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quarta-feira, 25 de julho de 2018

Stuppendo Sushi Bar / Momentum Sushi Bar (Paço de Arcos)

O primeiro contacto que tive com o Momentum Sushi (que entretanto virou Stuppendo Sushi Bar) não foi o melhor (aqui). A vontade de conhecer este outro espaço do grupo (na Quinta da Fonte) nem era muita, mas alguns comentários que fui recebendo convenceram-me a dar uma oportunidade. E ainda bem que o fiz.
Senti que a qualidade entre os espaços é abismal. Talvez a medíocre experiência, com sabor a centro comercial, tenha baixado de tal forma as expectativas que a surpresa tenha sido maior. O espaço também é algo descaracterizado e manteve-se maioritariamente vazio durante toda a noite, num jantar a meio da semana, mas acredito que seja mais pela localização do restaurante (dentro de um pólo empresarial) e não pela qualidade do que é servido.
Um ponto que me deixou meio dividido foi o serviço. Extremamente informado, explicando cada prato do extenso Menu de Degustação do Chef Especial com bastante detalhe (tanto que não consegui decorar tudo!) mas com uma simpática arrogância que se foi suavizando ao longo da noite acabando por deixar uma boa impressão mas marcando uma forte primeira posição que pode não ser a mais confortável para todos.
O menu de degustação especial é uma enxurrada de comida tal que apenas não sobrou nada porque estavam duas pessoas de apetite saudável à mesa (vá, uma era um bocado alarve... não vou dizer quem!). Claro que este banquete também se paga (e bem), por isso, caso não tenham apetite para devorar 7 entradas, 1 combinado de sushi de mais de 40 peças e 4 gunkans especiais, existe uma opção mais comedida.
Para não me alongar em demasia (vou tentar com que estes devaneios sejam cada vez mais concisos e objectivos) é de referir que o ponto alto da refeição não foi o sushi, mas sim as várias entradas que o precederam, onde quase todos os pratos superaram as expectativas. Apenas o Tataki de Atum com Cogumelos Shiitake e Cebola Frita deixou um pouco a desejar pela temperatura (fria) a que foi servido.

Tempura
Tataki de Atum, Cogumelos Shiitake, Cebola Frita
Camarão e Rúcula
Usuzukuri
Soft Shell Crab Uramaki
Gunkan Salmão, Vieira, Ikura
Tártaro de Salmão
A expectativa para o combinado era grande mas, apesar da variedade e qualidade aceitável do peixe servido, deixou um pouco a desejar. É sushi de fusão, e não naquele excesso de molho que muitas vezes encontramos mas acabou por ser pouco surpreendente.


Como "sobremesa", chegaram ainda os gunkans que são imagem de marca da casa (e que já tinha experimentado no Taguspark). Boa concretização mas peças demasiado pesadas para o fim de uma refeição tão longa. Sim, é suposto uma refeição de sushi começar nos sabores mais leves e terminar nos mais fortes mas a sensação de ter o estômago a rebentar acaba por prejudicar a experiência.

Gunkan de Picanha
Gunkan de Salmão e Pistáchio
Uma experiência diferente e que surpreende pelos seus primeiros momentos, ficando aquém no momento que deveria ser a apoteose da refeição. Ainda assim, a opinião final é positiva quanto à qualidade da comida, ainda que os preços pareçam um pouco desenquadrados para o contexto.

P.S: Desculpem a longa ausência, mas andava com pouca disponibilidade para escrever. Tentarei que haja uma maior regularidade nos próximos tempos, mas não prometo nada!
Entretanto podem seguir-me no Instagram (aqui) onde vou deixando pequenos resumos rápidos das refeições que vou fazendo!

