi e o gin, duas coisas tão em voga, mas depois há várias opções de pastelaria e de tostas que parecem algo desenquadradas ali.
Iniciámos a refeição com o Sunomono, uma entrada simples de cenoura e pepino em pickle, que ajuda a limpar um pouco o palato para o está para vir.


Dividiu-se depois o combinado Freestyle de 30 peças, com o intuito de ver o que haveria de criatividade no sushiman do Ori Gin. Primeiro ponto bastante positivo, e que nota uma atenção extra que nem todos os restaurantes têm, o número de peças no combinado, sendo que havia pelo menos duas peças de cada tipo no prato, excepção feita ao sashimi que vinha em número ímpar. Não achei as peças especialmente criativas, havendo até um certo exagero desnecessário no uso de frutas, ainda que estivessem decentemente executadas. Não fiquei tão deslumbrado com o arroz, nalgumas peças a revelar-se demasiado compacto, ou com a qualidade do atum do combinado.


Algo que já não pareceu acontecer no Mix Sashimi, onde as fatias de atum já aparentavam ser de uma qualidade superior à servida no combinado. Mais um destaque positivo para o serviço que, num prato anunciado com cinco fatias, decidiu incluir mais uma para que houvesse um número par de fatias.


Para aconchegar o estômago um Temaki, onde a alga precisava de ser um pouco mais trabalhada para poder tornar-se mais quebrável. Ao recheio, deixado ao critério de quem fez a peça, não tenho nada de negativo a apontar.


Por ser perto do meu local de trabalho acabei por também visitar o Ori Gin ao almoço. De destacar, mais uma vez, a atenção dada aos pratos combinados com o Freestyle de 20 peças a trazer várias peças individuais, pois não seria para dividir! Quanto à execução, tanto do combinado como do Temaki com que (desta vez) iniciei a refeição, manteve-se consistente com a visita anterior e, consequentemente, com o que escrevi nos parágrafos acima.



Não sendo fantástico, o Ori Gin cumpre bem o papel de matar todo e qualquer bichinho de sushi que possamos ter, a um preço aceitável!

Ori Gin
Porto, Portugal
Ori Gin Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Preço Médio: < 30 €
Data das Visitas: Agosto e Outubro 2017

domingo, 9 de julho de 2017

Zomato Gold - Considerações Finais

Para fazer um resumo e um fecho de opinião referentes aos 3 meses de subscrição Zomato Gold, decidi escrever um artigo a esmiuçar tudo o que beneficiei.



