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terça-feira, 11 de setembro de 2018

Blue Jeans (Paço de Arcos)

É verdade... este dia haveria de chegar, mais cedo ou mais tarde! Demorou, até pensei que se fosse safar mas é como uma doença inevitável que vai consumindo tudo e chegando a todo o lado. Alguns sintomas melhores que outros mas a verdade é que o veredicto é quase sempre desfavorável.
Estou a falar, é claro, da febre das hamburguerias, que finalmente chegou a Paço de Arcos. Já havia alguns exemplares por Oeiras, mas a freguesia de Paço de Arcos andava-se a escapar incólume. Ainda culpo o Isaltino Morais (Tio Tino para os locais) por esta abertura. Afinal de contas, foi ele que disse que iria transformar Paço de Arcos na Saint-Tropez de Portugal (aqui)! Bem dito, bem feito e nada como começar a evangelização turística com uma hamburgueria fashion, algo já um pouco fora de moda. Ok, não é propriamente a primeira, pois podemos considerar o Abakua como uma hamburgueria (nunca lá fui, não consigo opinar sobre a mesma) mas pelo que percebo o ambiente é bastante diferente destas hamburguerias "da moda".
A decoração é bastante específica e relacionada com o nome do próprio restaurante, pois podemos observar vários pormenores em ganga (azul, claro). Existe também uma esplanada, ideal para beber um copo ao final da tarde. Staff simpático, ainda que se note alguma inexperiência, mas houve um momento em que pareciam estar a ignorar a sala, focando-se apenas na esplanada. Já a ementa, tem uma ou outra combinação interessante e diferente do habitual, mas nada de extraordinário.
Para nos entretermos antes dos hambúrgueres, pedimos uns Aros de Cebola muito fraquinhos. Polme estaladiça mas com um excesso de gordura que chegou a deixar uma poça no fundo do prato, algo que transparecia também no sabor. Má execução numa entrada tipicamente simples e que consegue agradar gregos e troianos, mas que aqui não agradou ninguém.



Melhores os hambúrgueres, felizmente. Falando de forma geral, nos seus elementos comuns, o pão muito ligeiramente torrado conseguiu aguentar a integridade estrutural durante toda a refeição. A carne estava também bem temperada, apresentando-se média (ou seja, um pouco acima do ponto pedido) e conseguindo sobressair sobre os sabores fortes que compunham os toppings como a geleia de bacon ou o pesto de manjericão.


Denim (Cogumelos Grelhados, Geleia de Bacon, Queijo, Rúcula)
Pepe (Mozzarella, Pesto de Manjericão, Molho de Tomate Cherry, Cebola Panada, Rúcula)
Não foram os melhores hambúrgueres que já experimentei, e também não foram os piores, mas acabam por cair num nível médio que em nada ajuda a proporcionar vontade para lá regressar. Se querem realmente que Paço de Arcos seja a Saint-Tropez de Portugal (preferia que tal não acontecesse, mas é uma opinião pessoal), então temos que melhorar a qualidade da oferta gastronómica que é oferecida, principalmente numa zona que conta com restaurantes como Casa da Dízima, Tasquinha da Vila, Casa Galega ou Pátio Antico (este último encontra-se em obras).
E que tal uma steakhouse como deve ser, como um Butchers ou uma Sala de Corte, em vez destas hamburguerias das quais já estamos todos fartos?