Momentum Sushi Bar
Edifício Holmes Place - Quinta da Fonte
Paço de Arcos, Portugal
Momentum Sushi Bar by Chef Gerardo Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
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Preço Médio: < 40 €
Data da Visita: 14 de Março 2018

segunda-feira, 12 de março de 2018

Momentum Sushi Exclusivo (Porto Salvo)

Fui até ao Núcleo Central do Taguspark com o intuito de ir almoçar. Não fazia isto há muitos anos, já que nunca achei que a oferta existente fosse algo por aí além, excepto quando existiu um Faustino II (já falei do Faustino aqui). Até que, recentemente, abriu o Panorâmico by Marlene Vieira, chef com food corner no Time Out Mercado da Ribeira e sobre o qual já falei (aqui). Não é pela experiência do food corner ter corrido mal que deixo de ter curiosidade quanto à cozinha de Marlene Vieira!
Mas, a caminho do restaurante, deparámo-nos com uma novidade (pelo menos, para nós). Existia um restaurante de sushi, meio fast food, que nunca tínhamos visto. Espreitámos e os nossos apetites mudaram e acabámos por entrar no Momentum Sushi. Filosofia de pedido bastante parecida com a de um food court, onde fazemos o pedido, pagamos, recebemos as bebidas e vamos sentar-nos à espera que o pedido seja completo nos seja trazido à mesa.
O Menu de Degustação inclui 18 peças de sushi, temaki ou yakisoba e 1 bebida (ao qual eu não sei porque lhe dão esse nome, pois parece-me estar muito longe do que um menu de degustação deve ser). Sendo a escolha mais substancial (já vos disse que sou uma pessoa de muito alimento!), claro que foi esta a minha opção, optando por um Temaki de Atum e Manga. Atum fraquinho, manga demasiado verde, alga mal trabalhada e arroz médio.



O Combinado do menu não é nada mau, se tivermos em conta que o restaurante se parece com um qualquer balcão de centro comercial! Três variedades de peixe, ainda que o dominante seja o salmão (como é, infelizmente, habitual), com o peixe branco a ser usado em apenas um nigiri e o atum braseado a estar terrível! Já as peças de salmão, mesmo sem apresentarem níveis criativos fantásticos, não se encontravam mal executadas e satisfizeram o meu apetite.





18 peças e um temaki não era suficiente para mim (não me julguem dessa forma, ok?!), e claramente as pessoas do restaurante acharam o mesmo pois trouxeram para a mesa uma oferta do chef na forma de um Gunkan de Salmão e Pistáchio, uma especialidade da casa e uma combinação que funciona estranhamente bem, mesmo com o uso de um queijo que não me pareceu Philadelphia (ou algo do género).




Mesmo com o restaurante praticamente vazio, o serviço conseguiu esquecer-se dos Gunkanha que tinha pedido. E o que é um gunkanha? É um gunkan feito com picanha! A picanha é ainda braseada com maçarico e leva um topping de cebola crocante. Muito bom mas seria interessante ver o topping a usar pedaços perfeitamente caramelizados da gordura da picanha no lugar de pequenos cubos de carne.




Não conhecia este Momentum Sushi mas não fiquei de todo desagradado com o que provei, principalmente tendo em conta o conceito "food cornesco". A curiosidade levou-me a descobrir que existe também um Momentum Sushi na Quinta da Fonte, cujo menu e reviews parecem bem mais interessantes.

Momentum Sushi Exclusivo
Porto Salvo, Portugal
Momentum Sushi Executivo Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Preço Médio: < 20 €
Data da Visita: 9 de Outubro 2017

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Sushi D'Art (Tavira)

Não me recordo de Tavira ter um restaurante de sushi antes deste Sushi D'Art. Estarei, muito provavelmente, enganado mas é estranho que, no meio daquele boom de sushi que houve há uns anos, nenhum local tenha aberto no centro da cidade. 
Próximo da Câmara Municipal de Tavira abriu, no final de 2017, aquilo que faltava à cidade. Com uma carta bastante simples, o Sushi D'Art tenta trazer uma vertente de fusão ao sushi que serve, ainda que nem sempre bem conseguida. 
Começamos com um Ceviche, de atum e salmão, decente mas a faltar-lhe acidez e atum de maior qualidade. A chave num bom ceviche é o leche de tigre, aquele suco essencial à vida com toques ácidos e picantes que transformam qualquer peixe em que toque numa maravilha da gastronomia. Dose bastante generosa, principalmente quando se considera o preço marcado no menu (3,90€) e que acho ter sido o preço cobrado! De destacar a boa apresentação, que foi uma constante em todos os pratos, mas afinal estamos perante arte, e não apenas sushi.