A forma como o sistema funciona é fácil para o utilizador final. Basta chamar o empregado no início da refeição, dizer que vamos usar a visita Zomato Gold, usar e mostrar-lhe o ecrã. O problema, para mim, está na interacção entre serviço e restaurante, sendo a oferta totalmente dependente da interacção humana. Já para não falar do tempo a mais que ocupamos a um empregado num restaurante que está cheio e com muitas mesas a requerer a sua atenção.
Por exemplo, no Amaterasu, a sopa que foi oferecida não foi uma Shimeji Shiro, mas sim uma Miso Shiro, algo em que só reparei já alguns dias depois da refeição. Este tipo de enganos, completamente involuntários e irrelevante, neste caso, pela diferença de valor, poderiam ser evitados num sistema integrado entre a plataforma Zomato Gold e o sistema de facturação do restaurante. Ok, sei que isto é demasiado difícil devido ao número enorme de sistemas de facturação diferentes que existem mas talvez fosse interessante o desenvolvimento de um sistema de facturação para restaurantes Zomato e que este integrasse directamente com o serviço. Assim, para o restaurante, bastaria que a pessoa dissesse que ia utilizar a visita, identificando-se com o seu user Zomato, e o empregado apenas teria que associar a visita a uma mesa, sendo os descontos já feitos automaticamente. Ganhava-se tempo, pois são menos tarefas que os empregados têm que executar, e reduzia-se a probabilidade de erro!
Esta questão do tempo foi o único constrangimento que encontrei quando usei o serviço no Cantinho de Telheiras!
O serviço é muito recente e só assim consigo desculpar algumas confusões que possam acontecer. Na minha primeira visita ao Saikō voltou a acontecer alguma confusão quanto ao que deveria ser oferecido. Neste caso, e já de sobreaviso depois da visita ao Amaterasu, verifiquei quando chegou a conta e o restaurante, não conseguindo substituir o item que já estaria descontado, acrescentou outro para tentar chegar ao valor que deveria realmente ser oferecido. Como não conseguia fazer conta certa, acabei por ficar a ganhar nesta situação, com o valor oferecido pelo restaurante a ser superior ao que seria suposto com a subscrição. Já a segunda visita correu sem qualquer problema e com o serviço melhor informado, e até correctamente explicativo, quanto à oferta.
A primeira vez em que acho que não houve qualquer confusão, embaraço ou perda de tempo foi na Petiscaria da Terra (na 4ª vez que usei o Zomato Gold) onde usei a visita ao início e quando fui pagar foi-me "confirmado" o item que seria oferecido e o seu valor. Foi quase tão fácil como "Posso usar?", "Sim, claro! Será oferecido o 2º prato mais caro.", "Queria pagar, se faz favor.", "Ora, foi-lhe oferecido então os Cogumelos Portobello, que têm o valor de 6€ e portanto dá um total de X€". Se todas as interacções fossem assim tão fáceis o serviço faria muito mais sentido mas, como já referi, a adaptação a este novo serviço, que necessita de mais interacção do que um TheFork por exemplo, é gradual e é natural que ainda não haja hábitos e rotinas.
Já no La Vecchia Roma III (casa irmã da La Vecchia Roma de Oeiras), houve bastante confusão no diálogo inicial sobre o serviço. Ao anunciar que iria usar a visita, a pessoa tentou explicar-me, de forma errada, o serviço. Ao que eu ia contrapondo com aquilo que é o serviço e que é independente do número de pessoas que está sentada à mesa. Sendo-me respondido que não poderiam fazer a oferta para a mesa toda mas apenas para 2 pessoas e que eu deveria indicar que prato queria que fosse oferecido. Ao que eu disse que era independente do número de pessoas na mesa e seria sempre o 2º item mais caro cobrado, independentemente de quem o consumisse. Ao que me responderam qualquer coisa errada que já não me recordo e, fartando-me um pouco da conversa, disse que indicaria qual o prato a ser oferecido e ficámos por aí. No final, a conta veio sem a oferta, pois em nenhum momento eles questionaram sobre que prato seria oferecido (tendo-me dado esperanças vãs que tivessem ido ler as condições do Zomato Gold e já tivessem percebido como funciona) mas foi corrigido quando reportado.



Resumo das ofertas nos 3 meses de subscrição:
- Amaterasu - Sopa Miso Shiro
- Cantinho de Telheiras - Bifanas à Vendas Novas
- Saiko - 1ª visita: Gunkan (não me recordo especificamente qual) / 2ª visita: Picadinho Moriawase
- Petiscaria da Terra - Cogumelos Portobello
- La Vecchia Roma III - Lasanha


Contas feitas no final, as ofertas conseguidas conseguiram ultrapassar o valor de subscrição inicial do serviço (que à data que iniciei a subscrição era de 29€). À data de hoje os valores dos planos mantêm-se (29€, 49€ e 79€ para os planos de 3, 6 e 12 meses, respectivamente), o que mostra que mesmo sem grande esforço (pois nunca seleccionei o restaurante com base no Zomato Gold) é possível fazer com que a subscrição compense! Aliás, se decidirem escolher os locais com base na subscrição rapidamente conseguirão atingir o valor pago e ultrapassá-lo! Se eu a vou renovar? Honestamente, não sei! Mas, se o fizer será por 12 meses só pela questão matemática de que o valor por mês será mais baixo.

