Mostrar mensagens com a etiqueta Salada. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Salada. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Fumeiro de Santa Catarina (Bica)

Este foi um daqueles restaurantes que desde o inicio me suscitou alguma curiosidade, muito pelo conceito que tentam implementar na sua ementa. Todos os pratos têm um elemento fumado, o que acaba por dar um toque diferenciador a todos eles... ou pelo menos tentar! Doses de tamanho reduzido para um, portanto sendo preferível abordar a refeição numa óptica de partilha e tentando experimentar o máximo de sabores possíveis. Aproveitar para destacar também o bom serviço e a excelente cadência com que os pratos foram chegando à mesa.
O primeiro prato a chegar, e até rápido demais, foram os Legumes Grelhados com Búfala, sendo servido a uma temperatura tépida, revelando uma preparação demasiado antecipada na preparação dos legumes.


Chegou depois a Sandes de Costela de Boi e Vinho do Porto, de onde esperava uma maior intensidade na carne. Melhora bastante, e dá vida ao prato, com os pickles e a maionese que vêm no prato.


Excelentes são as Batatas do Vovô! Chips perfeitamente fritas, sem qualquer excesso de gordura e bem temperadas. De tal forma viciantes que fomos obrigados a pedir uma segunda dose.


Também há pratos que aparecem em doses mais substanciais, como a Fumada Mista, composta por Salsicha, Entrecosto e Bife. Este último componente foi o que achei menos piada, ainda que não fosse mau. Faltava-lhe tempero, faltava-lhe reação de Maillard no exterior, faltava-lhe um sabor fumado que compensasse as falhas ditas. Já a Salsicha e o Entrecosto apresentaram-se saborosos, sem estarem secos e com algum sabor fumado mais intenso que em pratos anteriores.


Boa consistência nas Vieiras, Crocante de Enchidos e Alho Francês, com cada elemento a apresentar uma textura e um sabor bastante diferente, que acabava por se complementar bastante bem!


Para mim, o prato da noite foi a Salada de Rosbife Fumado com Rabanetes, que estranhamente foi um dos últimos pratos a chegar, ainda que seja servida à temperatura ambiente. Ainda assim, excelentes sabores, com o fumado a sobressair no rosbife e todos os restantes elementos perfeitamente balanceados.


O Bacalhau Confitado em Azeite revelou-se uma reinterpretação dos sabores clássicos do Bacalhau com Grão, sendo este último apresentado em forma de puré.


Ainda não tinha pedido nenhum dos pratos acima descritos e já tinha escolhido a sobremesa. Sonhos de Bacon?! Como assim? Não estranhem o uso de bacon na sobremesa. Não é a primeira vez que me deparo com isso e adorei as vezes anteriores (no LOCO - aqui - e no Volver - não publiquei nada sobre a refeição onde experimentei o seu Cheesecake Fumado mas é imperdível!).
Infelizmente, não esteve à altura das expectativas, com o uso do bacon a passar despercebido. Fora isso, bons sonhos, bem fritos e fofinhos.


Acho que o conceito pode ser ainda melhor explorado, mas a verdade é que gostei da comida, ainda que tivesse alguns altos e baixos, do espaço e do serviço!

Fumeiro de Santa Catarina
Lisboa, Portugal
Fumeiro de Santa Catarina Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Preço Médio: < 30 €
Data da Visita: 20 de Outubro 2018

sábado, 6 de outubro de 2018

As Ladras (Lisboa)

Duas irmãs decidiram largar os seus empregos e foram roubar ideias a culturas de todo o mundo para assim poder abrir o seu bistrô, As Ladras. O intuito é dar a conhecer influências da comida de todo o mundo, Portugal inclusive, a quem as visitar, mas sem perder a noção da excelência dos produtos portugueses, bem como da sua sazonalidade.
O espaço é bastante pequeno, ainda que tenha alguns lugares ao balcão, naturalmente o sítio mais interessante com visibilidade total para a cozinha e para o local onde toda a acção acontece. Visitei As Ladras no contexto de um Zomato Foodie Meetup, logo a ementa estava pré-definida, mas, sem ser excessivamente extensa, conseguiu juntar numa só mesa coisas como o exotismo latino de um Ceviche, ao frio soviético do Tártaro ou os aromas quentes e complexos do Caril. Existem ainda opções tão portuguesas como o Bife do Pojadouro, mostrando a versatilidade da cozinha destas irmãs.
Iniciámos as hostilidades com um simpático Couvert, composto por três pães de fermentação lenta, um belíssimo azeite transmontano Valle Madruga e uma óptima manteiga com alga nori!