O melhor que comi em toda a refeição foi algo que não está sequer na ementa, mas cujo serviço fez questão de mencionar, e ainda bem. O Ebi Tempura do Sushi D'Art é servido com amêndoa e é um prato completamente viciante. O molho em que está envolvido é de tal forma guloso que damos por nós a atacar os camarões violentamente com as mãos para depois podermos lamber cada gota que tenha ficado agarrada nas nossas mãos.


Terminámos com um combinado Asahi (20 peças) onde o melhor aspecto foi a apresentação. Mesmo que o truque do gelo seco já não seja algo que impressione, não deixa de ficar bem quando a apresentação do sashimi do combinado é feito sobre uma pedra de gelo. Peixe de boa qualidade, mas foi pedido que não fosse incluído atum. Já não era a primeira visita da pessoa com quem estava e ela não tinha ficado de toda agradada com o atum que tinha experimentado da primeira vez. Pelo que serviram no ceviche, consegue-se perceber porquê.


Os rolos que vieram, de quatro variedades diferentes, não estiveram num mau nível mas acabam por ficar marcados pela negativa. A execução de todos era bastante decente, o arroz de um nível aceitável mas um dos rolos era excessivamente doce. Soube-me a torradas com doce de morango, e isso é um problema muito grande quando não estou a comer torradas com doce de morango mas sim sushi! É suposto aperceber-me da qualidade do arroz e do peixe, e não ter a boca inundada pelo adocicado doce...


É um restaurante que aparenta ter potencial caso se deixem de (con)fusões. Alguma curiosidade para o Menu de Degustação (45€) que apresentam na ementa. Pelo valor, a expectativa será claramente alta e tem de estar a um nível bem superior do que experimentei neste solarengo almoço de Janeiro, na pequena mas simpática do Sushi D'Art.

Sushi D'Art
Tavira, Portugal
Preço Médio: < 30 €
Data da Visita: 21 de Janeiro 2018

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Dear Breakfast (São Bento)

Brunch! Uma refeição que teima em sair da moda. E, aqui entre nós, ainda bem! É bom haver locais que se preocupem com o tipo de refeição capaz de curar aquela leve ressaca, resultante dos excessos da noite anterior. Quem nunca acordou, depois de uma noite de alguns copos, a apetecer-lhe a riqueza de uns bons ovos mexidos ou escalfados? A tentação de um perfeito croissant barrado generosamente com uma gulosa manteiga? Ou então apenas por pura gula, sem qualquer excesso prévio? Não? Ninguém? Só eu?!
Felizmente parece que a moda veio para ficar e continuam a abrir casas dedicadas única e exclusivamente a este tipo de refeição, como este Dear Breakfast, onde o francês Julien Garrec decide dar à cidade de Lisboa uma ementa virada maioritariamente para os ovos, das mais diversas formas e feitios!
Não foi após uma noite de excessos mas acordei com a gula de quem quer a decadência de comer uns ovos escalfados, preferencialmente inundados em molho holandês. E, tendo já ouvido falar deste local, lá me dirigi para aproveitar a única mesa livre que ainda restava por volta do meio dia.
No Dear Breakfast podemos escolher à carta, com muitos e apelativos pratos de ovo (com influências de todo o mundo), ou optar por um dos dois menus existentes. O de Pequeno Almoço (14€) inclui Tostas, Doce, Manteiga, Croissant, 2 Ovos de qualquer estilo, Chá ou Café e uma opção entre Sumo de Laranja, Smoothie ou Salada de fruta. O de Brunch (18€) engloba as mesmas Tostas, Doce, Manteiga, Croissant mas permite escolher um dos pratos de Ovos disponível, bem como bebida à discrição, entre uma das 3 disponíveis (Bloody Mary, Mimosa ou Sumo de Laranja).
A escolha do prato era relativamente óbvia pois ia com um apetite específico para algo que se assemelhasse a um benedict, acabando a escolha por recair sobre os Ovos Royal, com um excelente pão brioche torrado, salmão fumado, 2 ovos perfeitamente escalfados e um molho holandês de bradar aos ceús! Tudo, mesmo tudo, perfeito! Daí a entrada fácil no top dos melhores pratos que comi em 2017 (aqui).