Blue Jeans
Paço de Arcos, Portugal
Blue Jeans - Burger And Bar Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Preço Médio: < 20 €
Data da Visita: 26 de Julho 2018

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Ground Burger (Lisboa)

A moda das hamburguerias abrandou um pouco em 2016, mas a oferta tem-se tornado repetitiva e nem sempre com uma qualidade acima da média. Mas em todo este furor que apareceu nos últimos anos há uma hamburgueria que se destaca acima de todas as outras. No Ground Burger encontramos os melhores hambúrgueres da cidade de Lisboa!
Mas já vamos aos hambúrgueres. Um dos grandes destaques do Ground Burger vai para a sua carta de cervejas. Uma variedade muito grande, com referências portuguesas e estrangeiras, divididas por tipo de cerveja. Para os indecisos, como eu estava, o serviço é bastante prestável e explicativo, ajudando-nos a escolher a cerveja que melhor encaixa no que procuramos nessa refeição. A escolha acabou por incidir sobre duas Mean Sardine, a Pagaia (Belgian Dubbel) e a Amura (American Pale Ale).


Para entreter a boca, enquanto não chega a atracção principal, os Aros de Cebola são uma óptima opção. Estaladiços, com uma polme saborosa, sem excesso de gordura e bastante saborosos.


Aqui os acompanhamentos são pedidos à parte mas as Batatas Fritas são também elas espectaculares. Bastante bem fritas e servidas com alho e alecrim.


Todos os meses, o Ground Burger tem um Hambúrguer do Mês diferente e, quando lá fui não resisti a pedi-lo. Pastrami, Pickle de Pepino, Rúcula e Molho de Mostarda e Mel formaram uma boa combinação mas o pastrami podia ter mais sabor.


Mas a estrela da casa é mesmo o BaconCheese, onde tudo faz sentido e todos os componentes são muito bons. Podemos começar pelo pão, tipo brioche, feito na casa 2 vezes por dia, e que aguenta na perfeição o hambúrguer sem perder a integridade estrutural. A cebola está perfeitamente caramelizada, o queijo bem derretido, o bacon estaladiço e o molho barbecue junta tudo bastante bem. A alface e o tomate parecem estar a mais mas na verdade ajudam a dar alguma frescura ao conjunto. Ah, mas ainda não vos falei da melhor parte do hambúrguer, a carne! Perfeitamente temperada, cozinhada na temperatura pedida, bastante suculenta e repleta de sabor.


Não queríamos sair do Ground Burger sem experimentar uma das sobremesas e pedimos o Creamy, um gelado de baunilha servido com um topping de chantilly e golden syrup (um xarope parecido com o maple syrup, ou xarope de ácer, mas feito à base de açúcar). Simples, refrescante e muito guloso!


Sim, os preços estão acima das restantes hamburguerias mas também a qualidade está acima e isso paga-se! Em Lisboa são, sem sombra de dúvida, os melhores hambúrgueres que vão encontrar!

Ground Burger
Lisboa, Portugal
Ground Burger Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Preço Médio: < 30 €
Data da Visita: 17 de Fevereiro 2016

sábado, 23 de julho de 2016

Eduardo dos Petiscos (Carcavelos)

Comparar o Mercado de Carcavelos com os conceitos que se têm aplicado aos mercados renovados parece-me errado. Todos os restaurantes existentes estão separados, não partilhando espaços comuns. Existiu uma renovação, sim, do edifício que albergava as bancas do mercado, mas as semelhanças parecem acabar aqui. O único espaço partilhado é entre as duas bancas pertencentes ao Grupo Eduardo das Conquilhas e a padaria local.
Como em outros mercados, o pedido é feito num balcão onde podemos observar várias das ofertas pré-feitas. A ementa é vasta mas parece-me haver um exagero de produtos já cozinhados, com um ar de quem está no tabuleiro há muito, só à espera que alguém não repare no seu aspecto e os peça, como era o caso de uns Peixinhos da Horta avistados. Até é um prato que normalmente peço mas assim que reparei no seu ar preferi não o fazer. Nas duas visitas que fiz ao Eduardo dos Petiscos a vontade era de ir petiscar ao fim da tarde e acabei por evitar a secção de marisco pela qual o Eduardo é sobejamente conhecido.
Apesar de não ter registo fotográfico, começámos com uns caracóis razoáveis, sem terem deixado uma marca digna de registo. Melhor estava a Salada de Polvo, algo sobre a qual tinha lido diversas e contraditórias críticas, mas não há nada como tirar as nossas próprias teimas. O polvo estava muito macio mas o tempero era apenas médio, precisando de sal e alguma acidez. Aspectos de fácil correcção, portanto o veredicto é de esta ser uma aposta segura.