Veio depois a Saladra (gostei do trocadilho no nome, confesso), uma salada com couscous, legumes assados, queijo feta, nozes, rúcula, tomate cherry e cebola roxa. Bem temperada, gostei bastante do valor acrescentado que os legumes assado trazem, bem como a forma como o feta parece temperar toda a salada com o seu sabor mais salgado.


O prato pelo qual tinha mais curiosidade era o Ceviche de Carapau com puré de batata doce. Infelizmente, foi o prato que achei que precisava de mais trabalho e atrevidão nos seus sabores. Faltava-lhe acidez para cortar com a riqueza do peixe e dar vida ao leche de tigre. O uso de Shishi-mi Togarashi, uma mistura de sete diferentes especiarias, no lugar da tradicional malagueta, é engraçada mas prefiro o sabor que a malagueta confere. Acompanhava ainda com um simpático puré de batata-doce, que seria perfeito para contrabalançar com os sabores mais fortes do ceviche, caso estes lá estivessem. Quanto à escolha do carapau, nada contra! Bem cortado, de excelente frescura e com a carne a aguentar bem este tipo de preparação.


Bastante melhor o Tártaro de Novilho! Excelente carne, bem cortada mas, principalmente, muito bem temperada! Nestes pratos é necessário ter mão e não termos medo de meter um pouco mais. Dar mais vida ao prato. Também temos de saber quando parar e encontrar aquele equilíbrio perfeito, mas é preferível um prato um pouco mais arriscado do que um prato que não nos provoca sensações. E este provocou, sem dúvida. Excelentes também as chips de batata-doce que acompanharam o tártaro.


Mas o mais impressionante ainda estava por vir. O fantástico, delicioso, aromático, equilibrado e extremamente viciante Caril de Frango! Que coisa maravilhosa, a sério! Infelizmente tive de partilhar mas fiquei com vontade de roubar o prato onde foi servido e apenas devolver quando não sobrasse gota alguma do seu molho. Pena não ser servido com arroz, para poder receber tal divindade numa taça, sendo usado batata-doce como "acompanhamento". Surpreendentemente fica muito bem, tornando-o facilmente no melhor prato da noite.


Para fechar a refeição, três boas sobremesas. Óptima Panna Cotta, com a sua textura a apresentar-se perfeita, sendo acompanhada com um bom topping de frutos vermelhos. A Mousse de Lima a não estar demasiado ácida, e com um excelente acrescento de amendoins moídos por cima. Também a Mousse de Chocolate tinha um elemento surpresa, que não irei aqui revelar. Qualquer uma das três sobremesas bastante seguras e bem executadas, com ligeiros toques que as fazem sobressair.


Um restaurante com uma ementa que se pode estranhar, pela diversidade que apresenta, mas que depois acaba por fazer algum sentido, pois apesar de ter muitos sabores que nos transportam para partes remotas do mundo, todos os pratos experimentados tinham algo de português, que une a ementa num único sentido.

As Ladras
Lisboa, Portugal
As Ladras Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Preço Médio: < 30 €
Data da Visita: 18 de Setembro 2018

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Cabana das Paixões (Carcavelos)

Verão é aquela altura do ano em que tudo o que me apetece é comer bom peixe grelhado, numa esplanada abrigada do sol, e bem acompanhado por um jarro de branco fresco. Apetece-me comida mais leve, apetece-me sabor a carvão e uma salada bem temperada para acompanhar o que quer que saia da grelha. Mas não me apetece pagar em excesso por estes pequenos prazeres da vida.
É uma discussão longa, onde se pode comer o melhor peixe na zona de Lisboa e arredores (vou excluir Ericeira, Sesimbra e Setúbal por estarem noutro campeonato), com muitos restaurantes realmente excelents mas onde os preços exorbitantes fazem-me questionar como é que pratos tão simples se conseguem tornar tão caros. Por isso, para estas ocasiões, a minha preferência recai sobre tascos, como o Último Porto (aqui), a Quitanda do Centro Náutico de Paço de Arcos (aqui), Casa do Mar (aqui), Vela Azul (aqui) ou esta Cabana das Paixões, localizada no Campo de Futebol do Grupo Sportivo de Carcavelos. Com muito sol, a esplanada abrigada desta cabana torna-se extremamente convidativa!
Boa Dourada Grelhada, ainda que prefira quando a mesma é grelhada inteira e não escalada, a não se apresentar seca (um risco maior quando o peixe é assim grelhado), demonstrando boa mão na grelha e no tempero.


