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segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Baía do Peixe (Cascais)

Não sou uma pessoa que faça quilómetros para comer marisco. É verdade, pode parecer blasfémias, mas não sou um fã assim tão grande de marisco, excepção feita a bivalves. Já o disse mais do que uma vez mas o trabalho que (algumas vezes) dá e o preço que se paga não me compensa pela satisfação que me traz.
Agora que tirámos isto do caminho, tenho a dizer que tenho ficado bem impressionado com algumas mariscadas a que fui. Já aqui falei do Dom Pepe, mas andava também com a mariscada da Baía do Peixe fisgada. Localização muito boa, com um dos lados do restaurante a ser completamente envidraçado e a permitir vislumbrar toda a baía de Cascais!



Atendimento bastante rápido que em escassos 10 minutos começa a trazer o Rodízio de Marisco para a mesa. Ao contrário do Dom Pepe, em que existem várias fases da refeição, aqui atacamos directamente o marisco. Preparações simples ou mesmo a cru, nada é complicado na Baía do Peixe. 



Casco de sapateira recheado, pernas de sapateira (uma daquelas coisas que dá demasiado trabalho), camarão cozido, percebes, búzios, ostras, amêijoas à Bulhão Pato, mexilhões à espanhola e gambas al ajillo, tudo com um nível bastante bom, onde apenas desejava que os pratos com molho (amêijoas, mexilhões e gambas) fossem mais gulosos! Não puxaram pão para varrer o molho que se encontrava no fundo, o que é algo fundamental quando falamos deste tipo de pratos.



Todos os produtos experimentados apresentaram qualidade, ou seja, aliado ao facto de ser rodízio e onde podemos repetir o que quisermos as vezes que quisermos (enquanto houver stock), o preço (24€) torna-se bastante justo.

Baía do Peixe
Cascais, Portugal
Baía do Peixe Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Preço Médio: < 30 €
Data da Visita: 25 de Agosto 2018

terça-feira, 6 de março de 2018

Dom Pepe (Parede)

Não sou um grande adepto de marisco. Percebo o fascínio nalguma das coisas, e já experimentei pratos maravilhosos com marisco, mas de forma geral não é algo que costume estar no topo dos meus apetites. Mas aceitei o desafio de alguns amigos meus para ir ao Rodízio de Marisco do Dom Pepe, do qual já me tinham falado muito bem. 
O espaço do Dom Pepe é muito bom e a vista sobre a Marginal é fantástica, tornando-o num dos restaurantes mais bem localizados da Parede, ainda que tenha algumas dificuldades em estacionar perto. 
Estranhamente a refeição começa com o prato mais pesado. Ok, não é assim tão estranho. É como os restaurantes de sushi trazerem primeiro os hot rolls, para que os nossos estômagos se encham o mais rapidamente possível e, neste caso específico, com um produto mais barato, o arroz. Mas, e aí tiro o chapéu ao Dom Pepe, esmeram-se no Arroz de Peixe que servem. Arroz caldoso e bem cozido, bastante bem recheado de peixe mas, acima de tudo, com sabor! 


Bons Mexilhões à Espanhola mas a necessitar de um molho mais apurado, talvez até com um picante que elevasse o prato a um nível superior.
Também o serviço esteve a bom nível, pois quando um comensal extra chegou por esta altura, prontamente refizeram o rodízio de início propositadamente em porções mais pequenas, apesar de ainda estarem os dois tachos presentes na mesa, mas já algo vazios e não tão bons como quando chegaram à mesa.


O Rodízio em si é composto por uma travessa de frios e outra de quentes, que podemos depois repetir uma segunda vez apenas com os itens que mais gostámos. Tudo de um nível bastante aceitável mas a destacar algo pela positiva teria que ser a casca de sapateira gratinada e os camarões fritos. Pela negativa, as ostras não eram das melhores que já experimentei, longe disso (essas foram na Casa da Igreja, da qual falei aqui).



Tudo isto por um valor que considero bastante aceitável, caso não nos estiquemos nas bebidas, o que pode ser complicado pois com este marisco todo apetece-nos um bom verde fresquinho a acompanhar.
Fica por experimentar também o Rodízio do Baía do Peixe para ter um termo de comparação entre duas das mais badaladas mariscadas da Linha de Cascais.