Excelente o croissant que veio para a mesa, com o exterior estaladiço e um interior aveludado em cada camada, que se torna ainda melhor com a utilização generosa da boa manteiga servida, ou do simpático doce de frutos vermelhos. Nota menos para as torradas de pão integral, a serem algo banais.



Como não tinha sido uma noite de excessos, decidi deixar vir ao de cima a diva do Sexo e a Cidade que há em mim e pedir a mimosa, uma simples combinação de espumante e sumo de laranja. Fantástico aqui o serviço a aperceber-se de quando o meu primeiro copo terminou e a prontificar-se a trazer um segundo, tentando garantir que usufruía o melhor possível da bebida à discrição.



Sim, os brunches estão na moda, ainda que nem todos sejam propriamente opções baratas. Facilmente se gastam perto de 20€ por alguns ovos e pão, mas se forem ovos como estes certamente valem a pena!

Dear Breakfast
Lisboa, Portugal
Dear Breakfast  Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Site
Preço Médio: < 20 €
Data da Visita: 23 de Setembro de 2017

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Saikō (Campo Pequeno)

Não sabia bem o que esperar deste convite para ir conhecer o Saiko Campo Pequeno. A sua abertura criou bastante curiosidade. Seria este um espaço réplica do Estoril (de que já falei aqui)? Só isso já é sinónimo de muita qualidade e o melhor sushi de fusão que a cidade de Lisboa já testemunhou! Mas uma cópia exacta não seria o suficiente para me fazer deslocar propositadamente até Lisboa, já que o Estoril é mais prático para mim.
Até que, em conversa com a pessoa que me convidou, percebi que a carta tinha também evoluído, sempre com a consultoria do chef Péricles Lacerda (que acompanho desde os tempos do Tamagoshi). As condições são outras e é natural que exista esta evolução mas tinha que lá ir para experimentar e verificar isto por mim próprio.


O Couvert é muito semelhante ao que já tinha experimentado anteriormente e continua delicioso. Aquelas folhas de endívia deixam-me sempre rendido.


Já tinha visto este tipo de pratos várias vezes mas, vá se lá saber porquê, nunca tinha tido a curiosidade de o experimentar. Felizmente nesta noite a ementa não foi escolhida por nós, e este Nasu Dengaku é a primeira entrada que nos chega à mesa. Um prato delicado, com a beringela a ser simplesmente glaceada com o molho dengaku (um molho à base de miso), o que lhe dá uns excelentes toques salgados e adocicados.


O Kimuchi Moriawase é um contraste de sabores grandes, com os vários peixes perfeitamente envolvidos no molho ligeiramente picante, mas que se balanceia perfeitamente com a acidez do sunomono, a cama de pickles de pepino que estava no fundo do prato. Qualquer um dos três peixes (salmão, atum e peixe branco - que não me recordo qual era neste dia) de uma frescura exemplar e ajudados ainda pelo molho ponzu, que lhe confere acidez e doçura.


Como já conhecia a casa do Estoril, adaptaram o menu que me foi servido, dando-me a conhecer vários pratos novos, com maior incidência nos pratos quentes. Daí esta ter sido uma refeição com pouco sushi, mas ainda assim excelente, como foi caso deste Maguro Chili! É nestes pormenores que o sushi do Saiko está a anos luz da maior parte das fusões manhosas que por aí se vê. Não é preciso molhos que disfarcem e tapem completamente os restantes sabores. É preciso saber combinar as coisas para que se enalteçam os ingredientes. Neste caso, excelente uso de sriracha, que combina lindamente com o atum, e a piada de ter no exterior massago arare (pequenas pérolas de arroz crocante) a complementar o arroz do sushi.