Ainda que a dourada viesse com alguns legumes cozidos, pedi também uma Salada para acompanhar. Nada contra legumes cozidos, que podem ser maravilhosos, mas prefiro acompanhar grelhados (seja peixe ou carne) com uma simples salada de alface, tomate, cebola e pimentos! E eu que não gostava de pimentos há alguns anos atrás...


Terminei com um Pudim, de aspecto e sabor caseiro, sem grandes invenções! Um pouco na ordem de todo o restaurante, onde grupos de famílias e amigos se reúnem e se sentem em casa!


Simples, eficaz e a cumprir na perfeição o objectivo de me matar as saudades de bom peixe grelhado. Não foi o melhor peixe que já comi, mas achei a relação qualidade/preço justa e a comida num nível suficiente para me fazer regressar quando quiser algo descomplicado e barato nesta zona.

Cabana das Paixões
Carcavelos, Portugal
Cabana das Paixões Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Preço Médio: < 20 €
Data da Visita: 31 de Maio 2018

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Pimenta Malagueta (Amadora)

Os últimos anos têm sido bastante generosos no que à cena gastronómica da Amadora se refere. Disse-o quando fui a'O Quintal (aqui) e ao Happy Comida Caseira (aqui) e vou voltar a dizer, sem qualquer problema. Este Pimenta Malagueta vinha-me despertando a curiosidade há meses e meses, mas a oportunidade de o conhecer surgiu após um convite dos proprietários.
O registo em que se apresenta é bastante diferente dos restaurantes que já mencionei. Aqui entramos num local que nos faz lembrar um típico e confortável restaurante português, quase uma tasca. Não é uma tasca moderna, cheia de pormenores kitsch. É mesmo uma tasca, mas com um aspecto clean. 
Os clientes que aqui entram são recebidos entre sorrisos e palavras simpáticas, algo que é uma constante por toda a refeição como pudemos testemunhar. Existe uma genuína preocupação de que as pessoas se sintam bem e que comam bem! A casa aqui começa a ser feita por quem serve e por quem cozinha, que vem à mesa saber como estão as coisas. E vimos isto a ser feito também a outras mesas, daí percebermos que é algo realmente honesto.
A ementa reflecte influências claramente portuguesas, com comida aparentemente simples exceptuando alguns pratos que parecem mais trabalhados. Os preços são algo surpreendentes para alguns pratos, mas já volto a este ponto...
Começámos por atacar um bom Queijo de Ovelha Curado, que nos foi servido com o couvert. De salientar também a óptima manteiga de alho que nos foi servida e que barrámos generosamente em fatias de um simpático pão.



Até estávamos para passar as entradas à frente, mas a sugestão de um Folhado de Queijo de Cabra falou mais alto. Massa folhada num ponto perfeito, com um recheio de queijo de cabra, tomate e oregãos que faz todo o sentido. Para refrescar, uma salada bem temperada com apontamentos doces dados por morangos e uma fruta da época, a romã. Se o folhado cumpriu bastante bem e ficámos agradados com a sugestão, a salada que o acompanha foi uma boa surpresa. 



Apesar das influências portuguesas e do menu aparentemente simples, existem algumas pérolas que parecem meio perdidas, como este Polvo com Puré de Batata Doce, Grelos e Molho Romesco. Nota-se aqui uma evolução do simples restaurante de bairro, com um prato de alguns componentes mais invulgares, como é o caso do molho romesco, e um empratamento cuidado. Mas não é só o prato que é bonito, ou a dose que é bastante generosa. Os sabores apresentados são também muito bons, principalmente o romesco! Polvo cozinhado na perfeição, de textura macia, e uns grelos fantásticos. Dispensava o puré de batata e deliciava-me só com o polvo, os grelos e o molho.



