Mostrar mensagens com a etiqueta Linda-a-Velha. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Linda-a-Velha. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Recuerda Amor (Linda-a-Velha)

Um dia o meu pai quis ir jantar fora... mas apetecia-lhe algo diferente (e não eram Ferrero Rocher). Diferente e na zona de Oeiras? Hmm... não é fácil, mas lá percorri a minha sagrada tabela excel (que criei seguindo os métodos aqui descritos) e cheguei a algumas alternativas. Acabou por ser escolhido este restaurante Dominicano (como em República Dominicana e não Ordem Dominicana), o Recuerda Amor, um estabelecimento de que já tinha ouvido falar e que muita curiosidade me tinha despertado. Mais que um qualquer Ferrero Rocher, oferecido por um qualquer Ambrósio.
Antes de começar a devanear pela apetitosa ementa, uma palavra quanto ao serviço. Não se deixem intimidar pelo tom de voz um pouco abrutalhado com que possam ser atendidos, pois o serviço é genuinamente bom, simpático e prestável. Existe uma real preocupação por parte do serviço em explicar e mostrar aos seus clientes os produtos usados na gastronomia Dominicana e a forma como os pratos são preparados.  Um aviso à navegação antes de começar esta viagem tropical, a maior parte dos pratos (excepto aqueles que na ementa estão descritos como tradicionais da República Dominicana) têm nomes de cidades ou portos. Para qualquer dúvida quanto à forma de confecção, não hesitem em pedir esclarecimentos.


Nas entradas algumas propostas interessantes, mas acabámos por pedir várias para dividir pela mesa toda. Santo Domingo é o nome dado a umas fantásticas Asas de Frango Fritas com Molho Picante de Manga. Uma fritura como não se vê em muitos sítios, com um exterior crocante e que me deixou inicialmente com algum receio de que pudesse estar seco, mas assim que mergulhamos os dentes parece que entramos numa praia diferente de tão suculento e saboroso que o frango está. O molho de manga é pouco picante e traz um adocicado simpático e interessante ao frango. Que belo início de viagem.

La Romana (Pastéis de Mandioca Recheados com Carne)
Pedimos também os pastéis La Romana, na sua versão carnívora e vegetariana. Para nos levar a um sabor mais tropical, estes pastéis são feitos com puré de mandioca, recheados e depois vão a panar, deixando-os perfeitamente cozinhados e com duas texturas contrastantes que funcionam muito bem. Mais saboroso e mais dimensional o recheio de carne do que o de vegetais, mas ambas as versões vêm acompanhadas com um molho rosa que acaba por quase se sobrepor aos sabores dos pastéis. Se na versão de vegetais ajuda a dar alguma graça, torna-se dispensável face aos já saborosos pastéis de puré de mandioca recheados com carne. Ainda assim, muito bom!

La Romana Vegetais(Pastéis de Mandioca Recheados com Vegetais)
Entrando num mar quente de pratos principais, tive a oportunidade de provar duas versões de um dos pratos mais característicos da República Dominicana. Tanto no Moro de Habichuela Roja como no Moro de Guandules, a base do prato é um arroz confeccionado com uma leguminosa. No caso do Habichuela Roja é feijão encarnado, enquanto que no Guandules é-nos apresentado feijão congo, uma variedade que eu desconhecia. Para comer em separado ou juntar à base, conforme vontade do freguês, cada um dos pratos traz um tipo de proteína diferente, ainda que cozinhadas da mesma forma, a fazer lembrar um estufado, ainda que mais caldosa e mais aromática, devido aos restantes legumes que lhe são adicionados. Vaca para o Habichuela e Frango para o Guandules, não foi a proteína o ponto mais fraco do prato pois achei que havia um sabor exagerado a pimento, ingrediente do qual não sou grande fã, mas as carnes estavam bem cozinhadas e saborosas.


Antes de ir ao restaurante não deixei de fazer o meu próprio "background check" tentando perceber que pratos seriam mais tradicionais e mais aconselháveis para pedir, chegando à conclusão (ainda antes de entrar no restaurante) que iria pedir um Mofongo, acabando por me decidir, já no restaurante, pelo Mofongo de Pato. No prato vemos uma torre com camadas diferenciadas de pato desfiado e banana-pão frita, para ser comido retirando as camadas à vez em vez de cortarmos por toda a torre (ou assim me foi explicado pela senhora que nos atendeu). Apesar da complexidade de sabores, parecia faltar-lhe algo que o elevasse um pouco mais, mas ficou facilmente resolvido com a adição de algum picante. E, se em separado os componentes são bons, a junção da camada de banana-pão frita com o pato é muito bom. Bom contraste de texturas, fantásticos sabores e para molhar no molho que preenche todo o prato. E é aqui que tenho o meu único apontamento negativo, pois o molho ocupa mesmo todo o prato, inclusive a parte preenchida pela salada, que tem o seu próprio molho mas que acaba por ficar ofuscado e sem grande piada. Bastaria colocar num prato à parte para funcionar melhor e fazer mais sentido.


Um pouco no seguimento da entrada Santo Domingo, existe também um prato principal com frango frito. O Pica Pollo, outro prato tradicional da República Dominicana, é um prato mais simples com uns toscos bocados de frango frito, também este irrepreensível na sua fritura com a carne suculenta e o exterior estaladiço, que acompanha com tostones, ou seja, rodelas de banana-pão fritas.
Facilmente me imagino numa esplanada de plástico em uma qualquer praia paradisíaca, com os pés bem fincados na areia, petiscando com a mão este Pica Pollo, pois este é um dos representantes mais significativos da street food dominicana!