As Ostras em Tempuras, da secção de sushi do Eduardo dos Petiscos (também apelidado Sushi do Mercado), foram uma verdadeira desilusão. O sabor predominante era da fritura e do molho de soja, não apresentando nenhum do típico encanto marinho que as ostras transportam, não falando que as ostras pareciam estar excessivamente cozinhadas.



Passámos dos pratos razoáveis para os dois que mais brilharam, como foi o caso dos Boquerones. Não os filetes de biqueirão alimados que estamos habituados, mas uma versão frita. De tamanho quase criminoso e bastante bem fritos. Para comer seguindo a filosofia "Nose To Tail"!



As Puntillitas tinham uma fritura bastante aceitável, ainda que nem todas estivesses crocantes, e apresentavam-se bastante saborosas. Senti apenas falta de um qualquer molho que fosse cortando o frito, como um molho de alho ou tártaro que contrabalançasse e equilibrasse os sabores.



Numa 2ª visita, decidi repetir os Boquerones e as Puntillitas, sendo que ambos apresentavam uma consistência semelhante à visita anterior e pedi mais alguns itens para experimentar, uns melhores que outros.
Começando pelo mais fraco, o Crepe de Camarão é fraquinho. Não só é servido frio, pois é um dos muitos itens pré-feitos, e como tal não se sente qualquer contraste de textura, como o recheio é bastante desinteressante. É um wrap de grande dimensão, com uma pasta de sabor pouco distinto e depois panado. Fritos frios têm de ser muito bem executados, caso contrário é raro apresentarem-se no seu potencial máximo.



As Batatas Bravas são uns gomos (ou wedges) gigantes. Mas quando digo gigante são realmente de tamanho exagerado e sem muito nexo. As dimensões dos gomos não ajuda à confecção dos mesmos, sendo a textura mais diferenciadora a do interior semi-cru. Seria necessário um processo de duas (ou três) frituras ou, simplesmente, deixando-as mais tempo para que o seu interior fique cozinhado e o exterior dourado e estaladiço. Pelo menos estavam correctamente temperadas, algo que não acontecia quando as provei da primeira vez. Já o molho, de bravo pouco tinha, sendo até algo manso.



O melhor, dos novos petiscos experimentados, foram os Aros de Cebola, principalmente graças à sua polme saborosa. Simples, bem temperado, com as texturas correctas e a ser exactamente o que se esperava duns bons aros de cebola.


Não é um restaurante fantástico, muito menos quando se conhece a qualidade que o Eduardo das Conquilhas serve. É um restaurante competente, apesar dos altos e baixos, e com umas doses de tamanho respeitável, mas esperava melhor.

Eduardo dos Petiscos
Mercado de Carcavelos - Estrada da Torre
Carcavelos, Portugal
Eduardo dos Petiscos Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Foodspotting
Facebook
Preço Médio: < 20 €

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Frankie Hot Dogs (Campo Grande)