Uma das imagens que mais vi, e que mais me fez salivar nos períodos antes desta visita, foi a de um bife com um aspecto divinal, banhado em molho e com uma malagueta por cima. Existem alguns bifes, podendo optar por vazia ou lombo. O lombo acaba por ser um corte que, devido à sua falta de gordura, não apresenta muito sabor, logo a escolha teve que recair pela vazia.
Fantástica peça de carne. Mesmo muito boa, bem temperada, cozinhada perfeitamente no ponto pedido (mal passada)! Bom molho, onde ia mergulhando o simples arroz branco para criar uma gulosa "pasta" de molho e arroz e umas excelentes batatas fritas, estaladiças qb. Ah, e voltando à questão do preço, este bife da vazia tem o custo de 9,80€, tornando-o num dos nacos de carne mais apetecíveis da cidade de Lisboa a meu ver.



As Farófias, servidas de uma forma muito pouco ortodoxa, a apresentarem uma óptima consistência mas o creme de ovo a levar-nos mais a pensar em arroz doce do que em farófias. Não é mau, visto que também gosto bastante de arroz doce, mas foi algo inesperado.



Excelentes sabores no Cheesecake com Doce de Morango, Framboesa, Gengibre e Lima, principalmente no que ao topping diz respeito. Bastante bem equilibrado entre a doçura e a acidez, ligando na perfeição com o creme e a base. Único problema foi a base não estar estaladiça, algo que aprecio nesta sobremesa para dar alguma textura à mesma.



Saí do Pimenta Malagueta com vontade de regressar muito em breve. Não só a ementa tem outros pratos apelativos por descobrir (vi passar pratos com óptimo aspecto para outras mesas) como me senti verdadeiramente bem lá. Ou então voltar quando simplesmente me apetecer um belo bife a bom preço.

Pimenta Malagueta
Rua 1º de Dezembro, 38A
Amadora, Portugal
Pimenta Malagueta Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Foodspotting
Facebook
Preço Médio: < 20 €
Data da Visita: 24 de Janeiro 2018

domingo, 14 de janeiro de 2018

A Loja dos Pastéis de Chaves (São João - Porto)

Não é assim tão fácil fazer refeições baratas, mesmo no Porto. Quer dizer, fácil é! Mas recai muitas vezes por hambúrgueres, pizzas, francesinhas, tostas ou afins. Nos primeiros tempos, até acabava por enjoar de pão, e comecei a frequentar sítios com outro tipo de oferta como a Tasquinha do Caco (aqui).
Um desses locais, paragem obrigatória pelo menos uma vez por semana, foi esta Loja dos Pastéis de Chaves. Nem tanto pelos pastéis, mas pelas boas saladas que apresentavam. Como era o caso da Salada de Salmão, escolha recorrente da minha parte, com a combinação entre salmão fumado e o queijo mozzarella a revelar-se bastante boa e as alcaparras a trazerem acidez e a refrescarem o palato entre dentadas.


Também a Salada FlaviÆ apresentava uma excelente combinação de ingredientes com o doce da maçã a combinar bem com os sabores mais intensos do presunto e do queijo feta. Pode-se escolher 3 bases diferentes (alface, alface e couscous, couscous) mas sempre achei que a mais consistente é a base mista bem como gosto da envolvência de texturas que o couscous e a alface dão.


Aquilo que achei mesmo mais fraco nesta "loja" foram os pastéis que são a cara da marca. Se a massa exterior se apresenta sempre estaladiça a verdade é que o interior é uma desilusão, com pastas secas e desinteressantes.


Vale pelas saladas, ainda que o seu tamanho seja inferior às da Tasquinha do Caco. Para as pessoas de maior apetite, como eu, uma taça de sopa antes da salada chega perfeitamente para ficar saciado.