Caso queiram ter 25% de desconto na vossa subscrição, usem o código DEVANE!

domingo, 25 de junho de 2017

Less by Miguel Castro e Silva @ Zomato Gold Meetup (Príncipe Real)

A Zomato decidiu fazer o seu primeiro Gold Meetup, convidando alguns dos seus subscritores Gold para conhecer o restaurante do Príncipe Real de um dos mais conhecidos chefs portugueses, Miguel Castro e Silva, detentor de um percurso invejável e com vários projectos em carteira para abrir este ano.
Neste Less, Miguel Castro e Silva tem a oportunidade de revisitar pratos e um conceito que há muito tinha colocado de parte, quando o seu foco começou a incidir mais sobre a cozinha portuguesa. Aqui, a ementa reflecte as influências internacionais na cozinha do chef, mas não deixando de parte sabores muitas vezes portugueses. O restaurante, inserido no 1º piso d'A Embaixada no Príncipe Real numa iniciativa conjunta com a Gin Lovers, tem um ambiente algo rústico, com as suas paredes a descascar e colunas imponentes.



Neste jantar, tendo o restaurante praticamente só por conta do Meetup, tivemos a oportunidade de experimentar pratos que ainda estão a ser trabalhados e foram pouco testados (como admitido pelo próprio chef no início do jantar), exceptuando um. O chef teve a oportunidade de estar sentado à mesa, a provar estes mesmos pratos, e foi interessante ver que. no final do jantar, teve a espontaneidade e honestidade de dizer o que ainda teria que trabalhar sobre os pratos para que pudessem estar ao nível que ele concebia.



Começámos com bom pão e tostas, excelentemente acompanhadas por boas manteigas. Muito boa a manteiga de manjericão mas sem conseguir suplantar os excelentes sabores da manteiga de fígados.



O Tártaro de Atum com Cebolete deve ter entrada directa para a carta sem muitas afinações. Sabores simples mas apurados, sem ser necessário inventar muito ou complicar. Aqui nota-se, principalmente, a qualidade do produto servido, sem medo de deixar cubos maiores para que possamos verificar isso mesmo quando trincamos.



A interpretação do Bacalhau à Conde da Guarda de Miguel Castro e Silva apresenta a brandade de bacalhau, plena de sabor, conjugada com uma compota de tomate seco, bastante intensa mas parecendo faltar ao prato alguma acidez, algo que acontecia na interpretação de Vitor Claro (aqui) com o uso de tomate fresco.



O único prato que já está na carta actual são os Ravioli de Abóbora Assada com Amêndoa sendo, curiosamente, o prato salgado que achei menos interessante. Um prato bastante unidimensional e de sabores demasiado ligeiros e doces para o meu gosto, mesmo com o uso do parmesão que dava, ocasionalmente, um toque mais salgado. Talvez a utilização de um caldo salgado mais intenso pudesse fazer o prato brilhar.



O Risotto de Trompetas com Vitela Crocante tinha 2 execuções de qualidade bastante distintas. Se de um lado estava um risotto cremoso, com o arroz cozinhado no ponto e extremamente guloso, do outro tínhamos uma fatia de vitela cozinhada durante 12 horas a baixa temperatura mas cujo tempo posterior na frigideira deixou a carne médio-bem e não surtindo o efeito crocante desejado.



A sobremesa é talvez o prato que precise de mais trabalho e afinação. O Crumble de Pêra com Zabaglione de Disaronno (a substituir o típico vinho Marsala usado) falhava na textura do crumble e, principalmente, no zabaglione. Uma sobremesa que necessitará de mais acidez para não se tornar tudo demasiado uniforme.



Não é possível avaliar esta refeição como se fosse uma refeição normal. Foi um jantar onde o chef aproveitou para experimentar algumas coisas com perfeita noção que teria que haver ainda mais trabalho. De certa forma, isto torna-se reconfortante porque havia aqui pratos já de si muito bons mas percebemos que o chef Miguel Castro e Silva almeja chegar sempre a um ponto que o satisfaça plenamente. E quando se trabalha com este objectivo, o resultado final será sempre bom!

Less by Miguel Castro e Silva
Lisboa, Portugal
Less by Miguel Castro e Silva Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Preço Médio: < 40 €
Data da Visita: 18 de Maio 2017