Dom Pepe
Parede, Portugal
Dom Pepe Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato
Preço Médio: < 30 €
Data da Visita: 30 de Setembro 2017

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Envalira (Barcelona)

Nem todas as refeições em Barcelona poderiam ser tapas. Quer dizer, poder até podiam mas a verdade é que crescia em mim uma vontade de experimentar alguns dos afamados arrozes que por lá se fazem. Ainda que a tradição das paellas seja atribuída à zona de Valência, um pouco por toda a costa da Catalunha se fazem diversos arrozes como pratos regionais. Em Barcelona, os arrozes são mais facilmente encontrados na zona de Barceloneta, mais junto ao mar, porque era um prato típico dos pescadores aí residentes. Nas zonas mais interiores de Barcelona é mais difícil encontrar mas há um restaurante que aparece na maior parte das listagens dos melhores pratos de arroz em Barcelona.
Situado no bairro de Gràcia, na movimentada e vivida Praça del Sol, este restaurante tem a sua ementa virada para a comida espanhola, mas onde é sobejamente conhecido é pelos seus arrozes. Uma breve palavra para o movimento e vida que a Praça del Sol demonstrava nas primeiras horas da noite, com muita gente, sentada não só em esplanadas como em escadas ou no meio do chão, a conviver à volta de um copo ou um petisco.
Chegámos cedo e, como tal, ainda tivemos que fazer algum tempo até que o restaurante abrisse. Em Espanha janta-se um pouco mais tarde que em Portugal, e por isso é natural que alguns restaurantes só abram perto das 21 horas. O problema aqui foi a porta da rua do restaurante, que se encontra constantemente fechada, dando ares de quem se encontra fechado. É pouco convidativo a entrar, daí não termos visto muitas pessoas a frequentar o restaurante nessa noite, mas depois de lá estarmos dentro (o que demorou cerca de 10 ou 15 minutos enquanto tentávamos perceber se já se encontraria aberto ou não) percebemos que a porta se mantém fechada para preservar o ambiente calmo e tranquilo do restaurante. Cada vez que a porta se abria ouvia-se o rebuliço vivo da rua e respectiva dose de decibéis demasiado elevada. A sério, é mesmo muito elevada, como comprovava um estudo que se encontrava nesse dia no meio da Praça del Sol!
Começámos com o típico e tradicional Pão com Tomate! Já estão fartos de me ouvir falar de pão com tomate não é? Prometo que é o último, visto esta ter sido a minha última refeição em Barcelona. Aqui, um exemplar decente mas nada de fantástico. A forma como a baguete foi cortada não ajuda na forma como se come...


Apesar deste tipo de pratos se fazer acompanhar normalmente de proteínas marítimas, na Time Out Barcelona (aqui) mencionavam o Arroz à Milanesa do Envalira. De espanhol tem pouco mas de bom tem muito! Um arroz perfeitamente cozinhado, seco mas ainda com alguma goma e muito sabor! Pequenos pedaços de frango e de bacon iam populando o prato e o queijo derretido revelou-se um excelente acrescento. A nível de sabor não me soube a Espanha mas antes a Itália, lembrando um bom risotto, mas a verdade é que não desiludiu.


O que conseguiu surpreender foi o Arroz à Marinera. O ponto do arroz impecável mas o que aqui fazia a diferença era o caldo onde o arroz tinha sido cozinhado. Tudo ali sabia a mar! As doses aqui são adequadas para uma pessoa mas podiam ter um recheio mais uniforme. Havia no prato 1 lagostim, meia dúzia de bivalves (penso que amêijoas mas não me recordo bem) e algum choco e peixe (que parecia tamboril). Mas o que fez toda a diferença foi o caldo. E se estamos a falar de um prato de arroz, o destaque estava (e bem) no arroz!


Para nos despedirmos de Barcelona, decidimos comer Crema Catalana uma última vez. Excelente exemplar, com todas as texturas certas. Creme muito bom e nada grumoso e uma carapaça estaladiça perfeita, numa dose bastante grande que dá perfeitamente para dividir.


Foi um final muito bom para uma refeição que me encheu as medidas. Procurava este tipo de comida e sabe-nos sempre bem quando encontramos o que procuramos.