Fui finalmente conhecer uma das grandes novidades de 2015 e que mais buzz tem estado a gerar: o Frankie Hot Dogs. Não sei se 2015 será o ano dos cachorros quentes, mas o Frankie vai ficar marcado pela rápida crescente na sua fama. Abriu em Fevereiro e tem já para cima de 130 críticas e 272 votos na Zomato, por exemplo. A sua localização é fantástica para um público alvo jovem (à porta do Colégio Moderno e colado à Cidade Universitária) mas será que toda esta popularidade e hype irá corresponder à qualidade do restaurante?
Aproveitando uma promoção 2 por 1 na Time Out Lisboa, decidimos juntar alguns membros da família e tentar marcar mesa para uma 5ª feira à noite. Aqui começam os meus problemas e ainda são alguns ao nível de organização e estrutura do restaurante. Se aceitam marcações de mesa mas não têm um serviço de pedidos à mesa, então todo o processo de pré-pagamento, sentar, comer e sair tornar-se-à mais lento. Prova disso foi o anúncio, na página oficial de Facebook, no dia seguinte a esta visita e depois de uma breve conversa com um dos responsáveis pelo espaço, de que iriam deixar de aceitar reservas. 
Quanto à forma de pagamento, honestamente, não sou um fã de pré-pagamentos em restaurantes com espaço próprio. Acho que só complica e aumenta tempos de espera. E foi exactamente isso que me aconteceu. 



Chegámos à hora marcada, sentámo-nos e fomos à parede onde se encontra o menu. Também não sou um fã de menus expostos apenas na parede mas aqui faz um pouco mais de sentido porque fica virado para quem está na fila de pagamento. Apenas precisa de mais luz naquele canto para se poder ver melhor. Depois de todos termos escolhidos, fomos para a fila, onde esperámos 30 minutos até podermos fazer o nosso pedido! Estava muita gente na fila mas não acho que justifique os 30 minutos só para pedir. Quando fizemos o pedido foi-nos dito que teria uma demora estimada de 25 minutos, que nós aceitámos porque já eram perto das 21h e não nos apetecia estar a sair dali para procurar uma opção em cima do joelho. Lá nos aguentámos mais 30 minutos de espera pela comida! Estamos a falar de hot dogs e não de haute cuisine
Ao fazermos o pedido, decidimos pedir também as sobremesas pois não existia qualquer vontade de voltar para a demorada fila. Ponto positivo do serviço, que foi sempre prestável e simpático, foi a disponibilidade com que reservaram de imediato as sobremesas pedidas, pois também já se encontravam perto de esgotar.
Quando as bebidas chegaram à mesa, uma simpática e saborosa Limonada de Morango, vinham à temperatura ambiente e sem qualquer gelo, pois este tinha acabado e a pequena máquina disponível não conseguia dar vazão à quantidade necessária. Durante toda a refeição fomos pedindo mais gelo que lá foi chegando à mesa em pequenas porções.
Ao fim de 30 minutos começou a comida a chegar à mesa. Um bom Corn Dog, algo ainda pouco visto na cidade lisboeta, com uma generosa salsicha de aves envolta numa estaladiça e saborosa polme.



A execução dos Onion Rings também estava acima da média. Mais uma boa polme, mais leve que a utilizada para o corn dog, a envolver os aros de cebola bem fritos e estaladiços.



No campo dos acompanhamentos, experimentámos as duas variedades de Batatas Fritas, normais e as Frankie. Ambas (bem) fritas com casca, a diferença está no queijo e bacon que cobrem as Frankie. Gulosas e com uma boa injecção de colesterol.




Como bom curioso gastronómico que sou, fiz questão de conseguir provar todos os cachorros diferentes que vieram para a mesa. O Sweet Mango Hot Dog, com a salsicha de aves a ser coberta de uns bons legumes frescos salteados, a ter um bom balanço de doçura sem que o molho de manga agridoce se tornasse predominante.



Excelente o Frankie 4 Fingers, onde a salsicha alemã é envolvida em onion rings incompletos (no tempo de espera fui observando a cozinha e apercebi-me que são escolhidos aros não fechados para facilitar a montagem) e coberta com pequenos pedaços de bacon. O molho de barbecue liga bem com o de mostarda e mel, dando acidez e ligando todos os restantes ingredientes. Este foi o melhor cachorro que experimentei nesta refeição.