A minha sobremesa foi a parte menos memorável de toda a refeição. E digo a minha porque as outras duas que provei, o Bolo de Chocolate e o Bolo de Coco, eram excelentes. Ainda húmidos no meio e altamente viciantes. O Recuerdo Tropical parecia-me fazer mais sentido na ementa que no prato. Cubos de Manga, Abacaxi e Papaia flambeados em Rum e com uma bola de gelado. Sente-se o sabor tropical conferido pelo rum e frutas utilizadas mas nada é surpreendente na sobremesa em si. A fazer lembrar o sempre triste último dia de férias depois de 2 semanas de sol e praia.


Mesmo em tempo mais frio, este é um restaurante que serve comida que nos aquece por dentro e por fora. Uma viagem longínqua aqui bem perto de casa.
Apesar de ser um sítio que parece de difícil acesso, uma rápida consulta a um qualquer Google Maps faz-nos perceber que existe uma praceta nas traseiras do restaurante onde podemos estacionar.

Recuerda Amor
Linda-a-Velha, Portugal
Preço Médio: < 30 €

terça-feira, 26 de novembro de 2013

As Palmeiras - Bife na Pedra

É impossível não se gostar de um bife na pedra! 
1º - Cozinhamos a carne como a queremos, conseguindo conciliar o ritmo de cozinhar com o ritmo a que a comemos.
2º - Normalmente a carne usada para estes pratos é de uma qualidade muito acima da média, podendo apenas ser estragada se deixarmos a carne demasiado tempo na pedra, ou se esta não estiver quente o suficiente, acabando por cozer em vez de grelhar.
3º - Podíamos fazer tudo isto em casa? Podíamos, mas não era a mesma coisa!
Muitas vezes retraio-me em pedir um Bife (ou Naco) na Pedra, pois sinto que pagar perto de 20 euros por uma pedra quente e um bom corte de carne é excessivo... Na churrasqueira As Palmeiras não senti isso! Para um Bife na Pedra, o preço de 12,50€ pareceu-me mais do que justo e isso levou-me a pedir o prato.
Se já vos expliquei aquilo que me levou a pedir, então agora vou-vos dizer porque vocês devem pedir o mesmo, se lá forem. Não peguem na foto como exemplo perfeito do que é o Bife na Pedra, pois entre a minha aselhice fotográfica e a qualidade da câmara de um telemóvel, a foto não retrata o quão fantástica a carne era. Um bom bife de vitela, com a carne com uma cor clara e a desfazer-se na boca. Vem previamente temperado com um pouco de alho esmagado, sal e pimenta mas traz sal à parte, para podermos corrigir o tempero caso assim entendamos. Apesar de ter um tamanho bom (sendo quase do tamanho da pedra onde vem), senti-me um pouco desiludido quando acabou pois estava-me a saber tão bem que não queria parar de comer.
Quanto aos acompanhamentos, sendo os mesmos das Tirinhas de Entrecosto, que publiquei previamente aqui no blog, já os referi e a opinião é a mesma. Batatas médias e um arroz fraco.


Churrasqueira As Palmeiras
Rua Engº José Frederico Ulrich, 59
Linda-a-Velha, Portugal
Preço Médio: < 20 €

terça-feira, 19 de novembro de 2013

As Palmeiras - Tirinhas de Entrecosto

Para podermos fazer a comparação entre várias churrasqueiras, acabamos por pedir os pratos que mais nos agradam e que usamos para decidirmos quais os espaços que mais nos agradam.
No meu caso, e da excelsa companhia que normalmente me acompanha nestas "viagens" gastronómicas, um dos pratos que é frequentemente pedido é Entrecosto na Brasa, ou qualquer uma das variantes (Piano, Teclado, etc) que virmos disponível no menu, e nesta primeira visita à churrasqueira As Palmeiras, tivemos que pedir as Tirinhas de Entrecosto.
Quando falamos em carne no carvão, eu sou apologista de que a carne deve vir com um pouco de tempero a mais, pois gosto de sentir o sal que ajuda a caramelizar o exterior da carne, e foi exactamente isso que senti neste prato. A foto peca bastante por não conseguir dar relevância à quantidade de "ossinhos" no prato, mas acreditem que é uma das meias doses com melhor relação qualidade/quantidade/preço que poderão apanhar!
Uma das coisas que não me agrada ao comer entrecosto, e felizmente não aconteceu porque a carne era macia e separava-se facilmente do osso, é aqueles pequenos bocados de carne rasgada que fica no espaço entre os dentes! Claro que isto só acontece quando comemos entrecosto à mão, mas vá lá... entrecosto grelhado com faca e garfo?! Perde mais de metade da piada!
Uma palavra também para os acompanhamentos, com umas batatas fritas boas mas sem serem brilhantes, e um arroz branco fraco, que depois de provado foi posto de lado... É pena, pois a carne é realmente muito boa e os acompanhamentos mereciam estar ao mesmo nível.


Churrasqueira As Palmeiras
Rua Engº José Frederico Ulrich, 59
Linda-a-Velha, Portugal
Preço Médio: < 20 €