Envalira
Plaça del Sol, 13
Barcelona, Espanha
Foodspotting
Facebook
Site
Preço Médio: < 30 €
Data da Visita: 22 de Junho 2017

quarta-feira, 19 de julho de 2017

La Paradeta - Passeig de Gràcia (Barcelona)

Um dos muitos sítios que me recomendaram em Barcelona (e, mais uma vez, obrigado a todos os que me deram recomendações) foi o La Paradeta do bairro de Born. Claro que todas as recomendações acabaram por levar alguma pesquisa da minha parte, até para conseguir obter informações de datas de encerramento, preços, etc. Foi nesse momento que cheguei à conclusão que este La Paradeta tem 7 restaurantes espalhados por toda a zona de Barcelona e apresenta um conceito muito engraçado.
O que mais me atraiu nestes restaurantes foi, sem dúvida, o seu conceito. Estamos perante uma marisqueira self-service, com bons níveis de crítica pelas plataformas habituais (TripAdvisor e Yelp) e que parece apresentar uma relação qualidade-preço bastante apelativa. Apesar de não ter conseguido ir à de Born, visitei a que se encontra perto do Passeig de Gràcia, zona onde estava hospedado.
Quando digo que é uma marisqueira self-service, é mesmo a sério. Entramos e deparamo-nos com uma montra de peixe e marisco fresco, quase tudo com excelente aspecto (apenas a peça de atum que lá estava não convenceu). Daí, escolhemos o que queremos e o seu modo de confecção, dentro das possibilidades existentes, sendo que as opções estão limitadas (normalmente) a 1 ou 2 métodos de confecção pré-definidos. Os produtos escolhidos são pesados, é anotada a confecção, dão-nos um recibo com um número e as nossas escolhas são encaminhadas para a cozinha enquanto nós passamos para a 2ª fase. Ao balcão, e já com um tabuleiro, escolhemos o que queremos beber e pagamos. A seguir, vamos para a sala, bem decorada com apontamentos marítimos, e escolhemos uma mesa das que estiverem livres. Recomendo que escolham uma mesa que seja próxima da cozinha... já vão perceber porquê.
Lembram-se do recibo com um número que recebemos? Pois bem, este é o número que identifica o nosso pedido e que será comunicado pelos altifalantes para que possamos ir recolher a nossa comida. Este processo é feito item a item, logo este recibo tem que ser guardado até que todos os itens pedidos sejam riscados no recibo. A nossa escolha da mesa já foi a considerar esta logística logo ficámos na mesa mais próxima da janela para que este processo fosse o mais rápido possível.
O primeiro item a chegar à mesa foi uma Salada bastante grande (mesmo!), simpática, com tempero à parte, para ser ajustada pelos comensais, mas sem grandes apontamentos. A única questão menos boa, e algo questionável, foi a introdução do que nos pareceu casca de laranja, dando um sabor estranho ao prato. Acabou por servir bem o seu propósito de acompanhar o marisco ao longo de toda a refeição e cortando alguns sabores mais fortes.



Depois da exorbitância paga no Tapas 24 (aqui), foi de forma algo relutante que avançámos para as Puntillitas, ou Chipirones, "a la Andaluza" (fritos). Mas, aqui, o preço dos Chipirones ao quilo é mais baixo do que uma dose no Tapas 24! Existiria assim uma substancial diferença de qualidade? Não, nem por isso, pois também estes estavam bastante bem fritos. Os do Tapas 24 achei melhor temperados mas nada que justificasse a diferença abismal de preços.



Também nos fritos, escolhemos uma única lula, que foi rapidamente transformada nos famosíssimos calamares. Consistente a qualidade da fritura com este exemplar a apresentar-se ainda bastante macio.



Para terminar esta secção de fritos, uma (semi) novidade para mim, Chanquetes! Em Sevilha tinha experimentado um prato onde incluía estes minúsculos peixinhos fritos (aqui), desta vez experimentei-os numa prestação a solo. Devido à sua pequena estatura a verdade é que absorveram em excessivo o sabor do óleo, não apresentando nenhum sabor muito acentuado para além deste. Muito menos deslumbrante que a Chanquetada experimentada mas ainda assim simpático.