Chegamos aos pratos que diferenciam as duas casas, com uma aposta maior nos pratos quentes japoneses neste novo espaço, muito devido às melhores condições da cozinha aqui existente. A Ebi Soba é um prato que faz, por si só, uma refeição consistente. Boa massa de trigo sarraceno, excelente ovo com a gema ainda meio líquida, os legumes e algas cozidos ainda com aquela ligeira resistência à dentada, só para dar textura... mas tudo ficou meio ofuscado pelo óptimo caldo e pelo fantástico camarão panado! Só tive pena que não houvesse mais camarões porque estava verdadeiramente viciante.


Por falar em viciante, a Yaki Hotate, uma espetada de vieiras (que pareciam zamburinhas tão pequenas eram) com cogumelos shitake, foi uma verdadeira surpresa. A mostrar, uma vez mais, uma das novas possibilidades da nova cozinha, com a introdução de pratos yakitori na ementa. Concretização fantástica, com a vieira cozinhada na perfeição e a ligar bastante bem com a intensidade dos shitake, tendo os sabores sido ainda balanceados pela adição do molho tarê.


Assim tinha acabado o menu de pratos que estava definido mas, sendo a primeira vez que a minha companhia visita um Saikō, não podia deixar que saísse do restaurante sem experimentar aquele que é o meu prato favorito, o Gunkan Egg. É a perfeição num gunkan só, com a gema a explodir-nos na boca e a desencadear pequenos gemidos de prazer.


As sobremesas chegaram em forma de Pijaminha, com algumas já bem conhecidas da minha parte, mas que não desiludiram em nada, havendo-as para todos os gostos. Excelente gelado de sésamo (Goma Aisukurïmu), com uma profundidade de sabores que não esperava. Menos fantástico, mas ainda assim bom, o gelado de chá verde. Voltamos ao campo do excelente com o Ryôri de Lima, parecido com um cheesecake mas feito com natas, e o Müsu de Maracujá! Excelentes as texturas e os sabores.
A Mousse de Chocolate foi alvo de grandes elogios por parte da minha companhia, dizendo que a fazia lembrar da mousse da mãe dela. Que maior elogio existe quando o que estamos a comer nos traz à memória momentos familiares? 
As duas versões de cheesecake (Chizukeki Saikō), apresentados sem uma base fixa mas sim bolacha esfarelada espalhada à volta, de uma textura aveludada fantástica e com óptimos toppings.


O Saikō continua memorável e continua a superar-se a si próprio. Esta ambição é de louvar e esperemos que não fique por aqui! A minha dificuldade agora vai ser escolher entre o Estoril e o Campo Pequeno!

Saikō Campo Pequeno
Praça do Campo Pequeno, 602
Lisboa, Portugal
Saikō Campo Pequeno Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
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Preço Médio: < 50 €
Data da Visita: 23 de Janeiro 2018

domingo, 14 de janeiro de 2018

A Loja dos Pastéis de Chaves (São João - Porto)

Não é assim tão fácil fazer refeições baratas, mesmo no Porto. Quer dizer, fácil é! Mas recai muitas vezes por hambúrgueres, pizzas, francesinhas, tostas ou afins. Nos primeiros tempos, até acabava por enjoar de pão, e comecei a frequentar sítios com outro tipo de oferta como a Tasquinha do Caco (aqui).
Um desses locais, paragem obrigatória pelo menos uma vez por semana, foi esta Loja dos Pastéis de Chaves. Nem tanto pelos pastéis, mas pelas boas saladas que apresentavam. Como era o caso da Salada de Salmão, escolha recorrente da minha parte, com a combinação entre salmão fumado e o queijo mozzarella a revelar-se bastante boa e as alcaparras a trazerem acidez e a refrescarem o palato entre dentadas.