A Loja dos Pastéis de Chaves
Porto, Portugal
A Loja dos Pastéis de Chaves Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Preço Médio: < 10 €
Data das Visitas: Agosto e Setembro

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Tasquinha do Caco (São João - Porto)

Trabalhar no Porto foi uma experiência muito boa, onde conheci pessoas fantásticas e onde acabei por ficar a adorar uma cidade que, até à data, pouco me dizia. Já lá tinha passado 2 ou 3 dias em férias mas não tinha achado piada. Desta vez foi diferente e comecei a perceber o encanto que o Porto tem bem como o das suas gentes.
Mas nem tudo são rosas e, se ao início parece que comer fora todos os dias parece fantástico (principalmente para alguém como eu), a verdade é que passado pouco tempo começamos a saturar-nos da falta de comida caseira, principalmente quando não queremos estoirar o orçamento diário todos os dias! Resta-nos as opções mais em conta como hamburguerias, pizzarias, francesinhas, sandes, etc. O que acaba por cansar ao fim de algum tempo acreditem! 
Um dos locais próximo do sítio onde estava a habitar, onde facilmente se comia com alguma qualidade por 10€, era a Tasquinha do Caco perto do Hospital de São João. Hambúrgueres e saladas a preços bastante simpáticos, num espaço constantemente apinhado de gente e um serviço decente ainda que não fantástico.
No início de cada refeição é-nos perguntado se desejamos o Couvert disponível, que se traduz tipicamente num bom Croquete de Espinafres e uma simpática Bolinha de Atum, ambos com boa fritura e cremosos.



A carta está recheada com alguns petiscos, tostas e saladas mas o maior destaque vai, como é lógico, para os hambúrgueres. Bastantes combinações já habituais nestas andanças, mas espaço ainda para uma ou outra mais invulgar, como é o caso do Hambúrguer Praia do Barril. Cada hambúrguer pode vir em pão de hambúrguer, bolo do caco (claro!), bolo do caco de alfarroba ou pão escandinavo, tal como as batatas de acompanhamento poderão ser batatas fritas normais, batatas-doce fritas ou noisette. 
Ponto positivo para a carne relativamente bem temperada e a inexistência de uma torre de ingredientes que ofusque tudo e mais alguma coisa ou impossibilite de comer os hambúrgueres à mão. O que impede mesmo de comer à mão é a pouca qualidade do pão e o facto de não se apresentar torrado, sendo que nunca consegui terminar todo um hambúrguer à mão, ainda que o tenha tentado sempre.


Texas (160gr Novilho, Molho Barbecue, Queijo Flamengo, Bacon e Ovo Estrelado)
Praia do Barril (160gr Atum Fresco com Hortelã e Manjericão, Alface, Maionese Agri-Doce, Queijo da Ilha)
New York (160gr Novilho, Alface, Bacon, Cebola Caramelizada em Cerveja Preta e Maionese de Alho)
Excelente opção, e até aquilo que acabei por comer mais regularmente aqui, são as saladas. Doses muito grandes e com uma óptima relação preço-quantidade. Depois de experimentadas as 3 opções, a minha escolha recaía inevitavelmente sobre a boa Salada de Queijo de Cabra e Nozes.


Queijo de Cabra e Nozes (Queijo de Cabra, Nozes, Presunto, Maçã Verde e Folhas Verdes)
Atum (Atum, Queijo da Ilha, Abacaxi, Cenoura, Ovo Cozido, Azeitonas e Folhas Verdes)
É das melhores opções para se almoçar ou jantar na zona do Hospital de São João, mais até pelas suas saladas que pelos hambúrgueres disponíveis.

Tasquinha do Caco
Porto, Portugal
Tasquinha do Caco Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Preço Médio: < 10 €

domingo, 30 de julho de 2017

Marginalíssimo (Paço de Arcos)

Sendo de Paço de Arcos, há muitos anos que ouço falar do Marginalíssimo e o seu fondue. Sempre proclamado como um sítio ideal para grupos poderem encher o bandulho com a especialidade da casa e beber à vontade, por um preço um pouco mais alto do que nos tradicionais jantares de grupo mas que compensaria porque "é fondue". A carne mais encontrada nos fondue é o lombo, por ser bastante macia ainda que perca no sabor (daí os molhos), o que torna impossível que um fondue possa ser barato devido ao preço por quilo do mesmo.
Situado na Avenida Marginal, em Paço de Arcos, é um restaurante meio escondido se não soubermos da sua existência pois confunde-se com as restantes habitações que ali existem, e com as limitações de estacionamento próximo que da localização advém. E o que se come no Marginalíssimo? Fondue e só fondue, ainda que possamos optar por Carne, Carne e Camarão ou Peixe. Isto sempre contemplando entradas (pão, tostas, paté de atum, azeitonas e manteiga de chouriço), o fondue à discrição e respectivos acompanhamentos (batata frita, salada, fruta e molhos), sobremesa (profiteroles), bebidas (sangria branca e tinta, vinho branco e tinto da casa, cervejas, refrigerantes e águas), também ela à discrição, e café. Ou seja, tendo em conta que o fondue mais caro são 25€/pax e inclui tudo isto, até considero o preço justo!