No campo das miniaturas, mas fugindo aos fritos, há também disponíveis Pulpitos, pequenos polvos, que aqui foram cozinhados "a la Plancha", ou seja, na chapa. Não sendo particularmente intensos no seu sabor, ficam bastante melhores quando levemente molhados no molho de ervas que estava presente no prato.



A única "desilusão" da noite foram as Gambas a la Plancha. Ainda que cozinhadas no ponto certo, esperava sabores mais acentuada, tendo as mesmas sido apenas levemente grelhadas na grelha sem grande mão no que a temperos refere. Ainda que o molho de ervas, o mesmo dos polvos, ajudasse um pouco, não se tornou nada de memorável.




No final, resta juntar os pratos todos e entregar numa janela específica para a recolha de loiça suja. Como vêem, a ausência de grande logística de empregados de sala ajuda a baixar os preços, tornando os preços desta marisqueira bastante competitivos e mais baixos do que a realidade da maior parte dos lugares. Claro que se optarmos por marisco mais "nobre" o preço poderá subir bastante mas é um local fantástico para comer bons petiscos marítimos a preços bastante justos.

La Paradeta
Carrer del Consell de Cent, 318
Barcelona, Espanha
Foodspotting
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Site
Preço Médio: < 20 €
Data da Visita: 20 de Junho 2017

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Prazeres da Ria Formosa (Olhão)

Parece que a zona ribeirinha de Olhão está a crescer. Percorrendo toda a Avenida 5 de Outubro, dei por mim maravilhado pela quantidade surpreendente de restaurantes interessantes que por ali prosperam. Do mais tradicional e regional restaurante algarvio, a casas de petiscos, tascas modernas e até mexicanos. Parece haver de tudo um pouco, uns com melhor pinta que outros, mas ainda assim uma zona curiosa para se explorar. Estranhamente, não me lembro de ver uma hamburgueria mas de certeza que por lá haverá também esse fungo que, nos dias de hoje, prolifera em qualquer ambiente.
E foi exactamente a um destes novos restaurantes com boa pinta que fui jantar. O Prazeres da Ria Formosa é uma marisqueira, promovendo o melhor dos produtos locais, com um serviço amigável, brincalhão e descontraído.
Não sendo um grande apreciador de marisco (exceptuando eventualmente a secção de bivalves), acabei por petiscar um pouco da Mariscada Familiar e atentar à qualidade do que se servia. Para além da generosa quantidade do que é servido, dando a Mariscada para uma refeição de 2 ou 3 pessoas à vontade, tem uma variedade considerável de espécies, tudo cozinhado da forma mais genuína, para que a qualidade natural do produto sobressaia. Ostras, sapateira recheada e suas pernas, camarão cozido, camarão tigre grelhado, berbigão, lingueirão, amêijoas, e talvez algo mais que me possa ter escapado da mente, tudo de uma frescura invejável e excelente qualidade. A excelência dos produtos locais a poucos passos da Ria. Outra coisa não seria de esperar quando a proximidade à origem é tanta.



Muito bom o Arroz de Lingueirão, bastante malandro e tentando roubar todo o protagonismo ao anterior prato. Perfeitamente cozinhado, com uma quantidade adequada de "bichos" e um caldo saboroso, este exemplar em nada fica atrás de outros mais famosos. O tamanho da dose dá perfeitamente para 2 pessoas.



Decidi experimentar, para sobremesa, aquele que é o verdadeiro exemplar de um trifecta clássico da doçaria regional algarvia, um Doce de Figo, Alfarroba e Amêndoa. Ao chegar a fatia, pareceu-me um pouco massudo mas tal não se revelou na prova. Uma boa e clássica conjugação de sabores algarvios para terminar uma refeição também ela feita de produtos locais.



O Algarve está recheado de restaurantes como este. Muitos são meramente medíocres, mas outros sabem realmente o que estão a fazer, como é o caso deste Prazeres da Ria Formosa. A juntar à qualidade da refeição, as quantidades são generosas, tornando os preços bastante justos.

Prazeres da Ria Formosa
Av. 5 de Outubro, 94
Olhão, Portugal
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Preço Médio: < 30 €