Também a Salada FlaviÆ apresentava uma excelente combinação de ingredientes com o doce da maçã a combinar bem com os sabores mais intensos do presunto e do queijo feta. Pode-se escolher 3 bases diferentes (alface, alface e couscous, couscous) mas sempre achei que a mais consistente é a base mista bem como gosto da envolvência de texturas que o couscous e a alface dão.


Aquilo que achei mesmo mais fraco nesta "loja" foram os pastéis que são a cara da marca. Se a massa exterior se apresenta sempre estaladiça a verdade é que o interior é uma desilusão, com pastas secas e desinteressantes.


Vale pelas saladas, ainda que o seu tamanho seja inferior às da Tasquinha do Caco. Para as pessoas de maior apetite, como eu, uma taça de sopa antes da salada chega perfeitamente para ficar saciado.

A Loja dos Pastéis de Chaves
Porto, Portugal
A Loja dos Pastéis de Chaves Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Preço Médio: < 10 €
Data das Visitas: Agosto e Setembro

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Ori Gin (Porto)

Com a mudança para o Porto em trabalho, que entretanto já terminou e já estou de regresso a Lisboa, decidi subscrever ao serviço Zomato Gold (sobre o qual já falei aqui). A necessidade de estar constantemente a almoçar e jantar fora levou-me a subscrever directamente a opção de 12 meses e, deixem-me que vos diga, em 4 meses já tinha pago o valor da subscrição! A subscrição mais longa acaba por compensar, principalmente se conseguirmos arranjar um código promocional. Caso queiram, podem usar o código DEVANE e terão 25% de desconto na vossa subscrição.
Tudo isto para dizer que a escolha do Ori Gin deveu-se a dois simples factores: vontade de comer sushi e ter Zomato Gold! O espaço em si é bastante normal mas a carta é algo estranha. O conceito parece ser virado para o sushi e o gin, duas coisas tão em voga, mas depois há várias opções de pastelaria e de tostas que parecem algo desenquadradas ali.
Iniciámos a refeição com o Sunomono, uma entrada simples de cenoura e pepino em pickle, que ajuda a limpar um pouco o palato para o está para vir.


Dividiu-se depois o combinado Freestyle de 30 peças, com o intuito de ver o que haveria de criatividade no sushiman do Ori Gin. Primeiro ponto bastante positivo, e que nota uma atenção extra que nem todos os restaurantes têm, o número de peças no combinado, sendo que havia pelo menos duas peças de cada tipo no prato, excepção feita ao sashimi que vinha em número ímpar. Não achei as peças especialmente criativas, havendo até um certo exagero desnecessário no uso de frutas, ainda que estivessem decentemente executadas. Não fiquei tão deslumbrado com o arroz, nalgumas peças a revelar-se demasiado compacto, ou com a qualidade do atum do combinado.


Algo que já não pareceu acontecer no Mix Sashimi, onde as fatias de atum já aparentavam ser de uma qualidade superior à servida no combinado. Mais um destaque positivo para o serviço que, num prato anunciado com cinco fatias, decidiu incluir mais uma para que houvesse um número par de fatias.


Para aconchegar o estômago um Temaki, onde a alga precisava de ser um pouco mais trabalhada para poder tornar-se mais quebrável. Ao recheio, deixado ao critério de quem fez a peça, não tenho nada de negativo a apontar.


Por ser perto do meu local de trabalho acabei por também visitar o Ori Gin ao almoço. De destacar, mais uma vez, a atenção dada aos pratos combinados com o Freestyle de 20 peças a trazer várias peças individuais, pois não seria para dividir! Quanto à execução, tanto do combinado como do Temaki com que (desta vez) iniciei a refeição, manteve-se consistente com a visita anterior e, consequentemente, com o que escrevi nos parágrafos acima.



Não sendo fantástico, o Ori Gin cumpre bem o papel de matar todo e qualquer bichinho de sushi que possamos ter, a um preço aceitável!