O hot dog do mês, a Frankiesinha, desiludiu um pouco naquilo que é mais importante numa francesinha: a qualidade do molho. Não picante e com um sabor atomatado demais. Os restantes ingredientes eram bons, especialmente a linguiça, mas o fiambre parecia meio perdido na combinação. Para este cachorro é utilizado uma salsicha Frankfurt. Numa ementa relativamente pequena, é de louvar a variedade de salsichas disponíveis (penso que eram 6 diferentes).



Um dos hot dogs que mais expectativa tinha criado era o Tuga, especialmente pelo seu aspecto visual. Aquele ovo estrelado por cima da salsicha, em conjunto com o bacon, fizeram maravilhas no meu imaginário. Pena foi não ter correspondido às expectativas. Para além de ser mais estético que funcional, pois o ovo em cima do cachorro em nada facilita a forma como o comemos, não apreciei totalmente a salsicha (e eu que até sou fã de uma boa salsicha fresca), e achei que faltava algo mais ao cachorro. O molho de mostarda e mel ou o bacon não foram suficientes para elevar este cachorro ao patamar que merece.



Uma boa surpresa foi o Chilli Hot Dog, com ingredientes saborosos e que fazem sentido juntos. É inevitável a comparação com o concorrente respectivo da marca Hot Dog Lovers, mas este não fica muito atrás. Falta-lhe um maior nível de picante e de topping. O pão, igual para todos os cachorros, é muito bom e diferente do que estamos habituados.



Experimentámos as duas sobremesas disponíveis nesse dia. Se o Cheesecake de Manga correspondeu às expectativas e cumpriu o seu propósito de adoçar a boca, uns bons furos abaixo esteve a Mousse de Lima e Manjericão, com o conjunto a saber demasiado a natas. Precisava de mais acidez e de mais manjericão.




Não saí totalmente convencido do Frankie. Gostei da ementa e das ideias originais para os cachorros existentes. Gostei da qualidade da maior parte da comida, apesar de alguns aspectos menos positivos. Mas se me perguntarem se volto, respondo "Não sei", mesmo dando uma nota positiva à comida. Não sei se teria a paciência de voltar a esperar 1 hora para comer 1 cachorro quente só porque a logística do restaurante não aguenta uma enchente de gente. Talvez lá volte fora de horas sem correr o risco de apanhar uma grande fila.

Frankie Hot Dogs
Rua Doutor João Soares, 8B
Campo Grande, Portugal
Zomato
Foodspotting
Facebook
Preço Médio: < 10 €

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

The Meating (Chiado)

Este texto foi escrito há algum tempo e, na altura, o restaurante The Meating ainda se encontrava aberto. Decidi publicá-lo na mesma pois este é um conceito de restaurante americano que quase não existe em Lisboa, excepção feita ao Joe's Shack, no Mercado de Campo de Ourique. O Harlem não aprofunda tanto, aproximando o seu menu mais da Soul Food, e os diners americanos acabam por estar mais focados nos hambúrgueres do que no conceito de "American Barbecue".
Acho que é um mercado que tem muito por explorar em Portugal. Afinal de contas, quantos de nós não salivámos já a ver imagens como esta?

Franklin Barbecue - Link Original
Lisboa tem algumas opções (algumas de qualidade, outras não) de "diner" americano, mas faltava-lhe algo que conseguisse replicar e identificar-se pelo Barbecue à Americana. O The Meating é a resposta a quem se salivava a ver as imagens do Franklin Barbecue e sonhava com uma casa parecida em Lisboa. Eu disse parecida, e é só isso que o The Meating é. É um projecto de restaurante, que me parece ter bastante potencial, mas ainda não é aquilo que penso ser o verdadeiro barbecue, como vemos em tantos filmes, séries e afins.
A primeira vez que olhei para a carta do The Meating, comecei imediatamente a salivar, imaginando e revendo mentalmente as imagens que tantas vezes vi, com carne ultra temperada, fumada durante horas e a desfazer-se ao toque. Por querermos experimentar mais do que uma das especialidades, pedimos um Dá Para Dois, Três ou Quatro.
Dizer que dá para dois eu aceito, três ou quatro é exagerado, a não ser que essas pessoas peçam mais pratos para partilhar. Mas, felizmente, éramos só dois, num almoço tardio, em que fomos bem recebidos ainda que já não fossem horas normais de almoço e achámos que ficaríamos bem com uma "tábua XL".
Esta tábua consiste nuns bons Aros de Cebola, bastante consistentes a nível de fritura e umas Batatas Fritas médias e com ar pouco caseiro, mas que deram para satisfazer a fome.