Fiz a reserva da mesa pelo The Fork mas, apesar de ter recebido o email e o SMS de confirmação da mesa, quando cheguei ao restaurante não tinham informação da minha reserva. Felizmente havia mesas disponíveis porque, caso contrário, poderia ter-se tornado numa situação bastante desagradável.
As entradas são simpáticas mas parecem estar lá claramente para encher o estômago dos comensais para que haja menos espaço para o prato principal (e aquele com maior food cost). O destaque é a manteiga de chouriço que sempre dá algum prazer ao comer.



O destaque do fondue não vai só para a carne. As batatas fritas que acompanham são muito boas, com a sua fritura perfeita, bem temperadas e muito (muito!!!!!) viciantes. A salada foi-me de tal forma desinteressante que não lhe toquei, mas a forma como é servida não ajuda a misturar tudo acabando algumas das coisas no prato por cair para a mesa, mas está lá para cumprir o propósito de ir cortando tanta gordura que estamos a ingerir. Melhor a fruta, servida com o mesmo propósito. Os molhos são bons mas não há nenhum que sobressaia.





A carne apresenta qualidade e chega bem temperada à mesa, nuns cubos grandes que permitem que se controle melhor a temperatura a que queremos que eles fiquem. Se fossem demasiado pequenos, cozinhariam depressa demais, por isso prefiro que se opte por um corte maior para que possa continuar a comer a carne mal passada! A única coisa que não inspirou muita confiança foi o fondue em si, com o pote (da 1ª foto deste texto) a estar tão periclitantemente equilibrado que tive sempre algum receio que caísse. Felizmente, isso não aconteceu e pude desfrutar da minha refeição com uma gula imensa.



Os profiteroles de sobremesa são perfeitamente banais e mal lhes toquei. Aconselho-vos a não deixarem espaço para os profiteroles e continuarem a encher a barriga de carne e batatas!
O serviço do Marginalíssimo não é fantástico, parecendo estar escondido demasiadas vezes ainda que seja simpático e prestável, levando a alguma logística de antecipar o que vamos querer para que possamos pedir assim que ponhamos a vista na pessoa (na noite em que fui só vi uma pessoa a atender às mesas).
Gostei da experiência do Marginalíssimo, e saí de lá satisfeito, com o único inconveniente de sair de lá a cheirar a fritos. Por muito que as janelas possam estar abertas, ter todas as mesas a consumir óleo acaba por criar um cheio que penetra em todas as nossas roupas. 

Marginalíssimo
Paço de Arcos, Portugal
Marginalíssimo Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Preço Médio: < 30 €
Data da Visita: 14 de Agosto 2016

quarta-feira, 19 de julho de 2017

La Paradeta - Passeig de Gràcia (Barcelona)