Ori Gin
Porto, Portugal
Ori Gin Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Preço Médio: < 30 €
Data das Visitas: Agosto e Outubro 2017

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Sushiway (Parede)

Não sei há quanto tempo existe este restaurante na Parede, mas tenho ideia de já o ver lá há uns anos. A curiosidade nunca tinha sido grande, a fama não era a suficiente para me suscitar curiosidade, as palavras lidas pelas internets eram poucas ou inexistentes e, mesmo com a chegada da Zomato, nunca olhei para este restaurante como uma opção interessante. Até ao dia em que estava na zona e apetecia sushi, criando-se assim a oportunidade ideal para conhecer o espaço e um sushi que até tem umas reviews positivas.
O Sushiway é bastante conhecido pelo seu Festival de Sushi, um serviço em que nos deixamos entregues nas mãos do sushiman para um Hot Roll + Sushi to Sashimi variado (até um máximo de 30 peças por pessoa) por um valor inferior a 20€/pax. Ando cada vez mais desiludido com este tipo de serviço, em que nos deixamos ir nas mãos dos responsáveis pela cozinha por um preço apelativo. 
Aqui decidi escolher à carta, sabendo que isso ficaria mais caro, mas tendo eu a liberdade de escolher o que quiser comer. Ainda que isso não tenha ficado muito longe do que é o Festival de Sushi... mas aí a culpa já é minha.
Começámos a refeição com uma Sopa Miso Shitake irrepreensível, onde se notava a profundidade do caldo, reconfortando o estômago com todo o umami lá presente. Excelente início de refeição e a colocar as expectativas altas.



Também muito bom o Hot Ebi Roll que está incluído no Combinado Sushiway de 38 peças. Exterior perfeitamente frito, sem um pingo de gordura a mais, com um nível de criatividade médio mas de boa execução.



Mas o principal, as 30 peças restantes do combinado, foram uma desilusão! A qualidade do atum deixa muito a desejar, principalmente nas fatias de atum braseado que serviram. Felizmente o salmão já era decente, mas a variedade de peixe acabava aqui! Tanto os uramaki como os gunkans eram simplesmente banais. Tirando um rolo com um bom apontamento de feijão verde em tempura, tudo o resto roçava a mediocridade. O arroz era medíocre, a creatividade idem (algo essencial se querem fazer sushi de fusão) e a execução não fugia à regra.



No outro dia visitei um Sakura, e a conversa fluiu para o facto de já ter ficado bem melhor impressionado com o Sakura do que naquele momento. Mas na altura em que ficava impressionado, era uma altura em que os meus padrões de qualidade ainda se estavam a descobrir. Aliás, nunca param de se descobrir! Mas, tal como o tempo é irreversível, também aquilo que para mim ontem era bom sushi, hoje pode já não o ser por ter conhecido algo melhor. E, tal como no tempo, quando isso acontece é impossível voltar atrás. Talvez houvesse um tempo em que poderia achar o sushi do Sushiway alguma coisa boa e inovadora, mas hoje, acho-o só medíocre e banal. Excepto a sopa! A sopa era mesmo muito boa!

Sushiway
Parede, Portugal
Sushiway Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Preço Médio: < 30 €
Data da Visita: 19 de Agosto 2016

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Poké Bowls (Oeiras)

Estas coisas das modas não é fácil de acompanhar. Tivemos sushi, hamburguerias, petiscos, steakhouses e, quando tudo apontava para que este fosse o ano de explosão da cozinha peruana em Portugal (à semelhança do que está a acontecer no resto do mundo), parece que há uma tendência que se quer intrometer, o Poké.
Não, não estou a gozar convosco ou a tentar fazer piadas com o mundo da animação que é o Pokémon! Este prato oriundo do Havai, servido como entrada ou como prato principal, é uma salada de peixe cru. Quase um pouco à semelhança do que se foi conhecendo na Europa como um tártaro, onde cubos de uma proteína eram temperados e servidos, no Havai este prato foi crescendo até se tornar o maior representante da gastronomia havaiana além fronteiras. Pode-se até encontrar facilmente um pouco por todos os mercados havaianos (ou assim diz este artigo, donde saiu a foto abaixo)