Mas a verdadeira curiosidade era a qualidade das Asas de Frango BBQ e do Entrecosto BBQ. E, se em relação à forma como a carne era cozinhada, não saí desiludido pois a carne era realmente muito macia e a libertar-se facilmente dos ossos, no que respeita ao sabor penso que coloquei as minhas expectativas demasiado altas.
A carne é boa e apresenta uma boa caramelização, principalmente no entrecosto, mas ultrapassada a crosta criada pelo molho, o resto da carne apresenta um sabor muito uniforme, acabando por ser bom mas não fantástico.
Já as asas de frango, são suculentas mas têm pouco de estaladiço e crocante, que é o que está descrito no menu.


Para terminar a refeição com um pequeno doce, experimentámos a Mousse de Lima, que de mousse pouco tinha. Nada cremosa, de consistência bastante sólida e a deixar-nos desiludidos com a sobremesa pedida.


Acabo por culpar mais a pessoa que escreveu a ementa e a descrição dos pratos, que promete mais do que cumpre, reflectindo-se no restaurante pelas expectativas criadas. Tem potencial e merece que esse potencial seja explorado com um aperfeiçoamento dos pratos.

The Meating
Lisboa, Portugal
Preço Médio: < 20 €

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Modjo Trendy-HotDog (Lisboa)

Na Travessa Monte do Carmo, nº 19, começou por existir uma pequena casa de hambúrgueres artesanais que não tinha horário fixo e onde se começou a dizer "Aqui se comem os melhores hambúrgueres de Lisboa". Mas depressa precisou de um espaço maior e, curiosamente, uma nova casa de hambúrgueres ocupou o espaço, aproveitando a fama, e até o formato, dos anteriores proprietários para se lançarem. Mas, como também já tinha acontecido com os primeiros donos, estes também precisaram de um espaço maior. A diferença foi que, em vez de deixarem o espaço para um próximo negócio, decidiram ser eles a lançar o próximo negócio, acredito eu que tentando capitalizar o enorme sucesso que já tinham. E depois da moda dos hambúrgueres, porque não, a moda dos cachorros quentes?
O espaço levou algumas obras e uma decoração renovada e melhorada, mas continua a ser minúsculo. A diferença é que se quando se tentava ir à Hamburgueria do Bairro (penso que já tivessem adivinhado de que "franchises" estava a falar...) havia uma fila de espera gigante, que quase nos levava a voltar para trás e procurar outra solução no Príncipe Real... e opções de qualidade não faltam naquela zona!
Mas, quando perto das 13 horas, entro no espaço, vejo que está... vazio! Zero clientes! Bem... por um lado, vou-me despachar mais depressa do que contava, mas por outro lado parece-me um pouco desencorajador entrar, para almoçar, num restaurante vazio. Sei que é um restaurante recente (aberto a 12 de Junho), mas já era conhecida a mudança (lembro-me de ter visto numa TimeOut de Abril, se não me engano).



A ementa tem várias propostas cativantes e que fogem à ideia que fomos ganhando dos cachorros nos últimos anos, um pouco por influência da Hot Dog Lovers, e parece-me ser esse o factor diferenciador dos cachorros da Modjo! Para experimentar, nesta primeira visita, foi pedido um Gipsy, um Cazanova e para acompanhar uns Onion Rings e uns Cheese Bites.
Os Onions Rings (Aros de Cebola) estavam muito bons, bem fritos e estaladiços, sendo acompanhados por um, também muito bom, molho de pickles! A combinação funciona bastante bem e cumpriu perfeitamente a sua função de "finger food" enquanto aguardamos a chegada dos cachorros.