Um dos muitos sítios que me recomendaram em Barcelona (e, mais uma vez, obrigado a todos os que me deram recomendações) foi o La Paradeta do bairro de Born. Claro que todas as recomendações acabaram por levar alguma pesquisa da minha parte, até para conseguir obter informações de datas de encerramento, preços, etc. Foi nesse momento que cheguei à conclusão que este La Paradeta tem 7 restaurantes espalhados por toda a zona de Barcelona e apresenta um conceito muito engraçado.
O que mais me atraiu nestes restaurantes foi, sem dúvida, o seu conceito. Estamos perante uma marisqueira self-service, com bons níveis de crítica pelas plataformas habituais (TripAdvisor e Yelp) e que parece apresentar uma relação qualidade-preço bastante apelativa. Apesar de não ter conseguido ir à de Born, visitei a que se encontra perto do Passeig de Gràcia, zona onde estava hospedado.
Quando digo que é uma marisqueira self-service, é mesmo a sério. Entramos e deparamo-nos com uma montra de peixe e marisco fresco, quase tudo com excelente aspecto (apenas a peça de atum que lá estava não convenceu). Daí, escolhemos o que queremos e o seu modo de confecção, dentro das possibilidades existentes, sendo que as opções estão limitadas (normalmente) a 1 ou 2 métodos de confecção pré-definidos. Os produtos escolhidos são pesados, é anotada a confecção, dão-nos um recibo com um número e as nossas escolhas são encaminhadas para a cozinha enquanto nós passamos para a 2ª fase. Ao balcão, e já com um tabuleiro, escolhemos o que queremos beber e pagamos. A seguir, vamos para a sala, bem decorada com apontamentos marítimos, e escolhemos uma mesa das que estiverem livres. Recomendo que escolham uma mesa que seja próxima da cozinha... já vão perceber porquê.
Lembram-se do recibo com um número que recebemos? Pois bem, este é o número que identifica o nosso pedido e que será comunicado pelos altifalantes para que possamos ir recolher a nossa comida. Este processo é feito item a item, logo este recibo tem que ser guardado até que todos os itens pedidos sejam riscados no recibo. A nossa escolha da mesa já foi a considerar esta logística logo ficámos na mesa mais próxima da janela para que este processo fosse o mais rápido possível.
O primeiro item a chegar à mesa foi uma Salada bastante grande (mesmo!), simpática, com tempero à parte, para ser ajustada pelos comensais, mas sem grandes apontamentos. A única questão menos boa, e algo questionável, foi a introdução do que nos pareceu casca de laranja, dando um sabor estranho ao prato. Acabou por servir bem o seu propósito de acompanhar o marisco ao longo de toda a refeição e cortando alguns sabores mais fortes.



Depois da exorbitância paga no Tapas 24 (aqui), foi de forma algo relutante que avançámos para as Puntillitas, ou Chipirones, "a la Andaluza" (fritos). Mas, aqui, o preço dos Chipirones ao quilo é mais baixo do que uma dose no Tapas 24! Existiria assim uma substancial diferença de qualidade? Não, nem por isso, pois também estes estavam bastante bem fritos. Os do Tapas 24 achei melhor temperados mas nada que justificasse a diferença abismal de preços.



Também nos fritos, escolhemos uma única lula, que foi rapidamente transformada nos famosíssimos calamares. Consistente a qualidade da fritura com este exemplar a apresentar-se ainda bastante macio.



Para terminar esta secção de fritos, uma (semi) novidade para mim, Chanquetes! Em Sevilha tinha experimentado um prato onde incluía estes minúsculos peixinhos fritos (aqui), desta vez experimentei-os numa prestação a solo. Devido à sua pequena estatura a verdade é que absorveram em excessivo o sabor do óleo, não apresentando nenhum sabor muito acentuado para além deste. Muito menos deslumbrante que a Chanquetada experimentada mas ainda assim simpático.



No campo das miniaturas, mas fugindo aos fritos, há também disponíveis Pulpitos, pequenos polvos, que aqui foram cozinhados "a la Plancha", ou seja, na chapa. Não sendo particularmente intensos no seu sabor, ficam bastante melhores quando levemente molhados no molho de ervas que estava presente no prato.



A única "desilusão" da noite foram as Gambas a la Plancha. Ainda que cozinhadas no ponto certo, esperava sabores mais acentuada, tendo as mesmas sido apenas levemente grelhadas na grelha sem grande mão no que a temperos refere. Ainda que o molho de ervas, o mesmo dos polvos, ajudasse um pouco, não se tornou nada de memorável.




No final, resta juntar os pratos todos e entregar numa janela específica para a recolha de loiça suja. Como vêem, a ausência de grande logística de empregados de sala ajuda a baixar os preços, tornando os preços desta marisqueira bastante competitivos e mais baixos do que a realidade da maior parte dos lugares. Claro que se optarmos por marisco mais "nobre" o preço poderá subir bastante mas é um local fantástico para comer bons petiscos marítimos a preços bastante justos.

La Paradeta
Carrer del Consell de Cent, 318
Barcelona, Espanha
Foodspotting
Facebook
Site
Preço Médio: < 20 €
Data da Visita: 20 de Junho 2017