O poké em si só começou a ser mais conhecido nos anos 60, apesar de se atribuir a sua origem às primeiras navegações que se fizeram para a ilha com a chegada dos primeiros nativos, ainda antes do Capitão James Cook a ter descoberto e revelado ao mundo "civilizado". A diferença é que os cubos de peixe começaram a ser servidos numa taça de arroz glutinoso. Enquanto me preparava para escrever este post fui tentar pesquisar um pouco sobre a tradição e origens do prato, descobrindo que tradicionalmente é servido sobre uma taça de arroz quente e não à temperatura de ambiente, como eu pensava. Pensei que a influência japonesa de guardar o arroz à temperatura ambiente, sendo aquecido apenas pelo calor das mãos enquanto se montam as peças, fosse aqui replicada, mas estava errado.
Já abriram alguns espaços de Poké em Lisboa, e em boa hora porque este é, para mim, um excelente prato para o Verão. Não podia, como é lógico, deixar de ir experimentar o espaço que abriu no Centro Comercial Oeiras Parque (irmão do já existente nas Amoreiras ou no Mercado do Bom Sucesso) e ver qual é o hype que se pode gerar à volta desta comida.
O espaço é igual a tantas outras lojas de fast food com ingredientes numa "montra", ainda que as cores e a temática puxem o lado surfista que há em nós, o que me parece bastante óbvio e fácil. Podemos optar por dois métodos de escolha. Ou vamos meio perdidos, olhamos para a ementa, que tem alguns pratos pré-definidos (e cuja descrição de ingredientes se encontra na parede à direita) e escolhemos um desses em tamanho Normal ou XL. Ou podemos começar por escolher a base (arroz, quinoa, alface), a proteína (atum, salmão, peixe branco ou polvo), uma mistura de mais de 10 ingredientes e um de 4 molhos diferentes (picante, tártaro, ceviche e um quarto que não me recordo mas penso que era soja). Sendo a primeira vez, fiz um mix de ambas. Sabia que queria experimentar o arroz (algo muito fácil de estragar), portanto olhei para as proteínas e gostei bastante do ar do salmão. Para facilitar o restante processo de escolha, optei pelo pré-concebido Poké de Salmão (com funcho, abacaxi e molho tártaro) em tamanho XL, que é terminado com coentros picados e um quarto de lima.



Os ingredientes são realmente bons. Bons e grandes cubos de salmão, algo que aprecio mais do que pequenos e evaporantes pedaços, numa dose simpática, onde o funcho dá um toque anisado engraçado (por não ser excessivo), o abacaxi traz doçura ao conjunto, a lima junta-lhe acidez e os coentros trazem-nos os sabores para casa. O molho tártaro, em nada relacionado com o molho tártaro que acompanha tradicionalmente filetes, peixes fritos ou carnes, tinha um sabor aproximado ao wasabi ainda que bastante ligeiro.
A base de arroz também é bastante simpática, com os bagos bem cozinhados, mas a faltar-lhes alguma goma para poderem ser comidos mais facilmente com os hashi. O arroz é servido à temperatura ambiente (um pouco à semelhança do que acontece no sushi), o que sinceramente me agradou nestes tempos mais quentes. Talvez no Inverno já faça mais sentido servir sobre arroz quente mas agora parece-me adequado a temperatura a que foi servido, tornando-se assim um prato bastante refrescante.
Tendo optado pela dose XL (e daí ter classificado o restaurante como < 20 €), não fiquei com fome, ainda que não tenha ficado cheio, mas senti-me satisfeito com o que comi. É uma refeição leve, saudável qb (pode ser mais, optando por outros ingredientes) e saborosa, mesmo com o preço acima da maior parte da oferta do restante food court, mas é algo que se percebe pelo conceito e tipo de ingredientes usados. Alguns pontos a melhorar, mas é mais uma óptima oferta para começar a diversificar e a melhorar as opções de quem quer jantar num centro comercial, principalmente durante o tempo quente.

Poké Bowls
CC Oeiras Parque, Piso 1
Oeiras, Portugal
Ceviche & Poké Bowls Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
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Preço Médio: < 20 €
Data da Visita: 23 de Julho 2017