Já os Cheese Bites (ou aquilo a que na ementa é chamado também de Croquetes de Mozzarela), e atenção que esta é uma entrada que costumo pedir sempre que há, desiludiram-me bastante! A massa que rodeia o queijo era muito grossa, o que não deixou o queijo no interior derreter correctamente, acabando por falhar no papel de "gulosice" para qualquer fanático de queijo derretido. Felizmente, mais um óptimo molho, desta vez com grãos de mostarda, que ainda deixou o ar de sua graça, mas que não conseguiu salvar a opinião com que fiquei dos Cheese Bites.


E como o restaurante estava quase vazio (já tinham entrado mais 2 ou 3 pessoas...), os cachorros não demoraram muito, causando um óptimo impacto ao nível visual.
O Cazanova, composto por Salsicha de Porco, Bacon, Batata Palha e Molho Barbecue, é bastante simples, mas todos sabemos que isso nem sempre é um defeito. E, se este cachorro tinha tudo para correr bem, falhou nalguns pontos que me parecem básicos mas de fácil correcção, acabando por não deslumbrar. O pão é claramente massudo demais para este tipo de recheio, e se ao início podemos não reparar, acreditem que se torna um ponto fulcral quando já vamos a meio e já estamos cansados deste pão! Mas não é só no pão que a execução deveria ser melhorada... O bacon deveria ser mais estaladiço e a falta de molho imediatamente a seguir à salsicha torna o cachorro um pouco seco. O grande ponto positivo deste cachorro é sem dúvida a qualidade da salsicha. O sabor sobrevive a todos os problemas apontados e só ela nos faz querer continuar a comer o cachorro, depois de alcançarmos a sua metade!


Já o Gipsy consegue superar facilmente o problema do pão e da falta de uma segunda camada de molho (ou neste caso Queijo Cheddar) muito graças à Cebola Caramelizada e a uns fantásticos Cogumelos salteados, que encaixam na perfeição com a Salsicha de Porco, e até nos fazem esquecer o pão! Um pouco perdida a nível de sabor fica a Alface Iceberg, mas acaba por dar alguma textura ao cachorro! O Queijo Cheddar, que aqui faz o papel de molho, não é esmagador, deixando os restantes ingredientes brilharem.


Acaba por ser um conceito de que gosto e que acho ter potencial para trazer mais uma "moda" para Lisboa (serão os cachorros a moda para 2014/2015?), mas que parece precisar ainda de alguns acertos na execução, principalmente na escolha do pão!

Modjo Trendy-HotDog (Príncipe Real)
Travessa Monte do Carmo, 19
Lisboa, Portugal
Preço Médio: < 10 €

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Nebraska - Aros de Cebolla con Salsa de Mostaza Nebraska

No final de um dos dias mais cansativos em Madrid, não nos apetecia ir para longe do hotel e enquanto caminhávamos pela Gran Vía, decidimos entrar neste restaurante para comer algo rápido ao balcão e podermos ir descansar.
Esta é uma cadeia de restaurantes, em Madrid, que oferece tapas simpáticas a preços simpáticos. A cebola é um dos meus ingredientes favoritos, procuro sempre incluí-los em pizzas ou hambúrgueres, e como tal, tive que pedir os aros de cebola.
Vieram estaladiços e sem excesso de gordura, com uma mostarda suave mas saborosa a acompanhar. Apesar da mostarda não ser muito forte, considero que seja uma boa opção porque com uma mostarda mais forte, provavelmente não deixaria transparecer o sabor da cebola frita.


Restaurante Nebraska (Gran Vía)
Calle Gran Vía, 55
Madrid, Espanha
Preço Médio: < 20 €